A neurociência tem revolucionado nossa compreensão sobre o funcionamento do cérebro e suas conexões com o comportamento, as emoções e os processos cognitivos. No campo da psicologia, esse conhecimento é essencial para embasar abordagens terapêuticas, compreender transtornos mentais e aprimorar intervenções clínicas.

Pensando nisso, compilei um dicionário completo de neurociência, com 250 conceitos fundamentais para psicólogos, estudantes e qualquer pessoa interessada no fascinante mundo do cérebro humano. Neste guia, você encontrará desde termos clássicos, como córtex pré-frontal e dopamina, até conceitos mais avançados, como conectividade funcional, plasticidade sináptica e interfaces cérebro-máquina.


A

1. Áreas de Brodmann – Regiões do córtex cerebral divididas com base na organização citoarquitetônica dos neurônios.

2. Área de Broca – Região do lobo frontal associada à produção da fala.

3. Área de Wernicke – Região do lobo temporal envolvida na compreensão da linguagem.

4. Abstinência – Conjunto de sintomas físicos e psicológicos que ocorrem após a interrupção do uso de substâncias.

5. Acetilcolina – Neurotransmissor envolvido na memória, atenção e controle muscular.

6. Alucinações – Percepções sensoriais falsas sem um estímulo externo real.

7. Amígdala cerebral – Estrutura do sistema límbico envolvida no processamento das emoções, especialmente o medo.

8. Astrócitos – Células da glia que fornecem suporte e nutrição aos neurônios.

9. Atenção seletiva – Capacidade de focar em um estímulo específico enquanto ignora outros.

10. Atenção sustentada – Habilidade de manter o foco em uma tarefa por um período prolongado.

11. Autismo – Transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social.

12. Ácido gama-aminobutírico (GABA) – Principal neurotransmissor inibitório no cérebro, que tem um efeito relaxante e calmante, regulando a excitabilidade neuronal.

13. Ácido glutâmico e cognição – Neurotransmissor excitador associado à memória, aprendizado e plasticidade neural, particularmente importante em processos cognitivos.

14. Áreas sensório-motoras – Regiões do cérebro envolvidas na percepção sensorial e no controle motor, como o córtex somatossensorial e o córtex motor.


B

15. Barreira hematoencefálica – Estrutura que protege o cérebro, controlando a passagem de substâncias do sangue para o tecido neural.

16. Bases neurais da criatividade – Conexões cerebrais e processos cognitivos envolvidos na geração de ideias originais.

17. Bases neurais da dor emocional – Mecanismos cerebrais responsáveis pelo sofrimento psicológico associado a perdas e rejeições.

18. Bases neurais da moralidade – Regiões e redes cerebrais envolvidas na tomada de decisões éticas e julgamento moral.

19. Bases neurais da espiritualidade – Atividade cerebral associada a experiências espirituais e religiosas.

20. Biomarcadores cerebrais – Indicadores biológicos utilizados para diagnosticar ou monitorar condições neurológicas e psiquiátricas.

21. Brain-Computer Interface (BCI) – Tecnologia que permite a comunicação entre o cérebro e dispositivos eletrônicos.


C

22. Cálculo neural – Processos computacionais realizados pelos neurônios para processar informações.

23. Canais de cálcio – Proteínas na membrana celular que regulam a entrada e saída de íons cálcio, essenciais para a comunicação neural.

24. Canais de potássio – Canais iônicos responsáveis por regular a excitabilidade dos neurônios através do fluxo de íons potássio.

25. Canais de sódio – Proteínas que controlam a passagem de íons sódio e são fundamentais para a geração de potenciais de ação.

26. Carga alostática e neurociência do estresse – Impacto acumulativo do estresse crônico sobre o cérebro e o corpo.

27. Categorização – Processo cognitivo de organizar informações em grupos com base em características comuns.

28. Células da glia – Células do sistema nervoso que fornecem suporte, nutrição e proteção aos neurônios.

29. Células de Schwann – Tipo de célula da glia que produz mielina no sistema nervoso periférico.

30. Células-tronco neurais – Células progenitoras que podem dar origem a diferentes tipos de células nervosas.

31. Cerebelo – Estrutura localizada na base do cérebro, essencial para o equilíbrio e coordenação motora.

32. Circuito de Papez – Rede de conexões neurais envolvida na regulação das emoções e da memória.

33. Circuitos de tomada de risco – Redes cerebrais associadas à avaliação e execução de comportamentos arriscados.

34. Clarity (técnica de visualização cerebral) – Método de transparência de tecidos para visualizar estruturas cerebrais sem cortes.

