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Como Manejar o Risco de Suicídio: Estratégias Psicológicas eficazes e Plano de Segurança

Artigo Publicado: 04/03/2025

Manejo do risco de suicidio - TCC - NeuroFlux

O risco de suicídio é um dos maiores desafios enfrentados pela saúde mental, sendo considerado uma emergência que exige intervenção rápida e especializada. Psicólogos, psiquiatras e outros profissionais da saúde devem conhecer profundamente as estratégias de manejo, desde a identificação dos fatores de risco até a elaboração de um plano de segurança eficaz. Além disso, familiares e amigos desempenham papel fundamental na prevenção.

Neste artigo, você entenderá como o manejo do risco suicida pode ser feito com base em evidências científicas, utilizando abordagens psicológicas como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Comportamental Dialética (TCD), além de aprender sobre sinais de alerta, fatores de proteção e orientações práticas para ajudar quem está em sofrimento.

Comportamento Suicida e Automutilação: Entenda a diferença com a Metáfora da Estrada

Diferenciar o comportamento suicida da automutilação é essencial para uma intervenção eficaz. A automutilação sem intenção suicida — conhecida como CASIS (Comportamento Automutilante Sem Ideação Suicida) — representa uma tentativa de aliviar a dor emocional através de estímulos físicos, mas não necessariamente envolve o desejo de morrer.

A metáfora da estrada ajuda a ilustrar: o indivíduo parte do ponto A e busca chegar ao ponto B, onde encontra alívio temporário na dor física. Contudo, a repetição desse percurso pode inadvertidamente levá-lo ao ponto C, que representa o suicídio, mesmo sem intenção inicial. Por isso, no processo terapêutico, é crucial identificar e alterar esse trajeto, promovendo alternativas saudáveis de enfrentamento.

Estratégia prática: Técnicas de distração sensorial, como segurar gelo, podem oferecer alívio imediato sem causar danos físicos, reduzindo a probabilidade de evolução para comportamentos suicidas.

Validação Emocional: A importância do apoio adequado

Um dos maiores erros cometidos por familiares, amigos e até profissionais é a invalidação emocional. Comentários como “Você precisa ser mais forte” ou “Isso não é motivo para sofrer” tendem a reforçar sentimentos de isolamento e desesperança.

A validação emocional consiste em reconhecer e acolher o sofrimento, ainda que não se concorde com os comportamentos adotados. Por exemplo, ao atender uma paciente com Transtorno de Personalidade Borderline que danificou o carro do ex-namorado, o terapeuta pode validar a emoção de raiva, mas não o comportamento impulsivo e destrutivo.

Essa prática fortalece a aliança terapêutica e amplia a possibilidade de mudança, permitindo que o paciente encontre formas mais saudáveis de expressar suas emoções.

O Efeito Werther: Como a Mídia influencia o Comportamento Suicida

A forma como o suicídio é retratado pela mídia pode aumentar significativamente o risco de novos casos, um fenômeno conhecido como Efeito Werther. Estudos indicam que a exposição a notícias sobre suicídios de celebridades pode elevar o risco em até 14 vezes.

Além disso, o impacto depende do meio de divulgação: conteúdos televisivos são mais influentes do que reportagens escritas. Por isso, recomenda-se seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a cobertura de suicídios, evitando detalhes sobre métodos e sempre informando sobre formas de prevenção e canais de ajuda.

Desmistificando o Ciclo da Ameaça Suicida

O mito de que “quem quer se matar não avisa” pode ser extremamente perigoso. Muitas pessoas em risco manifestam sinais ou falam sobre suas intenções como um pedido de ajuda, e desconsiderar essas expressões pode ser fatal.

O ciclo de ameaça suicida se caracteriza pela tentativa da pessoa de suprir uma necessidade emocional, muitas vezes sem ter clareza sobre ela. O papel do terapeuta é ajudar o indivíduo a identificar essas necessidades e buscar alternativas mais seguras para comunicá-las.

Intervenção ideal: Oferecer acolhimento imediato, demonstrar disponibilidade e, posteriormente, reforçar a construção de vínculos e o aprendizado de estratégias de regulação emocional.

