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Dependência Química e Transtornos do Exagero: Como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar na superação

Artigo Publicado: 18/03/2024

Dependencia Quimica e Transtornos do Exagero - TCC - NeuroFlux

Os transtornos relacionados ao uso de substâncias e comportamentos compulsivos — como a dependência química, a compulsão alimentar, o jogo patológico, o sexo compulsivo e até a dependência da internet — são conhecidos como transtornos do exagero. Essas condições afetam milhões de pessoas em todo o mundo, trazendo sérios prejuízos emocionais, sociais e físicos.

Neste artigo, vou explicar em detalhes o que são os transtornos do exagero, como se desenvolvem, quais são os critérios diagnósticos segundo o DSM-5, e principalmente como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ser uma poderosa aliada no tratamento e prevenção dessas condições.

Se você ou alguém que conhece enfrenta esses desafios, este conteúdo pode ser o primeiro passo para uma mudança significativa.

O que são Transtornos do Exagero?

Os transtornos do exagero referem-se a padrões comportamentais marcados pelo uso excessivo e descontrolado de substâncias ou atividades que, embora inicialmente prazerosos, acabam gerando prejuízo significativo à vida do indivíduo.

Os principais exemplos incluem:

• Transtorno por uso de substâncias (álcool, drogas ilícitas, medicamentos).
• Dependência da internet e uso problemático de redes sociais.
• Transtorno do jogo (jogo patológico).
• Compulsividade por compras (oniomania).
• Sexo compulsivo (não associado a episódios maníacos em pacientes bipolares).
• Transtorno de compulsão alimentar periódica.

Todos esses comportamentos envolvem um componente central de prazer imediato, mas também provocam consequências negativas que se agravam com a repetição do comportamento.

Por que é tão difícil mudar? O Papel do Prazer e do Prejuízo

Um aspecto essencial dos transtornos do exagero é o conflito motivacional: há uma parte da pessoa que deseja mudar, mas outra que se apega ao comportamento, justamente pelo alívio ou prazer que ele proporciona.

A Terapia Cognitivo-Comportamental trabalha justamente nesse ponto, ajudando o paciente a identificar as crenças disfuncionais que mantêm o comportamento aditivo:

• “Por que eu uso essa substância?”
• “O que estou tentando evitar ou compensar?”
• “Estou buscando alívio emocional ou prazer?”

Por exemplo, alguém com fobia social pode consumir álcool em festas para reduzir a ansiedade diante de situações sociais. Estudos indicam que cerca de 30% das pessoas com alcoolismo também sofrem de transtorno de ansiedade social, caracterizado pelo medo excessivo da avaliação negativa dos outros.

Como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) atua no tratamento da Dependência Química e dos Transtornos de Exagero?

Além de reestruturar as crenças relacionadas ao comportamento aditivo, a TCC intervém em três pilares fundamentais:

1. Identificação e manejo das situações de risco

O paciente aprende a reconhecer contextos que favorecem o comportamento compulsivo e a desenvolver estratégias para evitá-los ou enfrentá-los de forma saudável.

2. Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento

São ensinadas habilidades para lidar com emoções negativas, impulsos e pensamentos automáticos que alimentam o comportamento de uso.

3. Prevenção da recaída

O tratamento inclui a elaboração de planos específicos para lidar com eventuais recaídas, visto que o risco de retorno ao comportamento é sempre presente.

A Progressão do Comportamento Aditivo: Do Prazer ao Sofrimento

Inicialmente, o comportamento aditivo é reforçado positivamente: o uso da substância ou a prática do comportamento gera um pico de prazer.

Porém, com o tempo, a tolerância se instala — ou seja, é preciso quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Eventualmente, o uso deixa de ser motivado pelo prazer e passa a ser uma tentativa de evitar o sofrimento, especialmente os sintomas da síndrome de abstinência.

Neste estágio, o comportamento aditivo se consolida como um transtorno, caracterizado pela necessidade de consumir a substância para alcançar um estado de normalidade, e não mais para obter prazer.

