PUBLICAÇÕES NEUROFLUX

Mito de Orestes e a Travessia da Consciência Humana: Da Deusa Mãe ao Deus Solar, da Sombra ao Equilíbrio — Uma Leitura Psicológica, Arqueológica e Arquetípica

Artigo Publicado: 09/12/2025
Por Osvaldo Marchesi Junior, Psicólogo | CRP 06/186.890 – Terapia Cognitivo-Comportamental

Mito de Orestes e Psicologia - Mitologia Analítica - Osvaldo Marchesi Junior - NeuroFlux

Quando um mito explica a psique, a civilização e o conflito entre as forças que nos constituem

Poucos mitos sintetizam de forma tão poderosa a evolução da consciência humana, o choque entre leis naturais e leis sociais, e a formação da sombra psicológica, quanto o Mito de Orestes.

À primeira vista, trata-se de uma narrativa de vingança familiar. Mas quando analisado à luz da arqueologia de Marija Gimbutas, da mitomitologia comparativa de Joseph Campbell, da psicologia analítica junguiana, e da própria neurociência moderna, vemos outro retrato:

• Orestes é o ser humano diante da cisão entre o mundo antigo regido pela Mãe Terra e o mundo novo erguido sob o Deus Solar patriarcal.

• É a história do conflito entre natureza e cultura, feminino e masculino, instinto e razão, sombra e consciência.

• É o drama psicológico de todos nós: como equilibrar opostos que parecem inconciliáveis?

Este artigo aprofunda essa jornada — histórica, simbólica e psicológica — e mostra como o mito explica não apenas o passado, mas também a mente humana contemporânea.

O Contexto Arqueológico: A Grande transformação da Consciência Humana

Antes de Orestes: O mundo da “Grande Mãe” segundo Marija Gimbutas

Marija Gimbutas, arqueóloga renomada, revela que na Europa Antiga (Neolítico), predominavam culturas:

• Matrilineares.
• Pacíficas.
• Agrárias.
• Centradas na natureza.
• Voltadas ao culto da Deusa, especialmente sua forma terra-fértil, regeneradora e cíclica.

Era uma civilização baseada na lei natural de autoconservação das espécies:

• A vida protege a vida.
• O feminino é a matriz.
• Os opostos são complementares (yin e yang primordiais).
• Não existe hierarquia destrutiva entre masculino e feminino.

Segundo Gimbutas, essas sociedades foram, aos poucos, substituídas por culturas patriarcais e guerreiras que migraram das estepes eurasiáticas — os chamados indo-europeus (ou “Ários”).

A chegada dos Povos Indo-Europeus e o nascimento do Deus Solar

Os povos indo-europeus traziam outro paradigma:

• Pátria substitui mãe.
• Guerra substitui ciclo natural.
• Deus Solar substitui Deusa-Coração.
• Hierarquia substitui complementaridade.

É nesse momento que surge a tensão entre: Leis Naturais (Mãe-Natureza) × Leis Sociais (Pai-Cultura)

E é nessa transição civilizatória que se inscreve o mito de Agamenon, Clitemnestra, Electra e Orestes.

O Mito de Orestes: A Trama original que prepara a travessia da Consciência

Para compreender plenamente a profundidade psicológica do mito de Orestes — e seu papel como metáfora da evolução da consciência humana — é preciso revisitar sua narrativa em detalhes. Cada personagem representa uma força arquetípica, uma polaridade e um momento da história da humanidade. O mito, em sua forma original, já traz todos os elementos simbólicos que depois serão analisados no artigo: lei natural versus lei social, sombra versus consciência, feminino versus masculino, culpa versus integração.

A seguir, a versão completa e contextualizada do mito.

O Início: A Casa de Atreu e a Herança da Violência

Orestes nasce em uma linhagem marcada pela tragédia. A Casa de Atreu já carrega uma maldição antiga — uma sequência interminável de crimes familiares, vinganças e rupturas. Isso significa que Orestes não surge como um indivíduo isolado, mas como alguém que nasce dentro de uma história já atravessada por desequilíbrio entre forças ancestrais.

Seu pai, Agamenon, rei de Micenas, parte para a Guerra de Troia levando consigo o peso do dever, da honra e da lei social que exige vitória a qualquer custo. Sua mãe, Clitemnestra, permanece em casa, ligada à ordem da vida, da família e da proteção natural do lar.

