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Como o Uso Excessivo das Telas Afeta o Cérebro: A Neuropsicologia das Redes e o Impacto no Processo Atencional

Artigo Publicado: 08/04/2024

Neuropsicologia das redes e processo atencional - TCC - - NeuroFlux

Como a Internet está remodelando o nosso Cérebro?

Com o avanço das tecnologias digitais, a forma como interagimos com o mundo mudou radicalmente. O uso prolongado da internet, associado ao consumo massivo de informações pelas telas, impacta diretamente nossa atenção, memória e capacidade de aprendizado. A neuropsicologia das redes emerge como um campo fundamental para compreender os efeitos neurológicos e cognitivos desta nova realidade.

Este artigo explora como o funcionamento cerebral está sendo moldado por hábitos digitais, analisando desde o fenômeno da poda neuronal até o déficit de atenção associado ao uso excessivo de smartphones e redes sociais.

Neuropsicologia da Navegação: Como o Cérebro processa a informação nas telas

Os efeitos da navegação prolongada e do uso contínuo de dispositivos digitais criam um ambiente de interação constante entre o cérebro humano e a internet. Esse processo, mediado pelas telas, pode desencadear prejuízos significativos no desenvolvimento cognitivo, especialmente na capacidade de aprender e reter informações.

A neuropsicologia da navegação investiga como o cérebro abstrai e retém informações quando exposto a ambientes digitais. Diferente da leitura profunda, como ocorre ao ler um livro, o padrão de processamento mental durante o uso de telas é mais fragmentado e superficial.

Como o uso excessivo das telas altera o funcionamento do Cérebro?

Usuários que fazem uso intensivo de dispositivos digitais acabam promovendo mudanças neurológicas significativas. O excesso de estímulos fortalece determinados circuitos cerebrais, enquanto outros, pouco utilizados, passam por um processo chamado poda neuronal, levando à desativação de áreas importantes para o pensamento reflexivo e a criatividade.

Este fenômeno evidencia que, quanto mais somos expostos a estímulos rápidos e variados, mais nosso cérebro se adapta a esse padrão, perdendo a capacidade de realizar atividades que demandam foco e processamento profundo.

Leitura na Internet: A Estratégia da Letra “F” e suas consequências cognitivas

Ao navegar pela internet, o cérebro adota um padrão de leitura conhecido como formato da letra “F”, que consiste em movimentos rápidos de leitura horizontal e varreduras verticais curtas. Embora eficiente para decodificar rapidamente múltiplas informações, esse padrão prejudica a concentração e a formação de conexões cognitivas profundas.

Esse estilo de processamento favorece decisões rápidas e impulsivas, em detrimento de uma análise mais ponderada e crítica das informações.

Memória de Curto Prazo, Memória de Longo Prazo e a Sobrecarga Cognitiva

O psicólogo australiano John Sweller, referência em teoria da carga cognitiva, demonstrou que a aquisição de conhecimento ocorre inicialmente pela ativação da memória de curto prazo, que é limitada em sua capacidade de armazenamento.

Para que as informações se consolidem na memória de longo prazo, é necessário tempo e repetição. Entretanto, o bombardeio constante de estímulos digitais compromete esse processo, dificultando o arquivamento duradouro de informações e afetando negativamente o aprendizado.

O Papel da Memória Operacional no Processo Atencional

A memória operacional, ou memória de trabalho, atua como um filtro, selecionando quais informações serão mantidas e processadas. Contudo, sua capacidade limitada impede que uma grande quantidade de estímulos seja absorvida com riqueza de detalhes.

Dessa forma, na era digital, somos forçados a priorizar certos estímulos em detrimento de outros, criando um modelo cognitivo mais superficial e fragmentado.

Processamento Gradual: Como consolidar o conhecimento na Era Digital

Para que a memória de longo prazo seja alimentada de forma eficaz, são necessários três elementos fundamentais: velocidade, fluxo e, principalmente, quantidade de exposição gradual às informações.