35. Código de taxa vs. código temporal – Formas de codificação da informação neural baseadas na frequência ou no momento dos disparos neurais.

36. Código neural – Forma como os neurônios representam e transmitem informações.

37. Cognição em transtornos psiquiátricos – Alterações nos processos de pensamento e percepção em condições como esquizofrenia e depressão.

38. Cognição social – Habilidade de interpretar e responder a informações sociais, como emoções e intenções de outras pessoas.

39. Comunicação elétrica entre neurônios – Transmissão de sinais através de sinapses elétricas, que permitem respostas rápidas.

40. Comunicação inter-hemisférica – Troca de informações entre os dois hemisférios cerebrais, principalmente via corpo caloso.

41. Conectividade funcional – Padrões de ativação simultânea entre diferentes regiões cerebrais durante o repouso ou tarefas.

42. Conectividade estrutural – Conexões anatômicas entre diferentes regiões do cérebro, formadas por fibras nervosas.

43. Consciência – Estado de percepção e autoconhecimento sobre si e o ambiente.

44. Corpo caloso – Estrutura que conecta os hemisférios cerebrais e permite a comunicação entre eles.

45. Co-transmissão – Liberação simultânea de diferentes neurotransmissores por um mesmo neurônio.

46. Criatividade – Capacidade de gerar novas ideias e resolver problemas de maneira original.

47. Córtex insular e emoções – Área do cérebro envolvida na percepção emocional e na consciência corporal, frequentemente associada a emoções como nojo e empatia.

48. Córtex orbitofrontal e tomada de decisão – Região cerebral ligada à avaliação de recompensas, punições e à tomada de decisões relacionadas a comportamentos sociais e morais.

49. Córtex pré-frontal dorsolateral – Parte do cérebro envolvida em funções executivas, como planejamento, controle de impulsos e memória de trabalho.

50. Córtex pré-frontal ventromedial – Área do cérebro envolvida em tomadas de decisão emocionais, regulando os impulsos e reações associadas ao comportamento social.

51. Córtex somatossensorial – Região do cérebro responsável pelo processamento das informações sensoriais provenientes de diferentes partes do corpo.

52. Córtex visual primário – Região do cérebro responsável pela análise inicial das informações visuais, recebendo sinais da retina e os interpretando.


D

53. Depressão de longo prazo (LTD) – Mecanismo de plasticidade sináptica que reduz a eficácia das conexões neurais.

54. Depressão maior – Transtorno psiquiátrico caracterizado por humor deprimido persistente e perda de interesse em atividades.

55. Delírios – Crenças falsas e fixas que persistem apesar de evidências contrárias, comuns em transtornos psicóticos.

56. Desenvolvimento cerebral pré-natal – Processo de formação e maturação do cérebro durante a gestação.

57. Dopamina – Neurotransmissor envolvido na motivação, recompensa e controle motor.

58. Doença de Alzheimer – Transtorno neurodegenerativo progressivo caracterizado por perda de memória e deterioração cognitiva.

59. Doença de Parkinson – Doença neurodegenerativa que afeta o controle motor devido à perda de neurônios dopaminérgicos.

60. Desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina – Tecnologias que permitem a interação direta entre o cérebro e dispositivos externos, como próteses ou computadores.

61. Dinâmica dos sistemas neurais – Estudo dos padrões de ativação e interconexão entre as diversas regiões cerebrais durante a execução de tarefas cognitivas.


E

62. Efeitos colaterais dos psicofármacos – Reações adversas causadas por medicamentos psiquiátricos, como sedação, ganho de peso e disfunções motoras.

63. Empatia – Capacidade de compreender e compartilhar as emoções de outras pessoas, associada a circuitos cerebrais específicos.

64. Enxaqueca – Distúrbio neurológico caracterizado por dores de cabeça intensas, frequentemente acompanhadas de náusea e sensibilidade à luz.