Tudo começa quando os ventos cessam e a frota grega não consegue partir. Os sacerdotes dizem que apenas um sacrifício pode apaziguar a Deusa Ártemis: a morte de Ifigênia, filha de Agamenon e Clitemnestra.

Agamenon aceita.

E ao fazê-lo, rompe com: a lei natural da vida, o vínculo materno, o princípio feminino e a ordem ancestral da Mãe Terra.

O sacrifício inaugura uma ruptura que abala toda a estrutura da psique familiar.

Enquanto Agamenon passa anos em guerra, Clitemnestra vive o luto de ter perdido a filha pelas mãos do próprio marido. Sua dor se transforma em indignação, sua indignação, em uma força arquetípica da natureza ferida.

Para sobreviver emocionalmente, ela reorganiza sua vida: governa Micenas, encontra um novo aliado e amante, Egisto e planeja confrontar a injustiça cometida.

Quando Agamenon retorna triunfante de Troia, Clitemnestra o recebe não como esposa submissa, mas como a força da Terra que reivindica reparação. O mata com as próprias mãos, restaurando, por vias violentas, o equilíbrio quebrado.

Esse ato duplo — sacrifício da filha e assassinato do marido — sela o destino de Orestes.

Electra e Orestes: A Criança fragmentada entre Dois Mundos

Electra, filha do casal, torna-se guardiã do pai morto — e do paradigma masculino que ele representa. Ela vê em Clitemnestra não a dor, mas a transgressão. E decide proteger o irmão, Orestes, enviando-o para longe para que não seja morto por Egisto.

Orestes cresce em exílio: dividido entre dois arquétipos, carregando o peso de uma história que não entende e destinado a enfrentar uma escolha impossível.

Quando chega à idade adulta, Apolo — deus solar, patrono da razão e da lei patriarcal — ordena que ele retorne a Micenas e vingue o pai. E mais: que cometa matricídio.

É aqui que nasce o conflito central do mito.

Atendendo ao chamado do pai morto e à ordem divina, Orestes volta para Micenas. Recebido por Electra, planeja a morte da mãe e de Egisto. A cena é trágica, densa, carregada de simbolismo.

Clitemnestra se ajoelha diante do filho pedindo misericórdia, lembrando-o do leite com que o alimentou. Mas a voz de Apolo ecoa mais forte. Orestes cumpre o comando.

O matricídio não é apenas crime moral. É a ruptura definitiva do vínculo com o feminino primordial — com a Mãe Terra, com a vida, com a natureza, com o inconsciente materno e com o princípio da autorregulação.

Orestes corta a raiz da própria psique.

E a psique reage.

A Perseguição: As Erínias surgem da Sombra

No instante seguinte ao crime, Orestes vê as Erínias surgirem do sangue materno:

• Antigas divindades subterrâneas.
• Filhas da Noite.
• Guardiãs das leis naturais.
• Implacáveis perseguidoras de quem viola o princípio materno.

Elas representam a culpa ancestral, o colapso emocional, a ruptura psíquica profunda que se instala quando alguém age contra sua própria essência.

Para Orestes, as Erínias se tornam: delírio, terror, pesadelos, alucinações e perseguições internas.

A mente dele se fragmenta. Não há mais paz. Não há lugar para onde correr.

Orestes assume a forma arquetípica do indivíduo dilacerado pela sombra.

Desesperado, Orestes busca Apolo — o deus que lhe ordenou o crime. Mas Apolo nada pode fazer contra as Erínias, pois sua autoridade pertence ao Sol, à luz, à razão. As Erínias são forças mais antigas que ele — são a Terra, o sangue, o subterrâneo, o inconsciente profundo.

Apolo, reconhecendo sua limitação, orienta Orestes a buscar Atena, deusa da sabedoria.

Essa busca marca o início da transição do mito: sai da ordem mítica primal, entra na ordem racional da justiça e funda o nascimento da lei humana.

O Primeiro Tribunal da História: O Areópago

Atena decide que o conflito entre as forças da Mãe e do Pai não pode ser resolvido por um único deus. É necessário criar um novo sistema: um tribunal.

Nasce então o Areópago, o primeiro julgamento da história mítica — símbolo da passagem:

• Do instinto para a reflexão.
• Da vingança para a justiça.
• Da lei natural para a lei social.

A votação empata: metade defende o princípio materno (Erínias) e metade apoia o princípio paterno (Apolo).

Atena, como consciência integradora, dá o voto de desempate — absolvendo Orestes.

Mas esta absolvição não é negação da culpa. É transformação.

