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Transtornos do Exagero e Dependência Química: Como a Psicologia pode ajudar na Recuperação

Artigo Publicado: 04/03/2025

Transtornos do Exagero e Dependencia Quimica - TCC - NeuroFlux

Como identificar e tratar transtornos do exagero e comportamentos compulsivos?

Nos últimos anos, os chamados transtornos do exagero têm recebido cada vez mais atenção. Esse termo inclui não apenas a dependência química, mas também comportamentos compulsivos como jogo patológico, compulsão alimentar, compras impulsivas e uso problemático da internet.

Embora esses comportamentos sejam distintos, todos compartilham mecanismos psicológicos e neurobiológicos semelhantes, especialmente relacionados ao sistema de recompensa cerebral. O desafio está em identificar precocemente os sinais, compreender os fatores de risco e buscar tratamento psicológico especializado.

Neste artigo, você vai entender:

• O que são transtornos do exagero.
• Como ocorre a dependência química.
• O papel da psicoterapia no tratamento.
• Diferença entre internação e tratamento ambulatorial.
• Quando a redução de danos é indicada.

Continue a leitura e descubra como a psicologia pode transformar vidas afetadas por essas condições!

O que são transtornos do exagero?

Os transtornos do exagero envolvem padrões comportamentais caracterizados pela repetição compulsiva, mesmo diante de prejuízos significativos. São exemplos:

• Dependência química (álcool, drogas lícitas e ilícitas).
• Jogo patológico (ludomania).
• Compulsão alimentar.
• Compras impulsivas.
• Dependência da internet e redes sociais.

Esses comportamentos inicialmente proporcionam prazer ou alívio emocional, mas evoluem para um ciclo de compulsão e prejuízo.

Como o prazer se transforma em sofrimento no comportamento aditivo?

No início, o uso de substâncias psicoativas ou comportamentos compulsivos gera sensações positivas, como euforia e alívio. Esse reforço positivo motiva a repetição da experiência. Contudo, com o tempo, ocorrem alterações no sistema de recompensa cerebral, especialmente no Núcleo Accumbens e na Área Tegmentar Ventral, estruturas ligadas à liberação de dopamina.

Com o avanço do comportamento aditivo:

• A tolerância aumenta, exigindo doses maiores ou mais tempo na atividade para alcançar o mesmo prazer.
• Surge a abstinência, com sintomas físicos e emocionais desagradáveis.
• O comportamento passa de uma busca pelo prazer para uma tentativa de evitar o sofrimento.

Esse ciclo reforça o padrão compulsivo, tornando-o cada vez mais difícil de interromper sem ajuda especializada.

Dependência Química: Critérios diagnósticos segundo o DSM-5

O Transtorno por Uso de Substâncias (TUS) é definido pelo DSM-5 como um padrão mal adaptativo de consumo, provocando sofrimento ou prejuízo significativo.

Principais critérios diagnósticos (ao menos dois, em 12 meses):

• Consumo em quantidades maiores ou por mais tempo do que o planejado.
• Tentativas frustradas de reduzir ou controlar o uso.
• Fissura ou desejo intenso pela substância.
• Prejuízo em áreas importantes da vida (familiar, profissional, acadêmica).
• Persistência no uso, apesar das consequências negativas.
• Desenvolvimento de tolerância e sintomas de abstinência.

A gravidade é classificada em:

• Leve: 2-3 critérios.
• Moderada: 4-5 critérios.
• Grave: 6 ou mais critérios.

Além da dependência química, o transtorno do jogo é oficialmente reconhecido como um transtorno aditivo no DSM-5, com critérios diagnósticos semelhantes. Outros comportamentos compulsivos, como uso excessivo da internet, compulsão alimentar e compras compulsivas, ainda não possuem classificação formal como dependência, mas compartilham características clínicas e mecanismos subjacentes.

Causas da Dependência: A influência Biopsicossocial

A origem dos transtornos aditivos é multifatorial:

Fatores Biológicos

• Predisposição genética: genes como DRD2 e DRD4, relacionados à dopamina.
• Alterações neuroquímicas no sistema de recompensa cerebral.

