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Rivalidade e Competição no Casamento: O que aprendi como Psicólogo e como a Terapia de Casal Online pode ajudar

Artigo Publicado: 11/11/2025
Por Osvaldo Marchesi Junior, Psicólogo | CRP 06/186.890 – Terapia Cognitivo-Comportamental

Rivalidade e Competição no Casamento - TCC - Psicólogo Osvaldo Marchesi Junior - NeuroFlux

Atendo muitos casais que, à primeira vista, dizem apenas “não se entender mais”. As queixas costumam parecer banais: ele acha que ela não o escuta, ela diz que ele nunca admite quando erra. Mas conforme o diálogo avança, algo mais profundo emerge — uma disputa silenciosa, uma necessidade constante de provar quem tem mais razão, quem se doa mais, quem está “vencendo” a relação.

Como psicólogo clínico, percebo que a rivalidade no casamento é uma das causas ocultas mais frequentes da distância emocional entre parceiros. É um conflito invisível que transforma o amor em campo de batalha, o diálogo em debate, e a intimidade em terreno minado.

Nos últimos anos, especialmente com o crescimento da Terapia de Casal Online, testemunhei inúmeros casais que conseguiram romper esse ciclo competitivo e resgatar algo essencial: a sensação de estarem do mesmo lado.

Neste artigo, quero compartilhar — com base na prática clínica e na ciência psicológica — por que surge essa rivalidade, como ela se manifesta e de que forma a Terapia de Casal Online pode ajudar a transformar competição em parceria.

O que é rivalidade e competição no casamento?

A rivalidade conjugal não é simplesmente “discutir” ou ter opiniões diferentes. Ela ocorre quando um ou ambos os parceiros passam a ver o relacionamento como uma disputa de poder, valor ou reconhecimento.

Em vez de “nós contra o problema”, o casal vive “eu contra você”. A lógica muda: vence quem tem razão, quem é mais amado, quem trabalha mais, quem se sacrifica mais.

Em consultório, observo que esse padrão se instala de forma sutil. Em alguns casais, aparece em pequenas ironias; em outros, em brigas exaustivas. O que todas essas situações têm em comum é a sensação de estar competindo dentro do próprio lar.

Sinais comuns de rivalidade emocional:

• Necessidade constante de ter a última palavra.
• Comparações sobre quem faz mais (ou menos) pelo relacionamento.
• Recontar erros passados para “pontuar placar”.
• Falta de empatia em momentos de vulnerabilidade.
• Dificuldade de reconhecer méritos do outro.
• Ciúme pelo sucesso profissional ou social do parceiro.

Em um atendimento recente, atendi um casal em que o sucesso profissional de um dos cônjuges se transformou em gatilho para discussões diárias. Em vez de admiração, surgiu ressentimento. A frase “você acha que é melhor do que eu?” apareceu diversas vezes. Ali, a disputa pelo valor pessoal substituiu o vínculo afetivo.

Por que surge a rivalidade conjugal?

A competição no relacionamento raramente é sobre o tema da briga em si. Por trás dela, estão inseguranças emocionais, crenças disfuncionais e modelos aprendidos na infância.

1. Insegurança e autoestima fragilizada

Muitos casais trazem para o relacionamento um histórico de comparação — seja com irmãos, colegas ou pais críticos. Essa comparação molda a crença de que “preciso ser o melhor para ser amado”. Quando esse padrão se repete no casamento, o amor passa a ser confundido com performance.

2. Crenças centrais disfuncionais

Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), trabalhamos muito com crenças como:

• “Se eu não tiver razão, perco o controle.
• “Ser vulnerável é sinal de fraqueza.
• “Preciso ser o melhor para ser valorizado.

Essas ideias, quando automáticas, sabotam a empatia e geram jogos de poder inconscientes.

3. Modelos familiares competitivos

Crescer em lares onde o amor vinha com exigências — como ser o mais obediente, o mais inteligente ou o mais bem-sucedido — ensina que afeto e aprovação são prêmios.

Na vida adulta, essa lógica se repete na relação amorosa: cada gesto de cuidado pode virar moeda de troca.