A Transfiguração: Das Erínias às Eumênides

Atena não expulsa as Erínias. Ela não rejeita o feminino sombrio. Ela o acolhe.

Ao reconhecer seu valor, Atena transforma as Erínias em Eumênides — “as benevolentes”.

A sombra se torna guardiã. O conflito se torna equilíbrio. A psique se reintegra.

É a primeira vez, no mito e na história humana, que: o feminino não é derrotado, o masculino não é exaltado e a justiça não é vingança, mas harmonia.

Assim se encerra o tormento de Orestes.

Livre da perseguição psíquica, reconciliado com suas forças internas, Orestes retorna a Micenas. Assume o trono não como herói solar patriarcal, mas como indivíduo integrado que compreendeu, na carne, que: masculino e feminino são complementares, luz e sombra coexistem, razão sem natureza enlouquece, natureza sem razão se desorienta e só a sabedoria integra os opostos.

Orestes, agora inteiro, inaugura uma nova fase da consciência humana.

A Família de Orestes como Síntese da História da Humanidade

Agamenon: O Masculino quebrado, desconectado da Terra.

Agamenon representa o novo paradigma:

• Descendente dos indo-europeus.
• Guerreiro solar.
• Portador da lei social, da razão e do controle.
• Expressão do masculino dissociado do feminino.

Quando sacrifica sua filha Ifigênia “em nome dos ventos”, não está apenas cometendo um assassinato:

• Ele simbolicamente mata o vínculo com a Mãe Natureza.

• Ele substitui a lei natural pela lei social da guerra.

Esse gesto é um marco da cisão dos opostos — o masculino se impõe violentamente sobre o feminino.

Clitemnestra: O Retorno da Natureza que reage

Mas, como todo sistema vivo, a natureza reage.

Clitemnestra representa:

• A memória da Deusa.
• O retorno do equilíbrio.
• A lei natural que não aceita ser transgredida impunemente.
• A energia feminina ferida que exige reparação.

Ao matar Agamenon, ela não é apenas esposa vingativa:

• Ela encarna a força arquetípica da Terra que corrige um desequilíbrio.

• Ela restaura, ainda que de forma distorcida, a ordem da Mãe.

Mas comete um erro simbólico: fere o princípio da sacralidade da vida, traindo, ela mesma, o fundamento da antiga cultura matriarcal.

Assim, a tensão dos opostos se intensifica.

Electra: O Feminino que idealiza o Masculino

Electra é o feminino psicologicamente direcionado ao pai: identifica-se com o masculino como forma de sobreviver ao caos da ruptura familiar.

Ela representa:

• Fidelidade ao paradigma solar.
• O feminino que renuncia à própria essência.
• Defesa do pai idealizado (complexo de Electra).

É ela que protege Orestes — não por visão, mas por medo da força sombria do feminino que se vingou.

Orestes: A Consciência Dividida e o peso insuportável da Sombra

Orestes cresce entre dois mundos:

• O mundo da Mãe (natureza, corpo, instinto, vínculo).

• O mundo do Pai (lei, razão, autoridade, hierarquia).

Quando Apolo lhe ordena: “Mate tua mãe”, ele enfrenta o dilema primal da humanidade:

Obedeço à lei social masculina (Deus Solar)?

ou

Respeito a lei natural materna (Mãe Terra)?

Ele escolhe o paradigma patriarcal. E ao matar Clitemnestra, Orestes mata a própria ligação simbólica com a fonte da vida.

Esse é o nascimento da sombra psicológica.

A Sombra: A Parte da Psique que se volta contra nós

Do ponto de vista junguiano, a sombra surge quando:

• Um aspecto essencial da psique é reprimido.
• Um dos opostos é negado.
• Um polo da experiência humana é desqualificado.

Orestes nega o princípio materno.
Nega a natureza.
Nega sua própria origem.

E como reação psicológica inevitável, surgem as Erínias.

As Erínias: A Culpa, a Ansiedade e a Autopunição que perseguem a Psique

Na mitologia:

• São divindades subterrâneas.
• Nascidas do sangue de um crime original
• Implacáveis perseguidoras de quem viola a ordem natural.

Na psicologia:

• Representam a culpa desorganizadora.
• A ansiedade que contamina a consciência.
• A autopunição.
• O surto de pensamentos intrusivos.
• O colapso entre exigências externas e necessidades internas.

Do ponto de vista clínico, as Erínias simbolizam:

• Ruminação.
• Culpa obsessiva.
• Sensação de perseguição.
• Perda da integração interna.
• Sofrimento insuportável causado pela negação de partes essenciais de si.