Síndrome de Abstinência: O Efeito Reverso da Intoxicação

A síndrome de abstinência ou síndrome de privação ocorre quando o organismo, acostumado aos efeitos da substância, reage negativamente à sua ausência. Os sintomas podem incluir:

• Ansiedade intensa.
• Irritabilidade.
• Depressão.
• Dores físicas.
• Insônia ou sonolência excessiva.

Esse desconforto reforça ainda mais o ciclo do uso, fazendo com que o indivíduo consuma novamente a substância para aliviar os sintomas desagradáveis.

Critérios Diagnósticos dos Transtornos Relacionados a Substâncias (DSM-5)

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª Edição (DSM-5), o diagnóstico requer a presença de dois ou mais dos seguintes critérios em um período de 12 meses:

1. Uso recorrente em quantidades maiores ou por mais tempo do que o pretendido.
2. Desejo persistente ou tentativas frustradas de reduzir ou controlar o uso.
3. Muito tempo gasto para obter, usar ou se recuperar do efeito da substância.
4. Fissura ou forte desejo de usar a substância.
5. Uso recorrente que resulta em falhas nas obrigações no trabalho, escola ou em casa.
6. Uso continuado apesar de problemas pessoais ou interpessoais.
7. Abandono ou redução de atividades importantes.
8. Uso em situações fisicamente perigosas.
9. Uso continuado apesar de problemas físicos ou psicológicos relacionados.
10. Desenvolvimento de tolerância (necessidade de doses maiores).
11. Presença de abstinência (sintomas negativos na ausência da substância).

O Perigo da Reinstalação do Padrão de Uso

Uma vez que uma pessoa apresenta critérios para transtorno por uso de substância, ela mantém uma vulnerabilidade aumentada ao longo da vida.

Mesmo após longos períodos de abstinência, o risco de recaída permanece, sendo essencial que a pessoa aprenda a identificar sinais de alerta e mantenha estratégias de prevenção, frequentemente trabalhadas na Terapia Cognitivo-Comportamental.

Como Superar os Transtornos do Exagero? A importância da intervenção Profissional

O tratamento dos transtornos do exagero requer uma abordagem multidisciplinar, mas a Terapia Cognitivo-Comportamental se destaca como uma das intervenções com maior respaldo científico.

Se você reconhece padrões semelhantes em sua vida ou na de alguém próximo, saiba que a mudança é possível.

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Os transtornos do exagero, como a dependência química e comportamentos compulsivos, podem parecer difíceis de superar, mas com a orientação certa, é possível recuperar o equilíbrio emocional e o controle sobre a própria vida.

Se você busca ajuda para lidar com comportamentos aditivos, agende uma sessão com um psicólogo especializado em Terapia Cognitivo-Comportamental. O tratamento é estruturado, baseado em evidências e focado na construção de estratégias práticas para o bem-estar e a qualidade de vida.

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Perguntas Frequentes sobre Dependência Química e Transtornos do Exagero

1. Quais são os principais sinais de um transtorno do exagero?

Desejo intenso e incontrolável pelo comportamento ou substância, dificuldade de reduzir o uso, prejuízo nas relações e nas funções cotidianas, e sintomas de abstinência.

2. A dependência da internet é considerada um transtorno do exagero?

Sim. O uso excessivo e compulsivo da internet, especialmente quando interfere na vida social, profissional ou acadêmica, caracteriza-se como um transtorno do exagero.

3. A TCC é eficaz no tratamento da dependência química?

Sim. A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma das abordagens mais eficazes para tratar a dependência, auxiliando na modificação de padrões de pensamento, manejo de emoções e prevenção de recaídas.

4. Existe cura para os transtornos do exagero?

Embora não se fale em “cura” no sentido tradicional, é possível controlar os comportamentos, reduzir significativamente os prejuízos e levar uma vida saudável e satisfatória.

5. O que fazer ao perceber sinais de um transtorno do exagero?

Buscar ajuda profissional especializada, preferencialmente com um psicólogo que atue com Terapia Cognitivo-Comportamental, é o primeiro passo para a mudança.

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