Fatores Psicológicos

• Busca de alívio para emoções negativas, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
• Padrões disfuncionais de enfrentamento do estresse.

Fatores Sociais

• Influência de amigos ou familiares.
• Exposição a ambientes de risco.
• Eventos estressores, como crises econômicas, perdas afetivas ou pandemias.

Como é o tratamento dos transtornos do exagero?

O sucesso do tratamento depende, principalmente, da motivação para a mudança. O Modelo Transteórico de Prochaska e DiClemente descreve cinco estágios motivacionais:

1. Pré-contemplação – negação do problema.
2. Contemplação – percepção da necessidade de mudança, mas com ambivalência.
3. Preparação – decisão de buscar tratamento.
4. Ação – início efetivo da mudança.
5. Manutenção – prevenção de recaídas.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada o tratamento de escolha. Seus principais objetivos são:

• Identificar e modificar crenças disfuncionais relacionadas ao comportamento aditivo.
• Desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento.
• Prevenir e gerenciar recaídas.

Além da TCC, outras intervenções importantes, incluem:

• Entrevista Motivacional (EM) – facilita a resolução da ambivalência.
• Grupos de autoajuda – como Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA).
• Psicoeducação – orientação sobre os efeitos do comportamento e estratégias de manejo.

Quando é necessária a internação?

O tratamento pode variar conforme a gravidade:

Internação

Indicações:

• Risco de vida.
• Complicações médicas graves.
• Necessidade de desintoxicação monitorada.

Duração média: 3 semanas.

Tratamento ambulatorial

• Sessões semanais de psicoterapia.
• Participação em grupos de apoio.
• Atividades de reinserção social.

A escolha deve ser individualizada, considerando o risco e os recursos disponíveis.

Abstinência total ou redução de danos: qual é a melhor abordagem?

Embora a abstinência seja o objetivo ideal, nem sempre é realista no início do tratamento.

A redução de danos busca:

• Minimizar os riscos e prejuízos associados ao uso.
• Trabalhar progressivamente a motivação para a mudança.
• Evitar recaídas graves, acolhendo o paciente em sua trajetória.

Essa abordagem é especialmente indicada para pacientes com múltiplos fracassos em tentativas de abstinência ou em condições sociais vulneráveis.

A importância do apoio profissional especializado

A dependência química e os transtornos do exagero são condições complexas, influenciadas por múltiplos fatores biológicos, psicológicos e sociais.

O tratamento psicológico especializado é essencial para:

• Promover a autocompreensão.
• Desenvolver habilidades de enfrentamento.
• Reduzir os riscos de recaídas.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando dificuldades com o uso de substâncias ou comportamentos compulsivos, entre em contato com um psicólogo especializado. Agendar uma sessão pode ser o primeiro passo para a mudança e a recuperação.

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Perguntas Frequentes sobre Transtornos do Exagero e Dependência Química (TCC)

1. O que caracteriza um transtorno do exagero?

São comportamentos compulsivos e repetitivos que geram prejuízo significativo na vida da pessoa, como dependência química, jogo patológico ou compulsão alimentar.

2. Toda pessoa com comportamento compulsivo precisa de internação?

Não. A internação é indicada apenas em casos graves, quando há risco de vida ou necessidade de desintoxicação monitorada.

3. A Terapia Cognitivo-Comportamental é eficaz para Transtornos do Exagero?

Sim, a TCC é a abordagem terapêutica com maior evidência científica para o tratamento de dependência e comportamentos compulsivos.

4. O que é redução de danos na dependência química?

É uma estratégia terapêutica que busca minimizar os prejuízos associados ao comportamento aditivo, mesmo que a abstinência total não seja atingida de imediato.

5. Existe tratamento para dependência de internet e compras compulsivas?

Sim. Embora não sejam formalmente reconhecidos como transtornos de dependência no DSM-5, esses comportamentos podem ser tratados com intervenções psicológicas especializadas, como a TCC.

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