O modelo cognitivo-comportamental possui inúmeras técnicas baseadas em evidências, neste artigo apresento de forma abreviada, três delas: Rotulação das Distorções Cognitivas, Seta Descendente e Registro de Pensamentos Disfuncionais.
Rotulação das Distorções Cognitivas
Técnica que consiste em explicar para o paciente sobre as suas principais distorções cognitivas, ajudando-o a identificar quais ele apresenta. Sendo, a partir daí habilitado e capaz de prestar mais atenção em seu funcionamento e em quais situações estas distorções estão aparecendo.
Quando rotulamos uma distorção cognitiva, na mesma hora somos capazes de regular a nossa emoção. Por exemplo, quando nos damos conta de que estamos catastrofizando alguma situação, a nossa ansiedade diminui.
A técnica de rotulação cognitiva, neste sentido, auxilia momentaneamente na modulação emocional.
Trata-se de uma forma de Psicoeducação sobre as distorções para que o paciente identifique quando elas ocorrerem no seu dia a dia e atue rotulando e controlando a sua emocionalidade.
Seta Descendente
Também conhecida como flecha descendente, é uma técnica investigativa para acessar a crença central do paciente, utilizada somente após a consolidação de uma boa aliança terapêutica
A Seta descendente está muito alinhada com a ideia de reestruturação cognitiva, partindo de um pensamento automático busca através da validação de uma proposição superficial do paciente ir atingindo níveis mais profundos de cognição, idealmente, crenças centrais.
Sabemos, deste modo, que chegamos em uma crença central quando há uma mudança emocional identificável e/ou quando há reapresentações sistemáticas da proposição dita.
RPD - Registro Diário de Pensamentos Disfuncionais
Trata-se de uma planilha para registro dos pensamentos disfuncionais, em seu modelo mais simplificado pode conter, somente, 5 colunas, sendo elas:
1 - Situação em que o pensamento disfuncional ocorreu.
2 - Emoções associadas a esta situação.
3 - Pensamentos Automáticos relacionados.
4 - Resposta Racional do Pensamento Automático, com uma classificação desta resposta de 0 a 100 (Quanto eu acredito que este pensamento é verdadeiro?).
5 - Resultado - Qual foi o meu comportamento? Qual foi a minha mudança emocional?
Estas técnicas visam, em ultima instância, a realização de um trabalho do desenvolvimento da habilidade metacognitiva do paciente. O indivíduo aprende a se dar conta de seus pensamentos e de quanto a sua interpretação influencia na resposta emocional. Quando um pensamento não é um fato em si, não é uma verdade a priori, mas simplesmente, uma interpretação pessoal que pode ser passível de ser questionada ou não e, sobretudo, modificada e reestruturada.
DR. OSVALDO MARCHESI JUNIOR
Psicólogo em São Paulo - CRP - 06/186.890
Atendimentos Psicológicos On-line e Presenciais para pacientes no Brasil e no exterior.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Hipnoterapia.
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