65. Engenharia neural – Campo que desenvolve tecnologias para restaurar ou melhorar funções cerebrais e neurais.

66. Epigenética em transtornos mentais – Modificações na expressão genética influenciadas pelo ambiente e associadas a doenças psiquiátricas.

67. Epilepsia – Distúrbio neurológico caracterizado por descargas elétricas anormais no cérebro, resultando em convulsões.

68. Esclerose múltipla – Doença autoimune que ataca a mielina dos neurônios, prejudicando a comunicação neural.

69. Estimulação profunda do cérebro – Técnica cirúrgica que usa eletrodos implantados para tratar transtornos neurológicos, como Parkinson e depressão resistente.

70. Estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) – Método não invasivo que aplica corrente elétrica fraca para modular a atividade cerebral.

71. Estimulação transcraniana por pulsos elétricos (tACS) – Técnica que utiliza correntes elétricas alternadas para influenciar oscilações cerebrais.

72. Estresse crônico – Exposição prolongada a fatores estressores, levando a impactos negativos no cérebro e no corpo.

73. Estímulo magnético transcraniano (TMS) – Método não invasivo que usa campos magnéticos para estimular ou inibir a atividade cerebral.

74. Exocitose sináptica – Processo pelo qual os neurônios liberam neurotransmissores nas sinapses.

75. Estimulação cerebral não invasiva – Técnicas que utilizam campos magnéticos ou elétricos para modificar a atividade cerebral sem a necessidade de intervenções cirúrgicas.

76. Estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS) – Técnica de estimulação cerebral que usa pulsos magnéticos para influenciar a atividade de áreas específicas do cérebro, sendo utilizada no tratamento de depressão.

77. Estados alterados de consciência – Estados de percepção alterada, como sono, meditação profunda, ou induzidos por substâncias psicodélicas.


F

78. Fatores epigenéticos na neurociência – Estudo de como fatores ambientais podem influenciar a expressão dos genes no cérebro, afetando o comportamento e a saúde mental.

79. Fatores neurotróficos – Proteínas que promovem a sobrevivência, crescimento e plasticidade dos neurônios.

80. Feedback inibitório – Mecanismo pelo qual uma resposta neuronal reduz a atividade de um sistema para manter o equilíbrio.

81. Fenômeno de spike-timing-dependent plasticity – Modificação da força sináptica baseada no tempo relativo entre os potenciais de ação pré e pós-sinápticos.

82. Formação reticular – Rede de neurônios no tronco encefálico que regula a consciência, atenção e estado de vigília.

83. Funções executivas – Conjunto de habilidades cognitivas envolvidas no planejamento, controle inibitório e flexibilidade mental.


G

84. Gânglios da base – Estruturas cerebrais envolvidas no controle motor e na regulação de comportamentos automáticos.

85. GABA (Ácido gama-aminobutírico) – Principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, essencial para o equilíbrio da atividade neuronal.

86. Glutamato – Principal neurotransmissor excitatório do cérebro, fundamental para aprendizado e memória.


H

87. Hemisférios cerebrais – Duas metades do cérebro, o esquerdo e o direito, que controlam funções distintas, mas trabalham de forma integrada.

88. Hemorragia cerebral – Sangramento dentro do cérebro causado pelo rompimento de vasos sanguíneos, podendo levar a danos neurológicos.

89. Hipocampo – Estrutura do sistema límbico essencial para a formação de novas memórias e aprendizado espacial.

90. Hipotálamo – Região cerebral que regula funções vitais, como temperatura corporal, fome, sede e liberação hormonal.

91. Histamina – Neurotransmissor envolvido na regulação do sono, alerta e respostas alérgicas.


I

92. Ilusões cognitivas – Erros sistemáticos no processamento de informações que levam a percepções distorcidas da realidade.

93. Imaginação – Capacidade do cérebro de criar representações mentais de objetos, eventos ou conceitos não presentes no momento.

94. Impressão 3D de tecidos neurais – Tecnologia emergente para criar modelos tridimensionais de tecidos cerebrais em laboratório.

95. Inibição lateral – Mecanismo neural que melhora o contraste de estímulos ao inibir a atividade dos neurônios vizinhos.

96. Inteligência artificial aplicada à neurociência – Uso de algoritmos e aprendizado de máquina para modelar e compreender processos cerebrais.

