As Figuras Complexas de Rey representam um dos testes neuropsicológicos mais utilizados para avaliar memória visual, funções executivas e habilidades visuo-espaciais. Desenvolvido por André Rey e posteriormente refinado por Osterrieth, esse teste é amplamente aplicado em contextos clínicos, escolares e de pesquisa. Psicólogos, neuropsicólogos e profissionais da saúde utilizam esse instrumento para compreender padrões cognitivos, identificar dificuldades específicas e planejar intervenções.
Se você deseja entender detalhadamente como aplicar, pontuar e interpretar o Teste de Rey, este guia completo é ideal. Ao final, apresentaremos dicas práticas, exemplos de figuras e estratégias para aplicar o teste em diferentes populações.
O que são as Figuras Complexas de Rey?
As Figuras Complexas de Rey (Rey-Osterrieth Complex Figure – ROCF) consistem em desenhos estruturados que o paciente deve copiar e reproduzir de memória. A complexidade do teste permite avaliar atenção, percepção visual, planejamento e memória visual.
Origem histórica do teste
O teste foi criado por André Rey na década de 1940, com o objetivo de investigar funções cognitivas em pacientes com lesões cerebrais. Posteriormente, Osterrieth aprimorou o instrumento, criando critérios de scoring padronizados que facilitam a comparação de resultados entre indivíduos e populações.
Diferença entre figuras complexas e simples
Enquanto figuras simples avaliam memória visual básica, as figuras complexas exigem organização perceptual, planejamento e memória sequencial, permitindo identificar nuances de processamento cognitivo e funcionamento executivo.
Aplicações clínicas e cognitivas
O teste é altamente relevante em contextos clínicos e de pesquisa, sendo utilizado para avaliar memória visual e espacial, atenção, função executiva e habilidades de organização.
Teste de Rey em crianças
Em crianças, o teste auxilia na identificação de dificuldades de atenção, aprendizagem e desenvolvimento visuo-espacial, permitindo intervenções precoces e acompanhamento neuropsicológico.
Teste de Rey em adultos
Em adultos, o instrumento é usado para detectar déficits decorrentes de lesões cerebrais, AVC, demências ou alterações cognitivas relacionadas a transtornos psiquiátricos.
Avaliação de pacientes com lesão cerebral ou demência
O Teste de Rey possibilita mapear padrões de déficit cognitivo, contribuindo para diagnósticos precisos e para o planejamento de reabilitação neuropsicológica.
Como aplicar as Figuras Complexas de Rey
A aplicação do teste segue protocolos padronizados, garantindo validade e confiabilidade dos resultados.
Preparação do paciente
1. Ambiente silencioso, sem distrações.
2. Materiais: papel branco A4, lápis HB e borracha.
3. Explicação clara das instruções, sem dicas adicionais.
Sequência do teste
1. Cópia imediata: o paciente copia a figura enquanto a observa.
2. Memória imediata: após alguns minutos, reproduz a figura de memória.
3. Memória retardada ou tardia: após 20–30 minutos, desenha a figura novamente sem referência visual.
Dicas para aplicação
• Evitar pressão ou sugestões durante a execução.
• Registrar erros, omissões e estratégias de organização.
• Observar o comportamento do paciente, como hesitação, planejamento ou impulsividade.
Interpretação e Scoring
O scoring padronizado avalia organização global, precisão e presença de elementos. Cada elemento da figura recebe pontuação de 0 a 2, permitindo quantificar desempenho e comparar com normas.
Exemplo de scoring detalhado
• Elementos principais: 2 pontos se corretamente reproduzidos, 1 ponto se parcial, 0 se ausente ou incorreto.
• Elementos secundários: avaliação similar, considerando posição e proporção.
Diferenças em interpretação por faixa etária
• Crianças podem apresentar simplificação de traços sem comprometimento cognitivo.
• Idosos podem apresentar omissões ou distorções relacionadas a declínio da memória visual.
Considerações éticas na aplicação
• Garantir confidencialidade e uso adequado dos resultados.
• Evitar conclusões isoladas; integrar com outros testes neuropsicológicos.
Exemplos visuais de Figuras Complexas de Rey
Embora não seja possível reproduzir as figuras originais sem violar direitos autorais, é possível analisar modelos de referência e padrões de desenho:
Exemplo 1: Adulto saudável
• Organização sequencial e proporcional.
• Todos os elementos principais presentes e corretamente posicionados.
Exemplo 2: Paciente com TDAH
• Fragmentação do desenho, erros de omissão e desorganização.
• Indicativo de dificuldade em planejamento e atenção sustentada.
Exemplo 3: Paciente com lesão cerebral
• Ausência ou distorção de segmentos da figura.
• Sinais de déficit visuo-construtivo ou memória visual prejudicada.
Relevância do Teste para Psicólogos e Neuropsicólogos
O Teste de Rey é uma ferramenta valiosa para diagnóstico, reabilitação e pesquisa. Permite:
• Avaliar funções executivas e memória visual.
• Detectar padrões cognitivos específicos de cada paciente.
• Integrar resultados com outros instrumentos para diagnóstico completo e plano terapêutico.
Recursos e Ferramentas
Para otimizar a aplicação e scoring do teste, considere:
• Softwares especializados para análise quantitativa.
• Manuais atualizados com critérios normativos e exemplos ilustrativos.
• Cursos e treinamentos de capacitação em avaliação neuropsicológica.
As Figuras Complexas de Rey são indispensáveis para profissionais que desejam compreender memória visual, funções executivas e padrões de organização cognitiva. Com aplicação cuidadosa e interpretação adequada, o teste oferece insights valiosos para intervenções clínicas e pesquisa.
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Perguntas Frequentes sobre o Teste Figuras Complexas de Rey
1. O que são as Figuras Complexas de Rey?
As Figuras Complexas de Rey são desenhos estruturados usados em testes neuropsicológicos para avaliar memória visual, atenção e funções executivas em crianças e adultos.
2. Para que serve o Teste de Rey?
O Teste de Rey avalia a capacidade de organização visual, memória imediata e retardada, sendo útil em diagnóstico clínico e pesquisa neuropsicológica.
3. Como aplicar o Teste de Rey?
O teste é aplicado em três etapas: cópia imediata da figura, memória imediata após alguns minutos e memória retardada após 20–30 minutos, usando papel e lápis.
4. Quem pode realizar o Teste de Rey?
O teste pode ser aplicado em crianças, adolescentes e adultos, mas é necessário treinamento específico em avaliação psicológica.
5. Como interpretar os resultados do Teste de Rey?
Os resultados são interpretados com base em scoring padronizado, considerando elementos presentes, posição e precisão, além de comparar com normas por idade e população.
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DR. OSVALDO MARCHESI JUNIOR
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