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Ansiedade Social: Terapia Cognitivo-Comportamental para aliviar o medo e melhorar a interação social

Artigo Publicado: 07/03/2025

Ansiedade Social - TCC - NeuroFlux

O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) é uma condição psicológica caracterizada por um medo intenso de ser julgado, humilhado ou rejeitado em situações sociais. Este transtorno pode prejudicar gravemente a qualidade de vida do indivíduo, afetando sua capacidade de interagir de forma saudável e eficiente em diversos contextos. Para compreendê-lo e tratá-lo adequadamente, é fundamental entender as fases e os processos envolvidos na manifestação e no tratamento do TAS, conforme descrito por Aaron Beck no modelo cognitivo.

Fases do transtorno de Ansiedade Social

1. Fase antecipatória

A primeira fase do TAS ocorre antes mesmo da pessoa estar em uma situação social. Aqui, o indivíduo começa a antecipar a experiência de julgamento, o que pode gerar uma série de sintomas ansiosos. Este processo de antecipação é marcado por uma série de características automáticas e distorcidas, como o viés de interpretação de ameaça e a avaliação de vulnerabilidade.

• Viés de interpretação de ameaça: O indivíduo com TAS tende a ver situações sociais como potencialmente ameaçadoras, mesmo que não haja perigo real.

• Avaliação de vulnerabilidade: A pessoa percebe-se como vulnerável ao julgamento alheio, o que agrava a sensação de ameaça.

• Preocupação excessiva: Preocupações com possíveis consequências negativas, como ser humilhado ou rejeitado, tomam conta da mente da pessoa.

• Estratégias de esquiva: A ansiedade pode ser tão intensa que o indivíduo tenta evitar situações sociais de diversas maneiras, como ficar no celular ou até mesmo evitar o contato visual.

2. Exposição situacional

Na segunda fase, o indivíduo se encontra efetivamente na situação social, e a ansiedade tende a aumentar. A ativação de crenças centrais negativas, como a sensação de ser socialmente impotente ou inferior, se torna mais evidente. Isso pode gerar uma série de reações físicas e comportamentais, como tremores, rubor e posturas defensivas.

O comportamento de esquiva, como se isolar em uma conversa ou se focar em distrações como o celular, é comum, embora muitas vezes ineficaz para diminuir a ansiedade. Além disso, a atenção autocentrada, onde o indivíduo passa a observar-se como se fosse um espectador da própria situação, aumenta o desconforto e contribui para um desempenho social prejudicado.

3. Processamento pós-evento

Após o evento social, o indivíduo com TAS tende a revisitar mentalmente o que aconteceu, focando-se nos aspectos negativos. Esse processamento pós-evento é muitas vezes caracterizado por ruminação, sentimentos de vergonha e a intensificação da ansiedade em relação ao desempenho social. O viés de lembrança, que favorece a recordação de falhas em vez de sucessos, é comum.

Tratamento do Transtorno de Ansiedade Social com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A TCC é uma abordagem altamente eficaz para o tratamento do TAS, com foco na modificação de padrões de pensamento e comportamento que mantêm a ansiedade social. O tratamento visa, entre outros objetivos, reduzir a ansiedade, vergonha e o constrangimento, além de melhorar o funcionamento social do paciente.

Objetivos da TCC no TAS

1. Reduzir a ansiedade: A ideia não é eliminar completamente a ansiedade, mas reduzir sua intensidade para níveis mais gerenciáveis.

2. Melhorar o desempenho social: O treinamento de habilidades sociais e a reestruturação cognitiva ajudam o paciente a lidar de forma mais eficaz com situações sociais.

3. Corrigir crenças disfuncionais: O tratamento foca na identificação e correção de crenças irracionais, como o medo exacerbado de julgamento ou a percepção de fraqueza.

Estratégias e técnicas utilizadas na TCC

A TCC envolve uma série de intervenções estruturadas para ajudar o paciente a desafiar suas crenças automáticas e a mudar seu comportamento em situações sociais.

• Exposição gradual: O paciente é gradualmente exposto às situações sociais temidas, começando pelas menos ansiogênicas e progredindo para as mais desafiadoras. A exposição ajuda a reduzir o medo, à medida que a pessoa vai vivenciando a realidade dessas situações, em vez de se deixar dominar pela antecipação.

• Reestruturação cognitiva: O objetivo é modificar as distorções cognitivas, como a catastrofização, e substituir os pensamentos negativos por avaliações mais realistas e equilibradas.

• Treinamento de habilidades sociais: Ensinar o paciente a se comportar de maneira assertiva e eficiente nas interações sociais é crucial. As habilidades sociais incluem fazer e aceitar elogios, expressar opiniões, iniciar conversas, defender seus direitos e lidar com críticas, entre outras.

A importância da reavaliação pós-evento

A ruminação sobre eventos sociais passados pode agravar a ansiedade. Na TCC, é importante ajudar o paciente a avaliar os custos da ruminação e a reestruturar seus pensamentos sobre o que aconteceu, afastando-se da visão distorcida de que tudo foi um desastre.

Evidências da eficácia da TCC

A pesquisa tem demonstrado que a TCC, especialmente quando combinada com a farmacoterapia, é uma abordagem eficaz para o tratamento do TAS. Estudos mostram que a TCC pode ser superior a outras abordagens, como a psicoterapia psicodinâmica, e que seus resultados são eficazes tanto em sessões individuais quanto em grupos. Além disso, a medicação, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), pode ser útil, embora os benzodiazepínicos não sejam recomendados devido ao seu efeito de reforçar comportamentos de esquiva.

Duração do tratamento

Os protocolos de TCC para o TAS geralmente variam de 12 a 20 semanas, com um tempo médio de 14 a 16 semanas sendo o mais comum. Para casos mais graves ou difusos, o tratamento pode se estender de 6 meses a 1 ano, com sessões semanais. Estudos indicam que, após 3 a 5 meses, já é possível observar uma redução significativa nos sintomas de ansiedade social.

O Transtorno de Ansiedade Social é uma condição debilitante, mas pode ser eficazmente tratado com a Terapia Cognitivo-Comportamental. Com o foco na modificação de crenças disfuncionais, no treino de habilidades sociais e na exposição gradual a situações sociais, os pacientes podem experimentar uma melhora significativa em sua qualidade de vida. O tratamento requer dedicação e paciência, mas os resultados são duradouros, proporcionando uma vida social mais saudável e menos ansiosa.

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