97. Inteligência emocional e neurociência – Estudo de como as emoções influenciam os processos cognitivos e as interações sociais, com base na neurociência.

98. Insônia – Transtorno do sono caracterizado por dificuldade em iniciar ou manter o sono, impactando a função cognitiva e emocional.

99. Interneurônios inibitórios – Neurônios que modulam a atividade cerebral reduzindo a excitação neural em circuitos específicos.


L

100. Lateralização cerebral – Especialização funcional dos hemisférios cerebrais, como a dominância do hemisfério esquerdo para a linguagem.

101. Lesões cerebrais traumáticas – Danos ao cérebro causados por impacto físico, afetando cognição, emoção e funções motoras.

102. Lobo frontal – Região do cérebro envolvida no planejamento, controle inibitório, personalidade e funções motoras voluntárias.

103. Lobo occipital – Área cerebral responsável pelo processamento da informação visual.

104. Lobo parietal – Região cerebral associada à percepção sensorial, orientação espacial e processamento de informações táteis.

105. Lobo temporal – Área do cérebro envolvida no processamento auditivo, memória e reconhecimento de padrões.


M

106. Magnetoencefalografia (MEG) – Técnica de neuroimagem que mede a atividade cerebral através dos campos magnéticos gerados pelos neurônios.

107. Mapeamento cerebral – Processo de identificar e localizar funções específicas no cérebro por meio de neuroimagem e outras técnicas.

108. Medula espinhal – Estrutura do sistema nervoso central responsável pela transmissão de sinais entre o cérebro e o corpo.

109. Memória declarativa – Tipo de memória que armazena fatos e eventos, acessível à consciência.

110. Memória de trabalho – Sistema de curto prazo que mantém e manipula informações temporariamente para uso imediato.

111. Memória procedural – Tipo de memória que armazena habilidades motoras e hábitos, geralmente inconsciente.

112. Mecanismos de aprendizado Hebbiano – Princípio de que a conexão entre neurônios se fortalece quando ativados simultaneamente.

113. Mecanismos de recuperação pós-AVC – Processos neuroplásticos que ajudam na reabilitação de funções cerebrais após um acidente vascular cerebral.

114. Mielina – Camada lipídica que envolve os axônios dos neurônios, aumentando a velocidade da condução dos impulsos nervosos.

115. Microeletrodos intracorticais – Dispositivos utilizados para registrar a atividade de neurônios individuais no cérebro.

116. Microglia – Células imunológicas do sistema nervoso central responsáveis pela defesa contra infecções e remoção de detritos celulares.

117. Modulação da dor – Processos neurais e bioquímicos que regulam a percepção da dor, envolvendo neurotransmissores como endorfinas e serotonina.

118. Modulação do eixo HPA – Regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, essencial para a resposta ao estresse e o equilíbrio hormonal.

119. Motivação – Conjunto de processos neurobiológicos que impulsionam comportamentos direcionados a objetivos, envolvendo o sistema dopaminérgico.

120. Multissensorialidade – Integração de informações de diferentes sentidos no cérebro para criar percepções coerentes do ambiente.


N


121. Narcolepsia – Transtorno do sono caracterizado por sonolência excessiva diurna e episódios súbitos de sono.

122. Neurogênese – Processo de formação de novos neurônios no cérebro, particularmente no hipocampo.

123. Neuromodulação – Alteração da atividade neuronal por meio de estímulos elétricos, magnéticos ou químicos para tratar disfunções neurológicas.

124. Neurobiologia da consciência – Estudo das bases neurais da consciência e da percepção subjetiva da realidade.

125. Neurobiologia do envelhecimento – Investigação dos processos neurobiológicos que ocorrem no cérebro durante o envelhecimento.

126. Neurobiologia do trauma – Estudo dos impactos neurofisiológicos de traumas psicológicos e físicos no cérebro.

127. Neurobiologia da tomada de decisão – Estudo das bases cerebrais que guiam o processo de escolha e julgamento, incluindo fatores emocionais e cognitivos.

128. Neurociência afetiva – Subcampo da neurociência que investiga as bases neurais das emoções, sentimentos e estados afetivos.

129. Neurociência computacional – Área que usa modelos matemáticos e computacionais para entender o funcionamento do cérebro e simular suas operações.