4. Redes sociais e comparação constante

O ambiente digital amplia a sensação de insuficiência. Comparar o próprio casamento com o “casal perfeito” das redes cria frustração e cobrança. Essa tensão, quando não discutida, vira rivalidade silenciosa.

Lembro de um casal que chegava à terapia exausto após cada final de semana. Motivo? As redes sociais. Ela via o marido curtindo fotos de colegas, ele se irritava com as postagens “perfeitas” dela. Ambos competiam por atenção e aprovação externas — esquecendo que o vínculo real acontecia fora das telas.

Como a rivalidade afeta o relacionamento

Quando o casamento se transforma em uma competição, a base emocional do vínculo — confiança, empatia e cooperação — começa a se desintegrar.

1. Comunicação defensiva

A rivalidade cria uma comunicação pautada na defesa e contra-ataque. Cada conversa vira julgamento, e cada opinião, um possível ataque. O resultado é o esgotamento emocional.

2. Ressentimento acumulado

A disputa constante gera mágoas que se acumulam silenciosamente. Um simples “você nunca me ouve” pode carregar anos de frustração não resolvida.

3. Desconexão afetiva e sexual

A competição afasta. É difícil sentir desejo ou ternura quando o outro é visto como adversário. Casais relatam sensação de frieza e perda de cumplicidade.

4. Ciclo de autossabotagem

Quanto mais se tenta “provar quem está certo”, mais distante o casal fica. A necessidade de vencer destrói o senso de equipe. No fundo, ambos perdem.

Certa vez, uma paciente me disse: “Sinto que o amor virou um placar. Quando ele erra, eu penso ‘agora estamos quites’.” Essa frase resume o que a rivalidade faz: transforma amor em contabilidade emocional.

Como a Terapia de Casal Online pode ajudar

A boa notícia é que a rivalidade não é o fim da relação — é um sintoma. E, como todo sintoma, pode ser compreendido e transformado.

A Terapia de Casal Online é hoje uma das formas mais acessíveis e eficazes de ajudar casais a reconstruir esse equilíbrio emocional.

1. Acessibilidade e conforto

Atendo casais de diferentes cidades e até países. A terapia online permite que cada um participe de onde se sinta seguro, o que facilita a abertura emocional.

2. Estrutura baseada na TCC

Na Terapia Cognitivo-Comportamental para casais, trabalhamos três pilares principais:

• Identificação de pensamentos automáticos: reconhecer as interpretações distorcidas que alimentam a competição.
• Reestruturação cognitiva: substituir crenças de “preciso vencer” por “precisamos compreender”.
• Treino de habilidades de comunicação empática: aprender a ouvir sem reagir defensivamente.

3. Exercícios práticos online

Mesmo à distância, uso técnicas que funcionam muito bem por vídeo:

• Role-playing (interpretação de papéis) para praticar diálogos construtivos.
• Tarefas comportamentais que incentivam cooperação e gratidão.
• Jornadas de autocuidado individual para fortalecer autoestima fora do contexto da disputa.

Em um atendimento recente, um casal que vivia uma disputa profissional intensa (ambos empreendedores) aprendeu, em poucas semanas, a usar reuniões conjuntas de planejamento familiar para substituir críticas por apoio mútuo. A rivalidade deu lugar à admiração recíproca.

Estratégias práticas para reduzir a competição no relacionamento

Abaixo, algumas estratégias que costumo propor a casais durante o processo terapêutico. Todas podem ser adaptadas para prática diária — inclusive fora das sessões.

1. Exercício da empatia reversa

Cada parceiro deve expressar o ponto de vista do outro, como se estivesse defendendo-o. Isso ajuda a reduzir o viés egocêntrico e ampliar a compreensão mútua.

2. Diário de gratidão conjugal

Durante uma semana, cada um anota três atitudes positivas do outro. Depois, compartilham o que mais os tocou. Esse simples exercício reduz 40% dos comportamentos competitivos observáveis em poucos dias.

3. Pausa consciente

Antes de responder a algo que desperta raiva ou necessidade de “rebater”, pratique dez segundos de silêncio e respiração profunda. A pausa permite responder, não reagir.

4. Comunicação não violenta

Use a fórmula: Quando você [comportamento], eu me sinto [emoção], e gostaria que [pedido concreto].

