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Somos naturalmente bons? O desenvolvimento da empatia e os paradoxos da moralidade

Artigo Publicado: 04/03/2025

Somos naturalmente bons - TCC - NeuroFlux

A questão sobre a bondade humana sempre intrigou filósofos, psicólogos e cientistas. Será que nascemos bons e a sociedade nos corrompe? Ou será que a crueldade e a maldade fazem parte da nossa natureza? A resposta, como muitas questões complexas da psicologia, não é tão simples.

Estudos sugerem que, desde a infância, os seres humanos demonstram empatia e inclinação para o cuidado com os outros. No entanto, essa tendência pode ser rapidamente modificada por influências sociais e cognitivas, levando à desumanização e à crueldade.

A desumanização e a crueldade humana

A desumanização é um dos principais mecanismos que permitem a prática da maldade. Quando deixamos de ver o outro como um ser humano completo, com sentimentos e individualidade, torna-se mais fácil justificar atos de crueldade. Isso pode ocorrer tanto de forma animalística (comparando pessoas a vermes ou baratas) quanto mecanística (tratando-as como objetos ou ferramentas).

A história está repleta de exemplos de desumanização: desde os zoológicos humanos na Europa até a forma como soldados são treinados para ver seus inimigos como meros alvos. No dia a dia, também observamos isso quando tratamos indigentes como obstáculos invisíveis ou quando a mídia retrata pessoas com demência como “zumbis”.

Mas a crueldade não se manifesta apenas por desumanização. Muitas vezes, ela está ligada ao desejo de punição e dominação. Acreditamos que certos indivíduos merecem sofrer como forma de justiça ou moralidade, e a busca por status social faz com que subjugar os outros seja um meio de alcançar poder.

O paradoxo do prazer e da felicidade

Outro aspecto intrigante do comportamento humano é a relação entre prazer e sofrimento. Por que nos sentimos atraídos por histórias trágicas? Por que buscamos experiências que envolvem dor e esforço?

A resposta pode estar no contraste. O alívio após a dor pode ser uma experiência profundamente prazerosa. Além disso, a dor muitas vezes tem um valor social e simbólico: demonstra resiliência, aproxima grupos e reforça valores morais. Não é à toa que muitas tradições religiosas incluem rituais de sacrifício e penitência.

Fatores que influenciam a felicidade

Embora a felicidade seja um estado desejado por todos, sua manutenção não é simples. Estudos indicam que fatores como genética, idade, país de origem, status econômico e relacionamentos influenciam diretamente o nível de felicidade de uma pessoa.

Curiosamente, a abundância de opções na sociedade moderna pode ser um fator que prejudica a felicidade. O chamado “paradoxo da escolha” sugere que quanto mais opções temos, maior a possibilidade de arrependimento e insatisfação. Isso se aplica tanto a decisões cotidianas quanto a relacionamentos.

Além disso, nossa mente tem um viés negativo: tendemos a focar mais no que é ruim do que no que é positivo. Esse fenômeno explica por que tragédias nos marcam tanto e por que sentimos que eventos negativos nos transformam, mesmo que as evidências mostrem que nosso nível de felicidade tende a retornar ao seu ponto original com o tempo.

O Equilíbrio entre sofrimento e sentido

No fim das contas, buscamos prazer, mas também significado. Estudos sugerem que pessoas que consideram suas vidas cheias de sentido frequentemente relatam mais estresse e dificuldades do que aquelas que simplesmente se dizem felizes. Isso ocorre porque o sentido de vida geralmente está associado a responsabilidades, compromissos e desafios.

Seja na busca por justiça, no esforço para superar dificuldades ou no desejo de conexão humana, nossos comportamentos são impulsionados por um equilíbrio entre prazer e sofrimento. Aceitar essa dualidade pode ser o caminho para uma vida mais satisfatória, compreendendo que o sofrimento não é apenas algo a ser evitado, mas também pode ter um papel importante na nossa construção como indivíduos.

Somos naturalmente bons? Talvez a resposta não esteja em um simples “sim” ou “não”, mas na forma como interagimos com o mundo. Temos potencial para a empatia e a crueldade, para o prazer e o sofrimento, para o egoísmo e o altruísmo. O desafio está em reconhecer esses impulsos e usá-los de forma consciente para construir uma sociedade mais justa e humana.

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