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Preconceitos e Tabus: Como se formam segundo a Psicologia

Artigo Publicado: 03/11/2025
Por Osvaldo Marchesi Junior, Psicólogo | CRP 06/186.890 – Terapia Cognitivo-Comportamental

Preconceitos e Tabus - Psicologia - Osvaldo Marchesi Junior - NeuroFlux

Como psicólogo, observo diariamente como preconceitos e tabus moldam pensamentos, atitudes e relações humanas. Muitas vezes, as pessoas não percebem que carregam padrões internalizados desde a infância, que influenciam julgamentos e comportamentos de forma automática.

Em minha prática clínica, encontro pacientes que sofrem com sentimentos de culpa, vergonha ou ansiedade simplesmente por questionarem normas familiares, sociais ou culturais que absorveram sem reflexão. É comum que indivíduos sintam que “não deveriam pensar assim”, mas na verdade, essas crenças refletem processos psicológicos profundamente enraizados.

Neste artigo, vou explicar como preconceitos e tabus se formam segundo a psicologia, explorando aspectos cognitivos, sociais e culturais, ilustrando com exemplos de situações clínicas reais e oferecendo estratégias práticas para identificar e reduzir esses padrões. Ao final, você terá ferramentas para olhar para suas próprias crenças e entender como elas impactam sua vida.

O que são preconceitos e tabus?

Definição de preconceito

Do ponto de vista psicológico, preconceito é uma atitude ou julgamento preconcebido em relação a um indivíduo ou grupo, muitas vezes baseado em estereótipos, experiências passadas ou crenças internalizadas.

Na prática clínica, já atendi pacientes que evitavam colegas de trabalho ou vizinhos de determinadas origens culturais, não por experiência negativa direta, mas por impressões internalizadas na infância. Esses julgamentos automáticos refletem viés cognitivo: nossa mente tende a categorizar informações rapidamente, economizando energia cognitiva, mas gerando generalizações injustas.

Definição de tabu

Os tabus são normas sociais internalizadas que definem o que é “aceitável” ou “proibido” dentro de um grupo ou cultura. Diferente do preconceito, eles têm forte ligação com medo de julgamento social e costumam gerar culpa ou vergonha quando violados.

Por exemplo, já atendi pacientes que sentiam vergonha de expressar dúvidas sobre práticas religiosas ou tradições familiares. Mesmo sendo pensamentos normais, a internalização do tabu fazia com que se sentissem “errados” ou “impróprios”, mostrando como normas sociais podem influenciar a psique individual.

Como preconceitos e tabus se formam?

Aprendizado social e cultural

Desde cedo, aprendemos por observação e imitação. A família, escola, mídia e grupos sociais são responsáveis por transmitir valores e crenças que muitas vezes se tornam pré-julgamentos automáticos.

Em clínica, já observei um adolescente que julgava severamente colegas que se vestiam de forma “diferente”. Ao explorar sua história, descobri que os pais repetidamente criticavam estilos de roupa e hábitos de outras pessoas. Sem perceber, ele internalizou essas mensagens como verdades absolutas.

Experiências pessoais e trauma

Experiências negativas podem gerar generalizações e preconceitos. Uma única situação traumática pode criar associações automáticas que influenciam decisões futuras.

Por exemplo, um paciente que sofreu bullying na infância passou a desconfiar de grupos maiores de crianças, mesmo sem razão lógica. Ele carregava um esquema de desconfiança, mostrando como experiências pessoais moldam padrões de pensamento que podem se tornar preconceitos.

Crenças inconscientes e esquemas mentais

A psicologia cognitiva explica que os esquemas mentais — estruturas que organizam nossas experiências e crenças — podem manter preconceitos e tabus de forma inconsciente.

Um paciente que constantemente rotulava colegas de trabalho como “incapazes” não percebia que esse julgamento vinha de esquemas internalizados sobre competência profissional, reforçados desde a infância por comparações familiares. Identificar esses esquemas é o primeiro passo para reduzir preconceitos e padrões rígidos de pensamento.