A quantidade colossal de dados disponível na internet supera a capacidade de retenção do cérebro, levando à perda de informações e dificultando a transformação desses dados em conhecimento sólido e utilizável.

As Associações com Memórias Prévias: O Caminho para a Consolidação Cognitiva

A consolidação do conhecimento exige a formação de associações com memórias pré-existentes. Esse processo é essencial para que as informações sejam arquivadas de forma duradoura e possam ser evocadas futuramente.

O modelo atual de consumo de informações, caracterizado pela superficialidade e pela fragmentação, prejudica essa dinâmica, tornando mais difícil a construção de uma base cognitiva sólida.

Distrações Digitais: Como Notificações e Interrupções afetam o Foco

Cada vez que nosso pensamento profundo é interrompido por uma notificação ou estímulo externo, levamos em média 23 minutos para retornar ao mesmo estado mental anterior. Esse ciclo contínuo de distração, impulsionado pelas redes sociais e aplicativos, coloca-nos em um estado permanente de atenção fragmentada.

Esse fenômeno explica, em parte, a redução nos níveis de QI observados em algumas pesquisas recentes, sobretudo nas gerações que cresceram imersas em ambientes digitais.

Déficit de Atenção e Sobrecarga da Memória de Trabalho: Um Modelo Cognitivo Superficial

Estudos recentes indicam que o aumento dos casos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está correlacionado com a sobrecarga da memória de trabalho causada pelo excesso de estímulos digitais.

Quando nossa memória de trabalho atinge seu limite, torna-se mais difícil discriminar informações relevantes das irrelevantes. Como resultado, o cérebro passa a operar predominantemente em um modo superficial, prejudicando processos mais complexos como o pensamento crítico e a criatividade.

Como Melhorar o Foco e a Capacidade de Aprendizado na Era Digital?

Diante desse cenário, torna-se imprescindível desenvolver estratégias para mitigar os efeitos negativos do uso excessivo das telas. Algumas recomendações incluem:

• Praticar a atenção plena (mindfulness) para melhorar a regulação atencional.
• Estabelecer períodos regulares de desconexão das redes sociais.
• Promover a leitura profunda de livros físicos.
• Evitar o multitasking, focando em uma tarefa por vez.
• Desenvolver hábitos saudáveis de sono, fundamentais para a consolidação da memória.

Reduza os Efeitos Negativos da Internet e Aprimore Sua Saúde Mental

Vivemos em uma era onde o excesso de informações desafia nossa capacidade cognitiva de maneira sem precedentes. A neuropsicologia das redes revela como o nosso cérebro está sendo remodelado por padrões de uso digital que favorecem a superficialidade e a distração, prejudicando a atenção, a memória e a aprendizagem.

Se você sente que está sofrendo com dificuldades de concentração, sobrecarga mental ou impactos emocionais relacionados ao uso excessivo da internet, agende uma sessão com um psicólogo especializado em neuropsicologia e comportamento digital.

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Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Neuropsicologia das Redes e Processo Atencional

1. O que é neuropsicologia das redes?

É o campo que estuda como o uso de tecnologias digitais e redes sociais impacta o funcionamento cognitivo e emocional, especialmente em processos como atenção, memória e aprendizado.

2. O uso excessivo das telas pode afetar a memória?

Sim. O excesso de estímulos prejudica a consolidação da memória de longo prazo, favorecendo uma retenção superficial e comprometendo o aprendizado.

3. O que é poda neuronal?

É um processo natural em que o cérebro elimina conexões sinápticas pouco utilizadas, otimizando seu funcionamento. O uso excessivo de telas pode acelerar a poda em áreas importantes para o pensamento crítico.

4. Por que temos dificuldade de foco ao usar a internet?

Devido à enorme quantidade de estímulos simultâneos, o cérebro se adapta a processar informações rapidamente e superficialmente, reduzindo a capacidade de manter o foco por longos períodos.

5. Como posso melhorar minha atenção na era digital?

Praticando mindfulness, reduzindo o tempo de exposição a telas, realizando leituras profundas e evitando o multitasking.

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