130. Neurociência da criatividade – Estudo das áreas cerebrais envolvidas na geração de ideias novas e inovadoras, explorando como o cérebro facilita processos criativos.

131. Neurociência do prazer e recompensa – Estudo das regiões cerebrais que processam recompensas e prazer, frequentemente envolvendo dopamina e sistemas de reforço.

132. Neurociência da música e ritmo – Análise dos efeitos da música e do ritmo nos processos cerebrais e emocionais.

133. Neurociência do desenvolvimento infantil – Estudo das mudanças neurobiológicas durante a infância e seu impacto no aprendizado e comportamento.

134. Neurociência do envelhecimento saudável – Pesquisa sobre mecanismos neurais que promovem um envelhecimento cognitivo saudável.

135. Neurociência do sono profundo e REM – Investigação das funções e mecanismos cerebrais do sono profundo e do sono REM.

136. Neurociência dos sonhos – Estudo dos processos cerebrais envolvidos na geração e no significado dos sonhos.

137. Neurofeedback – Técnica que permite o controle voluntário da atividade cerebral por meio de treinamento em tempo real.

138. Neuroimagem molecular – Uso de técnicas de imagem para estudar a bioquímica do cérebro em nível molecular.

139. Neuroplasticidade – Capacidade do cérebro de se reorganizar estrutural e funcionalmente em resposta a experiências e lesões.

140. Neuropsicologia – Campo que estuda a relação entre processos cognitivos e estruturas cerebrais, especialmente em contextos clínicos.

141. Neurotransmissores – Moléculas químicas responsáveis pela comunicação entre neurônios nas sinapses.

142. Neuropatia – Conjunto de distúrbios que afetam os nervos periféricos, causando dor, fraqueza ou dormência.

143. Neuromorfismo – Abordagem que utiliza princípios da neurociência para desenvolver hardware e algoritmos inspirados no cérebro.

144. Neuropeptídeos – Pequenas proteínas que atuam como neurotransmissores ou moduladores no sistema nervoso.

145. Neuroproteção – Estratégias para preservar e proteger os neurônios contra danos e neurodegeneração.

146. Neurotoxinas – Substâncias que afetam negativamente o funcionamento neuronal, podendo causar danos permanentes.

147. Nervo vago – Principal nervo do sistema nervoso autônomo, envolvido na regulação de funções como respiração e batimentos cardíacos.

148. Núcleo accumbens – Estrutura do cérebro associada ao prazer, motivação e vício, parte do sistema de recompensa.

149. Núcleos da base – Conjunto de estruturas cerebrais envolvidas no controle motor e processos cognitivos.


O

150. Optogenética – Técnica que usa luz para controlar a atividade de neurônios geneticamente modificados.

151. Oscilações cerebrais – Padrões rítmicos de atividade neural associados a processos cognitivos e emocionais.

152. Oscilações delta – Ondas cerebrais lentas (0,5–4 Hz) associadas ao sono profundo e regeneração neuronal.

153. Oscilações gama – Ondas cerebrais rápidas (30–100 Hz) ligadas à atenção, percepção e consciência.

154. Oscilações teta – Ondas cerebrais (4–8 Hz) relacionadas à memória, aprendizado e navegação espacial.

155. Oscilações ultradianas – Ritmos biológicos que ocorrem em ciclos menores que 24 horas, como ciclos do sono.


P

156. Percepção sensorial – Processo pelo qual o cérebro interpreta estímulos vindos dos sentidos.

157. Plasticidade cerebral – Capacidade do cérebro de se modificar e adaptar ao longo da vida.

158. Plasticidade compensatória – Mecanismos pelos quais o cérebro compensa lesões ou deficiências funcionais.

159. Plasticidade homeostática – Ajuste dos circuitos neurais para manter um nível de atividade estável.

160. Plasticidade mal-adaptativa – Alterações cerebrais que podem levar a déficits funcionais ou transtornos neurológicos.

161. Potencial de ação – Impulso elétrico que propaga sinais ao longo dos neurônios.

162. Potencial de campo local – Registro da atividade elétrica coletiva de um grupo de neurônios próximos.

163. Potencial de repouso – Diferença de voltagem entre o interior e o exterior do neurônio quando ele está em estado inativo.

164. Potenciação de longo prazo (LTP) – Processo de fortalecimento das conexões sinápticas, essencial para aprendizado e memória.