Impactos psicológicos de preconceitos e tabus

No indivíduo

Preconceitos e tabus não prejudicam apenas quem é alvo; eles impactam profundamente quem os mantém. Entre os efeitos estão:

• Ansiedade e estresse crônico.
• Culpa e vergonha por pensamentos ou sentimentos “inapropriados”.
• Baixa autoestima e autocrítica constante.

Exemplo clínico: uma paciente que sentia culpa por questionar normas familiares desenvolveu ansiedade social, evitando encontros com parentes para não confrontar tabus internalizados.

Na sociedade

No nível coletivo, preconceitos e tabus reforçam:

• Polarização e conflitos sociais.
• Discriminação e exclusão.
• Limitação da diversidade de pensamento e comportamento.

Compreender esses impactos é essencial para estratégias de prevenção e intervenção psicológica, tanto individual quanto social.

Estratégias psicológicas para lidar com preconceitos e tabus

Autoconhecimento e autorreflexão

O primeiro passo é observar seus próprios pensamentos sem julgamento. Técnicas como mindfulness, diário reflexivo e questionamento de crenças ajudam a identificar padrões internalizados.

Psicoterapia e questionamento de crenças

Abordagens como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia do Esquema permitem mapear pensamentos automáticos e esquemas mentais, oferecendo ferramentas para questionar e modificar crenças prejudiciais.

Exemplo clínico: um paciente identificou que julgava mulheres de determinada profissão com base em estereótipos internalizados. Trabalhando em TCC, começou a perceber padrões injustos e substituir pensamentos automáticos por avaliações mais realistas.

Educação e exposição gradual

Exposição a novas experiências, culturas e perspectivas reduz preconceitos enraizados. Participar de grupos diversificados, ler literatura sobre minorias ou acompanhar histórias de pessoas diferentes ajuda a reestruturar esquemas mentais rígidos.

Exemplos práticos da minha clínica

1. Caso de preconceito cultural: Um jovem evitava colegas de outro país por acreditar que seriam “difíceis de lidar”. Em terapia, ele reconheceu que julgamentos vinham de observações limitadas e estereótipos da família. Gradualmente, passou a interagir de forma aberta e menos ansiosa.

2. Caso de tabu familiar: Uma paciente sentia culpa por desejar trabalhar fora do padrão familiar. Com orientação terapêutica, ela identificou a origem do tabu, validou seus sentimentos e começou a tomar decisões alinhadas aos seus valores, sem se sentir “errada”.

3. Caso de preconceito interno: Um adulto tinha pensamentos autocríticos sobre sua própria sexualidade, internalizando mensagens negativas da infância. O trabalho psicológico permitiu descontruir essas crenças e promover aceitação.

Preconceitos e tabus são naturais, mas podem gerar sofrimento e limitar relações humanas. Reconhecer suas origens — sociais, culturais, cognitivas — é o primeiro passo para transformação pessoal e social.

Se você percebe padrões de julgamento automático ou tabus que te impedem de viver plenamente, considere buscar psicoterapia especializada. Juntos, podemos identificar crenças internalizadas, questionar estereótipos e construir estratégias para viver com mais liberdade e autenticidade.

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Perguntas Frequentes sobre Preconceitos e Tabus

1. Como se forma um preconceito segundo a psicologia?

Preconceitos surgem de experiências pessoais, aprendizado social, cultura e esquemas mentais inconscientes, que fazem julgamentos automáticos sobre pessoas ou grupos.

2. Qual a diferença entre tabu e preconceito?

O preconceito é um julgamento negativo ou estereótipo sobre alguém, enquanto o tabu é uma norma social internalizada que gera medo ou vergonha ao ser questionada ou violada.

3. Por que alguns preconceitos são inconscientes?

Eles se mantêm em esquemas mentais automáticos, criados desde a infância, reforçados por experiências sociais e culturais. Muitas vezes, nem percebemos que os temos.

4. Como posso identificar meus próprios tabus e preconceitos?

Por meio de autorreflexão, diário, mindfulness e psicoterapia, observando julgamentos automáticos, reações emocionais intensas e padrões repetitivos de pensamento.

5. Quais técnicas psicológicas ajudam a reduzir preconceitos?

TCC e Terapia do Esquema para questionar crenças, Exposição gradual a novas experiências, Autoconhecimento e reflexão contínua e Educação e informação sobre diversidade. 

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