Por isso Orestes enlouquece: ninguém suporta viver dividido entre opostos em guerra permanente.

Lei Natural × Lei Social: O Conflito que Orestes carrega

Lei Natural (Feminina)

• Ciclos
• Cuidado
• Regeneração
• Pertencimento
• Totalidade
• Homeostase
• Vínculo

Lei Social (Masculina)

• Racionalidade
• Hierarquia
• Dever
• Progresso
• Divisão
• Controle
• Disciplina

O drama de Orestes é exatamente este:

• Ele cumpre a lei social, mas viola a lei natural.

• Ele satisfaz Apolo, mas destrói Gaia.

Por isso a psique colapsa.

A Busca por Atena: A Sabedoria capaz de Integrar os Opostos

Depois de ser destruído pela culpa e perseguido pela sombra, Orestes encontra a única saída possível:

• Não é escolher um dos opostos.
• É integrá-los.

Por isso ele busca Atena, deusa da sabedoria — não da guerra irracional, mas da estratégia, da visão, da consciência.

Atena simboliza:

• Insight.
• Conhecimento.
• Discernimento.
• Metacognição.
• Integração dos hemisférios.
• O ponto de equilíbrio entre instinto e racionalidade.

O primeiro tribunal da história mítica — o Areópago — é criado exatamente porque a consciência humana chegou a um ponto em que lei natural e lei social não podiam mais ser resolvidas pela força.

Era preciso um terceiro elemento, um princípio integrador.

O Julgamento: O Equilíbrio entre Masculino e Feminino

A votação dos deuses fica empatada:

• Metade vê o matricídio como crime (Erínias, princípio materno).
• Metade vê como dever (Apolo, princípio paterno).

Quem decide é Atena.

E Atena vota pela absolvição — não para favorecer um dos lados, mas para transcender a polaridade.

Esse é o ponto-chave:

• A culpa de Orestes não desaparece — ela é integrada.

• O feminino e o masculino não lutam — eles se equilibram.

A partir do voto de Atena: começa a era da consciência reflexiva, da lei escrita, da justiça como mediação dos opostos.

A Transformação da Sombra: Das Erínias às Eumênides

As Erínias, energias caóticas e destrutivas, ao serem “ouvidas” e honradas no tribunal, passam por um processo de transfiguração:

Viram Eumênides (“as benevolentes”).

Significa que:

• A culpa se transforma em responsabilidade.
• A ansiedade se transforma em discernimento.
• A sombra se transforma em energia vital estruturada.
• O persecutor interno vira guardião interno.

Esse processo é semelhante ao que ocorre na psicoterapia profunda:

A sombra, quando reconhecida, não destrói — transforma.

Orestes finalmente integra Masculino e Feminino

Após sua absolvição e reconciliação com sua própria psique, Orestes:

• Recupera sua sanidade.
• É reintegrado à comunidade.
• Assume o trono de Micenas.
• Reina com equilíbrio — alternando ambos os princípios.

O mito mostra que: a verdadeira maturidade psicológica não é escolher um lado, mas viver entre polaridades com flexibilidade e consciência.

Paralelos com a Psicologia Moderna e a TCC

Tensão de Opostos = Dissonância Cognitiva + Conflito de Valores

Orestes simboliza o indivíduo que vive:

• Entre dever e desejo.
• Entre autonomia e vínculo.
• Entre controle e espontaneidade.
• Entre indivíduo e grupo.

Quando um desses campos é reprimido, a sombra aparece.

Erínias = Crítica interna, ruminação e punição

Na clínica moderna, elas correspondem a:

• Pensamentos automáticos negativos.
• Críticas internas implacáveis.
• Crenças centrais rígidas de inadequação e culpa.
• Hiperativação do sistema de ameaça.

Atena = A Função Executiva e a Metacognição

Atena simboliza:

• Córtex pré-frontal.
• Percepção consciente dos pensamentos.
• Reformulação cognitiva.
• Sabedoria prática.
• Regulação emocional.

É literalmente o processo terapêutico acontecendo.

Transformação das Erínias em Eumênides: A Integração da Sombra

Esse é o momento em que:

• A insegurança vira prudência.
• A ansiedade vira preparação.
• A culpa vira responsabilidade.
• A raiva vira proteção.
• A tristeza vira sensibilidade.

É o estágio final da terapia: crescimento pós-traumático e amadurecimento psicológico.