165. Processamento auditivo – Mecanismos cerebrais envolvidos na recepção e interpretação de sons.

166. Processamento da dor – Conjunto de processos neurais responsáveis pela percepção e modulação da dor.

167. Processamento de erro – Atividade cerebral que detecta e corrige erros em respostas motoras ou cognitivas.

168. Processamento de linguagem – Mecanismos cerebrais responsáveis pela compreensão e produção da linguagem.

169. Processamento de medo – Atividade neural ligada à detecção e resposta a estímulos ameaçadores.

170. Processamento de tomada de decisão – Conjunto de mecanismos cognitivos que avaliam opções e escolhem ações.

171. Processamento preditivo – Modelo em que o cérebro antecipa informações sensoriais com base em experiências anteriores.

172. Processamento tátil – Mecanismos cerebrais envolvidos na percepção de estímulos táteis, como pressão, textura e temperatura.

173. Processamento visual – Conjunto de processos neurais que interpretam estímulos visuais e os convertem em percepções.

174. Projeção de futuro – Capacidade do cérebro de antecipar eventos futuros e planejar ações com base em experiências passadas.

175. Psicofarmacologia – Estudo dos efeitos dos medicamentos sobre o sistema nervoso e o comportamento.

176. Psilocibina e neuroplasticidade – Estudo dos efeitos da psilocibina, um psicodélico, na indução de neuroplasticidade e mudanças cerebrais.

177. Psicose – Distúrbio mental caracterizado por perda de contato com a realidade, como delírios e alucinações.


R

178. Rastreamento ocular (Eye-tracking) – Técnica que monitora e analisa os movimentos dos olhos para estudar a atenção e a percepção visual.

179. Recaptação de neurotransmissores – Processo pelo qual os neurotransmissores são reabsorvidos pelos neurônios pré-sinápticos para regular sua disponibilidade.

180. Rede de controle executivo – Conjunto de regiões cerebrais envolvidas na tomada de decisões, planejamento e controle de comportamentos complexos.

181. Rede de introspecção – Rede de regiões cerebrais associadas ao pensamento autorreferente, como a rede de modo padrão (DMN).

182. Rede de modo padrão – Rede neural que se ativa durante repouso e atividades de autorreflexão, desconectando-se de tarefas externas.

183. Rede de saliência – Conjunto de áreas cerebrais que identificam e priorizam estímulos relevantes, como o núcleo accumbens e a amígdala.

184. Redes cerebrais intrínsecas – Redes neuronais que operam de maneira automática para processar informações internas e reflexivas.

185. Redes neurais artificiais – Modelos computacionais inspirados nas redes neurais biológicas, usados em inteligência artificial e aprendizado de máquina.

186. Regulação alostérica – Mecanismo de modulação de proteínas e enzimas em que a atividade de uma molécula é alterada por ligantes que não estão na sua estrutura ativa.

187. Regulação da energia cerebral – Processos metabólicos que garantem o fornecimento adequado de energia ao cérebro para suas funções.

188. Regulação emocional – Mecanismos cerebrais que controlam a experiência e a expressão das emoções, como a ativação da amígdala e do córtex pré-frontal.

189. Resiliência neural – Capacidade do cérebro de se recuperar de adversidades, como lesões ou estresse psicológico.

190. Ritmos circadianos – Ciclos biológicos de aproximadamente 24 horas que regulam o sono, a vigília e outras funções fisiológicas.

191. Ritmos ultradianos – Ciclos biológicos que ocorrem em períodos menores que 24 horas, como os ciclos de sono e atenção.

192. Ruminação – Processo de repetição e foco contínuo em pensamentos negativos ou angustiantes, frequentemente associado a transtornos como depressão.


S

193. Simulação do cérebro humano – Modelagem computacional de processos cerebrais com o objetivo de entender melhor sua estrutura e funcionamento.

194. Simulação mental – Processo cognitivo de imaginar ou antecipar eventos, decisões ou comportamentos sem ação física.

195. Sinapses – Conexões entre neurônios que permitem a transmissão de sinais elétricos e químicos.

196. Sincronização neural – Coordenação temporal da atividade de diferentes neurônios para processar informações de maneira eficiente.

