PUBLICAÇÕES NEUROFLUX

Como Falar sobre Sexualidade na Psicoterapia: Quebrando Tabus e Promovendo Saúde Emocional

Artigo Publicado: 04/03/2024

Sexualidade e Pratica Psicologica Clinica - TCC - NeuroFlux

A sexualidade, embora seja uma dimensão intrínseca e universal da experiência humana, ainda é tratada como um grande tabu em nossa sociedade. Muitos pacientes carregam crenças disfuncionais e sentimentos de vergonha ou medo ao abordar questões sexuais. No contexto clínico, falar sobre sexualidade na psicoterapia é essencial para promover saúde mental e bem-estar, mas, infelizmente, esse tema ainda é pouco explorado pelos profissionais de saúde.

Neste artigo, você entenderá como a sexualidade influencia o desenvolvimento subjetivo, por que é tão difícil abordá-la nas sessões terapêuticas e qual é a importância de uma abordagem ética, empática e técnica sobre esse aspecto tão relevante da vida humana.

Por que a sexualidade ainda é um tabu na sociedade?

Historicamente, a sexualidade foi regulada por normas sociais, culturais e religiosas que delimitam o que pode ou não ser falado, com quem, e em que contextos. Muitos indivíduos crescem sem receber qualquer tipo de orientação sexual, seja informalmente, dentro de casa, ou formalmente, nas escolas. Quando recebem, geralmente essa educação é permeada por valores morais e regras que ditam o que é certo ou errado.

Esse cenário contribui para a construção de crenças limitantes sobre a sexualidade, promovendo um ciclo de desinformação, medo, vergonha e insegurança. Assim, mesmo quem tem uma vida sexual ativa, muitas vezes não possui um conhecimento adequado sobre sexualidade saudável, prazer, consentimento e comunicação sexual.

A Sexualidade na Psicologia: Um pilar para o desenvolvimento subjetivo

Diversas teorias psicológicas reconhecem a sexualidade como um aspecto central do desenvolvimento da subjetividade e do funcionamento psicossocial. Seja na teoria psicanalítica, na abordagem humanista ou nas terapias cognitivo-comportamentais, o reconhecimento das crenças e emoções ligadas à sexualidade é considerado fundamental para compreender o sujeito em sua totalidade.

Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, a sexualidade é analisada a partir dos esquemas cognitivos e das crenças centrais internalizadas desde a infância. Esses esquemas podem interferir diretamente na vida sexual, provocando disfunções, ansiedade sexual, dificuldades relacionais e sofrimento psíquico.

Por que os profissionais de saúde evitam falar sobre sexualidade com pacientes?

Apesar da importância da sexualidade na vida das pessoas, pesquisas indicam que os profissionais da área da saúde dedicam, em média, menos de cinco minutos por semana ao manejo clínico dessa temática. Esse número é alarmante, especialmente quando consideramos o alto volume de queixas e disfunções sexuais que surgem nos atendimentos.

Os principais motivos para essa omissão incluem:

• Preconceitos pessoais: medo de ofender o paciente ou de quebrar normas sociais.
• Insegurança profissional: falta de capacitação para abordar adequadamente temas sexuais.
• Dúvidas éticas: questionamentos sobre com quem se pode falar de sexo (adolescentes, idosos, pessoas LGBTQIAP+).
• Desconforto emocional: dificuldades pessoais do terapeuta relacionadas à sua própria sexualidade.

É possível e necessário falar sobre sexualidade na psicoterapia?

Sim! Falar sobre sexualidade na psicoterapia não só é possível, como necessário. Contudo, para que esse diálogo seja produtivo e respeitoso, é essencial construir uma aliança terapêutica sólida. Esse vínculo de confiança entre terapeuta e paciente permite que ambos se sintam confortáveis para discutir questões íntimas, sem julgamentos.

O profissional deve estar preparado para acolher dúvidas, medos, fantasias e experiências do paciente, sempre com empatia, ética e técnica. Evitar o tema não soluciona o problema — ao contrário, pode reforçar o silêncio e o sofrimento relacionados à sexualidade.

Como abordar a sexualidade no Setting Terapêutico: Passos essenciais

Ao tratar da sexualidade na prática clínica, é fundamental que o psicólogo adote uma postura aberta e respeitosa. A seguir, algumas orientações fundamentais:

1. Solicitar permissão para abordar o tema

Antes de iniciar qualquer discussão sobre sexualidade, é importante perguntar ao paciente se ele se sente confortável para falar sobre o assunto.

2. Delimitar as informações que serão exploradas

Definir, conjuntamente, até onde o paciente deseja ir na abordagem da temática, respeitando seus limites e tempo.

3. Efetuar sugestões específicas

Quando necessário, o terapeuta pode sugerir leituras, reflexões ou técnicas que ajudem o paciente a ressignificar crenças disfuncionais e reduzir a ansiedade relacionada à sexualidade.

4. Indicar tratamentos especializados

Em casos de disfunções sexuais específicas, pode ser indicada a colaboração com outros profissionais, como terapeutas sexuais ou médicos especializados.