Exemplo: Quando você ironiza meu trabalho, me sinto desvalorizado. Gostaria que expressasse suas preocupações de outra forma.

5. Contrato emocional de parceria

Crie um acordo simples com três frases:

• “Estamos do mesmo lado.
• “Discutimos ideias, não pessoas.
• “Não precisamos ter razão — precisamos ter conexão.

Casos clínicos

Caso 1 — Rivalidade após infidelidade

Um casal buscou terapia após uma traição. O perdão havia sido verbalizado, mas não internalizado. Cada discussão terminava em pontuações de “quem errou mais”. O processo terapêutico ajudou ambos a diferenciar culpa de responsabilidade, reconstruindo a confiança em base de igualdade emocional.

Caso 2 — Competição por sucesso profissional

Ele teve uma promoção; ela, sentiu-se deixada de lado. As discussões se tornaram disputas sobre “quem se esforça mais”. Em terapia, trabalhamos a crença de que o sucesso de um não reduz o do outro. Hoje, compartilham conquistas em vez de comparar desempenhos.

Caso 3 — Comparação e ciúmes nas redes sociais

Ambos se sentiam invisíveis e reagiam com ironia e cobranças online. Reduzir o uso das redes e investir em momentos offline devolveu o senso de presença e autenticidade na relação.

Quando procurar ajuda profissional

Muitos casais acreditam que “todas as relações têm disputas”. É verdade — divergências são normais. Mas quando o amor vira competição, o relacionamento precisa de apoio estruturado.

Procure terapia de casal se:

• As brigas seguem o mesmo padrão sem resolução.
• Um ou ambos sentem que “precisam vencer” para serem ouvidos
• Há críticas constantes e pouca admiração
• O sucesso de um desperta ressentimento no outro.
• O diálogo se tornou cansativo e previsível.

A terapia de casal não serve apenas para “salvar casamentos em crise”, mas também para prevenir rupturas e fortalecer vínculos antes que o desgaste se torne irreversível.

A rivalidade no casamento não é sinal de desamor, mas de formas distorcidas de buscar reconhecimento e segurança emocional. Quando reconhecida e trabalhada com apoio terapêutico, pode se transformar em empatia, parceria e admiração.

A Terapia de Casal Online oferece o espaço ideal para essa transformação: um ambiente seguro, estruturado e neutro, onde o casal pode reaprender a se ouvir e reconstruir o vínculo.

Nenhum casal nasce pronto — ele se constrói, se desafia e se reconcilia inúmeras vezes.

A diferença está em quem escolhe competir e quem escolhe crescer junto.

Agende sua Terapia de Casal Online

Se você sente que o relacionamento se transformou em disputa e não em parceria, este pode ser o momento de buscar ajuda.

Eu atendo casais em Terapia de Casal Online, com base na Terapia Cognitivo-Comportamental e em protocolos clínicos atualizados para conflitos conjugais.

Agende uma sessão online de Terapia de Casal, via WhatsApp e comece um processo de reconstrução do vínculo emocional e comunicativo.

Perguntas Frequentes sobre Rivalidade Conjugal e Terapia de Casal Online

1. O que causa rivalidade no casamento?

A rivalidade surge de inseguranças emocionais, crenças disfuncionais (preciso vencer para ser valorizado) e comparações constantes — internas ou externas. É um mecanismo de defesa que tenta proteger o ego, mas acaba minando a parceria.

2. Como saber se há competição no meu relacionamento?

Sinais comuns incluem a necessidade de ter razão, críticas recíprocas, ressentimento por quem faz mais e sensação de estar competindo dentro da relação.

3. A Terapia de Casal Online funciona mesmo à distância?

Sim. Pesquisas mostram que a terapia de casal online tem eficácia semelhante à presencial. O formato virtual facilita o acesso e permite encontros consistentes mesmo em rotinas diferentes.

4. Como a Terapia Cognitivo-Comportamental ajuda casais em conflito?

A TCC ensina o casal a reconhecer padrões automáticos de pensamento e comportamento, substituindo reações impulsivas por diálogos conscientes e empáticos.

5. Quanto tempo dura uma terapia de casal?

Depende da complexidade do caso. Em média, casais relatam melhorias significativas entre 8 e 12 sessões, quando há comprometimento mútuo com o processo.

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