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Da Hipervigilância à Confiança: Como redefinir o Radar de Ameaça do seu Cérebro

Artigo Publicado: 03/07/2025
Parte 12 da Série: Guerra Intrapsíquica - Por que sua Mente luta contra você e como vencer essa batalha

Radar de Ameaça do seu Cérebro (Tônus Vagal) - TCC - NeuroFlux Psicologia Direcionada

Você vive em estado de alerta constante? Sente que seu cérebro está sempre pronto para detectar perigo, mesmo quando tudo está calmo?

Essa hipervigilância — a sensação de que algo ruim pode acontecer a qualquer momento — não é só um problema psicológico. É também um reflexo fisiológico de um sistema nervoso que perdeu a capacidade de calibrar sua sensibilidade ao risco.

A boa notícia: é possível reprogramar esse radar interno.

Por meio do fortalecimento do tônus vagal e de práticas de regulação do sistema nervoso, você pode criar uma base de segurança que reduza a reatividade crônica.

Neste artigo, você vai aprender:

• O que é hipervigilância e como ela se instala.
• O papel do nervo vago e da teoria polivagal.
• Práticas eficazes para fortalecer o tônus vagal e cultivar confiança interior.

O Radar de Ameaça e a Vigilância Excessiva

O cérebro humano evoluiu para priorizar a sobrevivência. Entre um som agradável e um ruído que pode indicar perigo, ele prefere sempre o segundo.

Esse viés natural — chamado viés da negatividade — torna-se disfuncional quando passa a operar em estado de hipervigilância:

• Você interpreta sinais neutros como ameaçadores.
• Sente-se tenso sem saber por quê.
• Seu corpo permanece em alerta, mesmo em situações seguras.

Essa resposta vem do sistema límbico, especialmente da amígdala, que faz uma varredura do ambiente em busca de ameaças. Quando a amígdala é hiperativa, ela envia sinais de alerta constante ao corpo, mantendo alta a produção de adrenalina e cortisol.

Sinais de hipervigilância:

• Insônia e dificuldade de relaxar.
• Taquicardia frequente.
• Irritabilidade e susto fácil.
• Sensação de estar “no limite” o tempo todo.

O primeiro passo para mudar esse padrão é compreender o papel do nervo vago.

A Teoria Polivagal e o Tônus Vagal

A Teoria Polivagal, criada por Stephen Porges, explica como o nervo vago (o maior nervo craniano) atua como chave de regulação da resposta ao estresse.

O nervo vago conecta cérebro, coração, pulmões e sistema digestivo. Ele é responsável por ativar o estado de calma e recuperação conhecido como resposta parassimpática.

O tônus vagal é a capacidade do nervo vago de ativar estados de relaxamento, compaixão e segurança após períodos de alerta.

Pessoas com tônus vagal alto conseguem:

• Sair mais rápido do estresse.
• Recuperar serenidade após conflitos.
• Sentir conexão emocional com os outros.

Por outro lado, tônus vagal baixo está associado a:

• Ansiedade crônica.
• Hipervigilância constante.
• Dificuldade de regulação emocional.

Felizmente, o tônus vagal pode ser fortalecido com práticas específicas.

Como fortalecer o Tônus Vagal?

Aqui estão estratégias práticas e comprovadas que ajudam a reeducar o seu radar de ameaça e cultivar confiança interna:

Respiração diafragmática lenta

A respiração profunda e lenta estimula diretamente o nervo vago.

Como praticar:

• Inspire pelo nariz em 4 segundos, expandindo o abdômen, segure o ar por 4 segundos.
• Expire pela boca em 8 segundos.
• Faça ciclos de 2 a 5 minutos, várias vezes ao dia.

Exposição a água fria

Mergulhar o rosto em água fria ou tomar banho frio ativa o reflexo parassimpático.
Esse estímulo envia ao cérebro o sinal de que está tudo bem, desligando a hipervigilância.

Cantar ou entoar sons graves

O nervo vago passa pela laringe e é estimulado por vibrações sonoras. Cantar, entoar “om” ou sons graves diariamente ajuda a melhorar o tônus vagal.

Conexão social segura

O contato com pessoas de confiança ativa o chamado sistema de engajamento social, reduzindo a atividade da amígdala e promovendo sensação de pertencimento.
Olhar nos olhos, ouvir com atenção e manter interações calorosas reforça a regulação emocional.

Mindfulness e interocepção

A prática de mindfulness aumenta a percepção das sensações corporais, criando espaço entre estímulo e resposta. Estudos mostram que meditar regularmente melhora a variabilidade cardíaca e fortalece o nervo vago.

Como redefinir o Radar de Ameaça

Com o tônus vagal fortalecido, seu cérebro começa a atualizar os parâmetros do que é uma ameaça real.

Mas, além das práticas corporais, você também pode trabalhar cognitivamente para reeducar o radar interno.

Perguntas que ajudam a calibrar o radar:

• Essa ameaça é real ou imaginada?
• O que há de seguro nesse momento que eu posso reconhecer?
• Qual seria uma explicação alternativa menos catastrófica?
• O que meu corpo precisa agora para se sentir seguro?

Pequenos hábitos de confiança:

• Iniciar e terminar o dia com respiração consciente.
• Pausar antes de reagir a gatilhos emocionais.
• Celebrar momentos em que você conseguiu responder com calma.
• Criar rituais que simbolizem segurança (um canto confortável, músicas tranquilas).

Quando procurar ajuda profissional

Se mesmo com práticas constantes a sensação de ameaça permanecer intensa, é importante buscar apoio terapêutico. Psicoterapias baseadas em regulação emocional, como:

• Terapia Somática.
• Terapia do Esquema.
• Terapia Focada na Compaixão.

São eficazes para modular a hipervigilância. Em alguns casos, acompanhamento psiquiátrico pode ser necessário para regular bioquimicamente o sistema nervoso.

A hipervigilância não é um traço fixo, mas um padrão aprendido que pode ser desaprendido.
Com prática consistente, você fortalece o tônus vagal, reconfigura o radar de ameaça e ensina seu cérebro que a segurança é possível.

Quando seu corpo aprende a sair do estado de alerta constante, a mente naturalmente passa a confiar mais na vida e a responder com presença e equilíbrio.

Perguntas Frequentes sobe Teoria Polivagal e o Tônus Vagal

1. O que é tônus vagal?

É a capacidade do nervo vago de ativar estados de calma, digestão e recuperação após estresse.

2. Por que meu cérebro fica sempre em alerta?

Isso pode acontecer por traumas passados, estresse crônico e hábitos mentais que reforçam a vigilância.

3. Respiração realmente ajuda a relaxar?

Sim. A respiração lenta estimula o nervo vago e reduz a ativação simpática (luta/fuga).

4. Quanto tempo leva para fortalecer o tônus vagal?

Algumas semanas de prática diária podem trazer melhorias perceptíveis. Consistência é essencial.

5. O que é a teoria polivagal?

É uma teoria criada por Stephen Porges que explica como o nervo vago regula respostas de estresse e segurança no corpo.

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