Orestes é cada um de nós

O mito de Orestes é um mapa da psique humana e, ao mesmo tempo, um espelho da história da civilização:

• Mostra como perdemos o vínculo com a natureza.
• Como as leis sociais engoliram as leis naturais.
• Como nasce a sombra.
• Como apenas a sabedoria integradora pode reconciliar o que foi separado.

O legado de Orestes é claro: somos feitos de opostos — masculino e feminino, yin e yang, razão e instinto, luz e sombra — e só nos tornamos inteiros quando deixamos de escolher lados e aprendemos a integrar.

Assim, em última instância, a consciência humana só amadurece quando a sabedoria que integra e equilibra a tensão dos opostos desperta dentro de nós.

Perguntas Frequentes sobre o Mito de Orestes, Leis Naturais, Sombra Psicológica e Conflito entre Masculino e Feminino

1. O que representa o mito de Orestes na psicologia?

O mito de Orestes simboliza o conflito entre leis naturais e leis sociais, refletindo a tensão interna entre o feminino (natureza, autoconsservação) e o masculino (ordem, separação, racionalidade). Psicologicamente, ele mostra o surgimento da sombra quando um polo é reprimido e o outro é levado ao extremo.

2. Qual é o significado das Erínias na história de Orestes?

As Erínias representam a culpa psíquica e as forças internas que perseguem o indivíduo quando ele rompe com seu próprio fluxo vital, especialmente ao negar o princípio feminino. Quando integradas, tornam-se Eumênides, simbolizando cura, equilíbrio e restauração da unidade psíquica.

3. Por que Orestes precisou ser julgado no primeiro tribunal da mitologia?

O primeiro tribunal do Areópago surge porque Orestes vive o conflito entre duas ordens distintas: a lei natural (mãe como princípio sagrado da vida) e a lei social patriarcal (ordem de Apolo). O julgamento marca a transição do mundo dominado pelo sagrado feminino para o mundo organizado pelo Deus Solar masculino.

4. O que simboliza a absolvição de Orestes por Atena?

O voto de Atena representa a integração dos opostos. A sabedoria permite unir masculino e feminino como forças complementares, superando a luta entre eles. Psicologicamente, é o momento em que a pessoa transcende a polarização interna e encontra equilíbrio.

5. Como o mito de Orestes reflete a história da humanidade?

O mito reflete a mudança histórica do culto à Grande Deusa Natureza para o domínio das civilizações indo-europeias (Deus Solar dos Ários). Ele mostra como a humanidade passou da lógica de complementaridade (yin-yang) para a cisão dos opostos, criando conflitos sociais, culturais e psíquicos que ainda influenciam a contemporaneidade.

eBook TCC sem Misterio - Osvaldo Marchesi Junior

Baixe grátis o eBook Terapia Cognitivo-Comportamental sem Mistério

Entender sua mente é o primeiro passo para mudar sua vida. Veja como a TCC pode ajudar você a transformar sua forma de viver.

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O LIVRO

SENTE QUE PREOCUPAÇÕES E QUESTÕES EMOCIONAIS ESTÃO TOMANDO CONTA DA SUA VIDA?

ALGUMAS DORES NÃO CICATRIZAM SOZINHAS. IGNORAR ESSES SINAIS PODE TORNAR TUDO MAIS DIFÍCIL.
A boa notícia é que você não precisa passar por isso, sem apoio especializado.
A Psicoterapia pode ajudá-lo a entender suas emoções, encontrar clareza e construir um caminho mais leve e equilibrado.

Psicólogo - Dr. Osvaldo Marchesi Junior - CRP - 06/186.890 - NeuroFlux Psicologia Direcionada

DR. OSVALDO MARCHESI JUNIOR
Psicólogo em São Paulo - CRP - 06/186.890

Atendimentos Psicológicos On-line e Presenciais para pacientes no Brasil e no exterior.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Hipnoterapia.

Whatsapp: +55 11 96628-5460

SAIBA MAIS

ENDEREÇO

Zona Sul - Aclimação
São Paulo - SP


CONTATO

Tel / WhatsApp:
+55 (11) 96628-5460
E-mail:
contato@neuroflux.com.br

HORÁRIOS
Segunda à Sexta - 9 às 20h
Sábado - 9 às 19h
(Fuso-Horário de Brasília)


Dr. Osvaldo Marchesi Junior
Psicólogo - CRP - 06/186.890

Hipnoterapeuta

WhatsApp