197. Sinestesia – Fenômeno neurológico onde a estimulação de um sentido provoca uma experiência em outro sentido, como ver cores ao ouvir música.

198. Sistema de reforço – Conjunto de circuitos neurais que mediam a motivação e a recompensa, incluindo o sistema dopaminérgico.

199. Sistema dopaminérgico mesocortical – Rota neural que conecta o sistema límbico ao córtex pré-frontal, associada à tomada de decisão e à motivação.

200. Sistema dopaminérgico mesolímbico – Sistema neural relacionado à recompensa e ao prazer, especialmente ativado por substâncias viciantes.

201. Sistema límbico – Conjunto de estruturas cerebrais envolvidas na regulação emocional, motivação e memória, como a amígdala e o hipocampo.

202. Sistema nervoso autônomo – Parte do sistema nervoso responsável pela regulação das funções involuntárias, como batimentos cardíacos e respiração.

203. Sistema nervoso central (SNC) – Composto pelo cérebro e pela medula espinhal, é responsável pelo processamento e integração de informações.

204. Sistema nervoso entérico – Sistema nervoso localizado no trato gastrointestinal, responsável por regular funções intestinais.

205. Sistema nervoso parassimpático – Parte do sistema nervoso autônomo que promove o relaxamento e a recuperação, diminuindo a frequência cardíaca e a pressão arterial.

206. Sistema nervoso periférico (SNP) – Conjunto de nervos fora do SNC que conecta os órgãos e músculos ao cérebro e medula espinhal.

207. Sistema nervoso simpático – Parte do sistema nervoso autônomo responsável pela ativação da resposta de “luta ou fuga” durante situações de estresse.

208. Substância branca – Porção do sistema nervoso central composta por fibras nervosas mielinizadas, responsável pela condução de impulsos elétricos.

209. Substância cinzenta – Parte do sistema nervoso central composta por corpos celulares de neurônios, envolvida no processamento de informações.

210. Supressão emocional – Processo de controle ou repressão de emoções para se ajustar a normas sociais ou evitar reações emocionais excessivas.


T

211. Teoria da cognição preditiva – Modelo que sugere que o cérebro faz previsões sobre o ambiente e ajusta suas percepções com base em erros de previsão.

212. Teoria da inferência ativa – Modelo que propõe que o cérebro ativa representações para interpretar os dados sensoriais, minimizando incertezas.

213. Teoria da mente – Capacidade de atribuir estados mentais a outros, permitindo a compreensão de suas intenções, crenças e desejos.

214. Teoria da mente cognitiva – Subcategoria da teoria da mente que se foca no entendimento dos processos cognitivos dos outros, como pensamentos e crenças.

215. Teoria do cérebro bayesiano – Modelo que sugere que o cérebro utiliza princípios de inferência bayesiana para prever e interpretar estímulos sensoriais.

216. Terapia eletroconvulsiva – Tratamento psiquiátrico que utiliza correntes elétricas para provocar uma crise convulsiva no cérebro, eficaz em casos graves de depressão.

217. Tolerância a drogas – Fenômeno em que, com o tempo, a eficácia de uma substância diminui devido à adaptação do sistema nervoso.

218. Tomografia por emissão de pósitrons (PET) – Técnica de neuroimagem que permite visualizar a atividade metabólica e a distribuição de substâncias radioativas no cérebro.

219. Transtorno bipolar – Transtorno psiquiátrico caracterizado por alternâncias entre episódios de mania e depressão.

220. Transtorno do pânico – Distúrbio de ansiedade caracterizado por ataques de pânico inesperados e recorrentes, com sintomas físicos e psicológicos intensos.

221. Transtorno de ansiedade generalizada – Transtorno psiquiátrico caracterizado por preocupação excessiva e persistente com eventos cotidianos.

222. Terapia eletroconvulsiva – Tratamento psiquiátrico que utiliza estímulos elétricos para induzir uma crise convulsiva no cérebro, geralmente usado em casos graves de depressão resistente.

223. Tolerância a drogas – Processo pelo qual o organismo se adapta aos efeitos de uma substância, exigindo doses progressivamente maiores para alcançar os mesmos efeitos.

224. Tomografia por emissão de pósitrons (PET) – Técnica de neuroimagem que permite visualizar a atividade cerebral por meio da medição da distribuição de substâncias radioativas.