Crenças e Emoções envolvidas na Sexualidade

As crenças relacionadas à sexualidade possuem alta carga emocional, pois são aprendidas em contextos significativos como a família e a religião. Essas crenças, muitas vezes irracionais, podem gerar vergonha, medo, culpa ou inseguranças.

Por exemplo, crenças como “não devo falar sobre sexo”, “sexo é algo sujo” ou “não posso expressar meus desejos” impactam negativamente o bem-estar emocional e a qualidade das relações íntimas.

O papel do psicólogo, nesse sentido, é ajudar o paciente a identificar essas crenças, analisá-las criticamente e, quando possível, reformulá-las com base em evidências e valores pessoais mais saudáveis.

Por que existe pouca formação Técnica na Área da Sexualidade?

O campo da sexualidade ainda é pouco explorado na formação dos profissionais de saúde mental. Muitas graduações não incluem disciplinas específicas sobre sexualidade humana ou sexualidade clínica, e quando o fazem, o conteúdo é superficial.

Esse déficit de formação técnica resulta em profissionais despreparados para lidar com as complexidades da sexualidade no setting clínico. Assim, reforça-se o ciclo de silêncio e tabu que perpetua o sofrimento dos pacientes.

A importância de falar sobre Sexualidade na Psicoterapia

Abordar a sexualidade na psicoterapia é fundamental para promover saúde emocional, autoconhecimento e bem-estar sexual. Como vimos, apesar do tabu social e da falta de formação técnica, a sexualidade é um aspecto central da experiência humana, que precisa ser tratado com respeito, empatia e competência profissional.

Se você sente dificuldades para falar sobre sexualidade ou quer trabalhar questões relacionadas à sua vida sexual em um ambiente seguro e acolhedor, agende uma consulta com um psicólogo especializado. Não deixe que crenças limitantes e tabus impeçam você de ter uma vida sexual plena e saudável.

Perguntas Frequentes sobre Sexualidade e Psicoterapia (FAQ)

1. É normal falar sobre sexualidade na terapia?

Sim, é absolutamente normal. A sexualidade é uma parte importante da vida e pode ser abordada de forma ética e respeitosa na psicoterapia.

2. O que fazer se sinto vergonha de falar sobre sexo com meu terapeuta?

Esse é um sentimento comum. O ideal é compartilhar com o terapeuta esse desconforto. O profissional está preparado para lidar com esse tipo de situação, ajudando você a se sentir mais à vontade.

3. Psicólogos podem falar sobre sexualidade com adolescentes?

Sim, desde que com respeito às normas éticas e legais, e preferencialmente com o consentimento dos responsáveis, quando necessário.

4. Como o psicólogo ajuda em casos de disfunções sexuais?

O psicólogo pode ajudar a identificar e modificar crenças disfuncionais, reduzir a ansiedade relacionada ao desempenho sexual, além de encaminhar, quando necessário, para profissionais especializados em terapia sexual.

5. Por que ainda é difícil para muitos profissionais falar sobre sexualidade com os pacientes?

Por falta de formação adequada, preconceitos pessoais e inseguranças sobre a abordagem ética e técnica do tema.

eBook TCC sem Misterio - Osvaldo Marchesi Junior

Baixe grátis o eBook Terapia Cognitivo-Comportamental sem Mistério

Entender sua mente é o primeiro passo para mudar sua vida. Veja como a TCC pode ajudar você a transformar sua forma de viver.

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O LIVRO

SENTE QUE PREOCUPAÇÕES E QUESTÕES EMOCIONAIS ESTÃO TOMANDO CONTA DA SUA VIDA?

ALGUMAS DORES NÃO CICATRIZAM SOZINHAS. IGNORAR ESSES SINAIS PODE TORNAR TUDO MAIS DIFÍCIL.
A boa notícia é que você não precisa passar por isso, sem apoio especializado.
A Psicoterapia pode ajudá-lo a entender suas emoções, encontrar clareza e construir um caminho mais leve e equilibrado.

Psicólogo - Dr. Osvaldo Marchesi Junior - CRP - 06/186.890 - NeuroFlux Psicologia Direcionada

DR. OSVALDO MARCHESI JUNIOR
Psicólogo em São Paulo - CRP - 06/186.890

Atendimentos Psicológicos On-line e Presenciais para pacientes no Brasil e no exterior.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Hipnoterapia.

Whatsapp: +55 11 96628-5460

SAIBA MAIS

ENDEREÇO

Zona Sul - Aclimação
São Paulo - SP


CONTATO

Tel / WhatsApp:
+55 (11) 96628-5460
E-mail:
contato@neuroflux.com.br

HORÁRIOS
Segunda à Sexta - 9 às 20h
Sábado - 9 às 19h
(Fuso-Horário de Brasília)


Dr. Osvaldo Marchesi Junior
Psicólogo - CRP - 06/186.890

Hipnoterapeuta

WhatsApp