Terapias Baseadas em Evidências para Prevenção do Suicídio

A intervenção psicológica é fundamental no manejo do risco de suicídio. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) combinada com psicofármacos pode reduzir em até 80% a recorrência de tentativas de suicídio.

Outro modelo eficaz é a Terapia Comportamental Dialética (TCD), especialmente indicada para pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline. A TCD atua no fortalecimento da regulação emocional, redução de impulsividade e promoção de habilidades de enfrentamento.

Além disso, intervenções psicológicas podem induzir mudanças no funcionamento cerebral, potencializando os efeitos terapêuticos além do que é alcançado apenas com medicação.

Fatores de Risco e Fatores de Proteção no Risco Suicida

Fatores de risco para suicídio:

• Demográficos: homens, idosos, jovens entre 15 e 29 anos, isolamento social, desemprego, dificuldades financeiras.
• Clínicos: transtornos de humor, abuso de substâncias, Transtorno de Personalidade Borderline, histórico prévio de tentativas.
• Psicológicos: desesperança, impulsividade, perfeccionismo, baixa tolerância à frustração, sensação de ser um fardo.

Fatores protetivos contra o suicídio:

• Presença de rede de apoio (família, amigos, grupos comunitários).
• Sentido de vida, crenças religiosas ou morais.
• Relação terapêutica positiva e acesso a tratamento psicológico.

Plano de Segurança: Como prevenir o Suicídio em situações de crise

Um plano de segurança estruturado é uma das ferramentas mais eficazes na prevenção do suicídio. Esse plano ajuda a pessoa em risco a reconhecer sinais e ativar estratégias de enfrentamento.

Elementos do plano de segurança:

1. Identificação de sinais de alerta (isolamento, pensamentos suicidas).
2. Desconstrução de crenças de desesperança.
3. Ativação de memórias ou objetivos futuros.
4. Lista de razões para viver.
5. Técnicas de enfrentamento (relaxamento, exercícios, hobbies).
6. Busca de apoio social.
7. Contato com profissionais e serviços de emergência.

O Papel da Família e da Rede de Apoio na Prevenção do Suicídio

A família e os amigos são elementos centrais na prevenção do suicídio. Além de oferecer suporte emocional, podem atuar restringindo o acesso a meios letais.

O diálogo aberto, acolhedor e sem julgamentos é fundamental. Perguntas diretas como “Você já pensou em não acordar mais?” podem ser cruciais para identificar pensamentos suicidas e intervir precocemente.

Busque Apoio Profissional – Sua Vida Importa

O suicídio é um fenômeno multifatorial que requer sensibilidade, conhecimento técnico e apoio especializado. Se você ou alguém que conhece está passando por um momento difícil, não hesite: busque ajuda profissional. A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma das abordagens mais eficazes para a prevenção do suicídio e o desenvolvimento de estratégias saudáveis de enfrentamento.

Agende agora mesmo uma consulta com um psicólogo especializado e dê o primeiro passo em direção ao cuidado da sua saúde mental. Sua vida importa e você não está sozinho!

Perguntas Frequentes sobre Manejo do Risco de Suicídio (TCC)

1. Quais são os principais sinais de que uma pessoa pode estar em risco de suicídio?

Isolamento social, fala sobre morte, mudanças bruscas de comportamento, desesperança e autolesões são alguns dos sinais mais comuns.

2. O que é um plano de segurança para prevenção do suicídio?

É uma estratégia estruturada que ajuda a pessoa em risco a reconhecer sinais de alerta e a adotar comportamentos protetivos em momentos críticos.

3. A Terapia Cognitivo-Comportamental realmente ajuda a prevenir o suicídio?

Sim, diversos estudos demonstram que a TCC reduz significativamente as tentativas e o risco de suicídio, especialmente quando combinada com suporte psiquiátrico.

4. Como a família pode ajudar alguém com risco de suicídio?

Oferecendo escuta ativa, evitando julgamentos e incentivando a busca de tratamento profissional, além de restringir o acesso a meios letais.

5. O suicídio pode ser prevenido?

Sim, com ações de prevenção, identificação precoce de sinais de risco e acesso a tratamento psicológico e psiquiátrico adequado.

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