225. Transtorno bipolar – Distúrbio psiquiátrico caracterizado por alternâncias entre episódios de mania (ou hipomania) e depressão.

226. Transtorno do pânico – Transtorno de ansiedade caracterizado por ataques súbitos e intensos de medo ou desconforto, associados a sintomas físicos como falta de ar e palpitações.

227. Transtorno de ansiedade generalizada – Distúrbio psiquiátrico caracterizado por uma preocupação excessiva e persistente sobre diversos aspectos da vida cotidiana.

228. Transtorno dissociativo – Condição psiquiátrica em que o indivíduo experimenta desconexões temporárias entre suas memórias, identidade e percepção da realidade.

229. Transtorno esquizoafetivo – Transtorno psiquiátrico que combina sintomas de esquizofrenia (delírios, alucinações) com distúrbios de humor (depressão ou mania).

230. Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) – Distúrbio caracterizado por pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, realizados para reduzir a ansiedade gerada por esses pensamentos.

231. Transtornos alimentares – Distúrbios que envolvem padrões alimentares anormais, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar periódica.

232. Transtornos da personalidade – Grupo de distúrbios psiquiátricos caracterizados por padrões persistentes de comportamento e pensamento que são inflexíveis e inadaptativos.

233. Transtornos do sono – Distúrbios que afetam a qualidade, duração e/ou regularidade do sono, como insônia, apneia do sono e narcolepsia.

234. Transtornos neurodegenerativos – Condições caracterizadas pela degeneração progressiva de células nervosas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).

235. Trauma cranioencefálico – Lesão no cérebro resultante de impactos físicos, como em acidentes, quedas ou lesões diretas.

236. Tronco encefálico – Parte do cérebro que conecta o cérebro à medula espinhal e é responsável por funções vitais automáticas, como respiração e batimento cardíaco.


U

237. Ultrassonografia cerebral – Técnica de imagem que utiliza ondas de ultrassom para visualizar estruturas do cérebro, frequentemente usada em neonatos.


V

238. Viés atencional – Tendência a focar mais intensamente em determinados estímulos em detrimento de outros, frequentemente observado em transtornos como ansiedade.

239. Viés de confirmação – Tendência de buscar, interpretar e lembrar informações de maneira que confirmem crenças ou hipóteses preexistentes.

240. Vias dopaminérgicas – Conjunto de caminhos neurais que utilizam dopamina como neurotransmissor, associados à motivação, recompensa e movimento.

241. Vias glutamatérgicas – Caminhos neuronais que utilizam o glutamato como neurotransmissor, crucial para a excitabilidade e plasticidade sináptica.

242. Vias noradrenérgicas – Conjunto de vias neuronais que utilizam a noradrenalina para regular funções relacionadas ao alerta, atenção e resposta ao estresse.

243. Vias serotoninérgicas – Caminhos neuronais que utilizam a serotonina, envolvidos no controle de humor, sono e apetite.

244. Visualização cerebral em tempo real – Técnicas de neuroimagem que permitem observar a atividade cerebral enquanto o indivíduo está realizando tarefas cognitivas ou comportamentais.

245. Vômito cíclico e conexões neurais – Condição rara caracterizada por episódios recorrentes de vômito intenso, possivelmente relacionada a disfunções nas vias neurais que controlam o reflexo do vômito.

246. VPL (Núcleo ventral póstero-lateral do tálamo) – Estrutura no tálamo que processa informações sensoriais, como toque e dor, enviando-as para o córtex somatossensorial.

247. VPM (Núcleo ventral póstero-medial do tálamo) – Parte do tálamo responsável pelo processamento das informações sensoriais relacionadas ao rosto, enviando sinais ao córtex somatossensorial.

248. Vulnerabilidade ao estresse – Tendência de um indivíduo a responder de maneira mais intensa ou menos adaptativa a eventos estressantes devido a fatores genéticos ou ambientais.


W

249. Wernicke-Korsakoff (Síndrome de) – Distúrbio neurológico causado por deficiência de tiamina, caracterizado por confusão mental, problemas de memória e dificuldades de coordenação motora.


Z

250. Zonas de convergência neural – Áreas do cérebro onde diferentes fluxos de informação sensorial e motoras se encontram e são processadas em conjunto.