Introdução à História da Psicologia
Você já se perguntou como a psicologia nasceu e em que momento deixou de ser apenas filosofia para se tornar uma ciência? A história da psicologia é uma jornada fascinante que atravessa séculos, começando com reflexões filosóficas sobre a mente e chegando até os atuais avanços da neurociência, inteligência artificial e psicoterapia baseada em evidências.
Ao conhecer a evolução da psicologia, entendemos não apenas as teorias que moldaram essa ciência, mas também como essas ideias impactam diretamente nossas vidas hoje — seja nos consultórios, nas escolas, nas empresas ou até na forma como lidamos com nossas emoções no cotidiano.
Este artigo foi pensado para:
• Estudantes de psicologia que buscam um resumo completo da história da psicologia.
• Pessoas interessadas em compreender como o conhecimento psicológico evoluiu.
• Profissionais que desejam conectar passado, presente e futuro da psicologia.
Aqui, você encontrará uma linha do tempo detalhada, as principais escolas e teorias psicológicas, além da evolução da psicologia no Brasil e no mundo contemporâneo.
Continue lendo e descubra como a psicologia percorreu a longa jornada da filosofia até se consolidar como ciência fundamental para compreender a mente humana.
Linha do Tempo da Psicologia: Da Filosofia à Ciência
A psicologia não surgiu do nada. Antes de se tornar uma disciplina científica, ela nasceu de reflexões filosóficas e debates sobre a natureza da mente, da alma e do comportamento. A seguir, percorremos os principais marcos dessa trajetória.
As Raízes da Psicologia na Grécia Antiga
A Grécia Antiga é considerada o berço da psicologia. Foi lá que os filósofos começaram a questionar como pensamos, sentimos e nos comportamos.
• Sócrates (469–399 a.C.): introduziu a ideia de autoconhecimento (“Conhece-te a ti mesmo”), destacando a importância da reflexão crítica.
• Platão (427–347 a.C.): defendia que a alma tinha três partes (racional, apetitiva e emotiva), uma teoria precursora da ideia de divisão funcional da mente.
• Aristóteles (384–322 a.C.): em sua obra De Anima, abordou a psicologia como estudo da alma e destacou a relação entre corpo e mente.
A Psicologia na Idade Média e Renascimento
Durante a Idade Média, o pensamento psicológico foi profundamente influenciado pela religião.
• Santo Agostinho (354–430): abordou a introspecção e a ideia de que a verdade estava dentro da alma humana.
• São Tomás de Aquino (1225–1274): integrou fé e razão, reforçando a ideia de que a mente humana podia ser estudada racionalmente.
No Renascimento, houve uma revalorização do corpo e da natureza, trazendo novos questionamentos sobre percepção, emoções e consciência. A psicologia começava a se distanciar das explicações puramente espirituais.
Filosofia Moderna e a Pré-Ciência Psicológica
Descartes, Locke, Hume e Kant: os filósofos que abriram caminho para a psicologia científica.
Com a filosofia moderna, a psicologia ganhou contornos mais científicos:
• René Descartes (1596–1650): propôs o dualismo mente-corpo, afirmando que a mente (res cogitans) era distinta do corpo (res extensa). Seu famoso “Penso, logo existo” marcou a centralidade da consciência no estudo humano.
• John Locke (1632–1704): defendeu o empirismo, a ideia de que a mente nasce como uma “tábula rasa” moldada pela experiência.
• David Hume (1711–1776): trouxe reflexões sobre percepção e associação de ideias.
• Immanuel Kant (1724–1804): argumentou que, embora a psicologia não pudesse ser experimental como a física, era possível estudá-la de forma sistemática.
Nesse ponto da linha do tempo, a psicologia estava prestes a dar um salto: deixar de ser apenas filosofia e se tornar ciência. Esse salto aconteceria no século XIX, com a criação do primeiro laboratório experimental.
O Nascimento da Psicologia Científica (Século XIX)
O século XIX marca um divisor de águas: é aqui que a psicologia deixa de ser apenas filosofia e se torna uma ciência experimental, com métodos próprios de investigação. Esse processo foi impulsionado pelos avanços da biologia, fisiologia e medicina, que abriram espaço para estudar a mente de forma mais objetiva.
Wilhelm Wundt e o Primeiro Laboratório de Psicologia
Em 1879, Wilhelm Wundt (1832–1920) fundou em Leipzig, Alemanha, o primeiro laboratório de psicologia experimental do mundo. Esse evento é considerado o “nascimento oficial da psicologia como ciência”.
• Wundt buscava estudar a consciência por meio de métodos experimentais, utilizando a introspecção controlada.
• Seu objetivo era analisar os processos mentais básicos, como sensação, percepção e atenção.
• Foi responsável por formar dezenas de pesquisadores, que levaram suas ideias para outros países, disseminando a psicologia científica.
O Estruturalismo de Edward Titchener
Um dos discípulos de Wundt, Edward Titchener (1867–1927), levou suas ideias para os Estados Unidos e fundou a escola do estruturalismo.
• O estruturalismo tinha como foco analisar a estrutura da mente, dividindo a consciência em seus componentes básicos (sensações, imagens, sentimentos).
• Apesar de inovador, enfrentou críticas por depender demais da introspecção e não conseguir estudar processos mais complexos.
Ainda assim, o estruturalismo foi essencial para consolidar a psicologia como disciplina acadêmica nos EUA.
O Funcionalismo de William James
Enquanto Titchener analisava a estrutura da mente, William James (1842–1910) defendia que o mais importante era entender a função dos processos mentais.
• Inspirado pela teoria da evolução de Darwin, James argumentava que a mente servia para ajudar os indivíduos a se adaptarem ao ambiente.
• Sua obra clássica, Principles of Psychology (1890), é até hoje considerada uma das mais influentes da área.
• O funcionalismo abriu caminho para a psicologia aplicada em áreas como educação, trabalho e saúde.
Outras Influências no Século XIX
Além de Wundt, Titchener e James, outros nomes foram fundamentais:
• Hermann Ebbinghaus (1850–1909): pioneiro no estudo da memória e da curva do esquecimento.
• Francis Galton (1822–1911): aplicou métodos estatísticos ao estudo da mente e desenvolveu testes psicológicos iniciais.
• Jean-Martin Charcot (1825–1893): estudou a histeria e influenciou diretamente Freud e a psicanálise.
Esses pesquisadores abriram caminho para a psicologia se consolidar como ciência experimental e aplicada.
As Grandes Escolas da Psicologia
Depois do nascimento da psicologia como ciência no século XIX, o campo começou a se fragmentar em diferentes correntes teóricas, cada uma com sua visão sobre como compreender a mente e o comportamento humano. Essas escolas marcaram profundamente a história da psicologia e ainda influenciam práticas clínicas, pesquisas e aplicações até hoje.
Psicanálise — Freud, Jung e Adler
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud (1856–1939) no final do século XIX e início do XX.
• Freud propôs que grande parte do comportamento humano é influenciado por processos inconscientes.
• Desenvolveu conceitos como id, ego e superego, mecanismos de defesa, e a importância da infância na formação da personalidade.
• Sua técnica clínica, a associação livre, revolucionou a forma de tratar problemas psicológicos.
Outros psicanalistas ampliaram a teoria:
• Carl Jung (1875–1961): criou a psicologia analítica, com conceitos como arquétipos e inconsciente coletivo.
• Alfred Adler (1870–1937): fundou a psicologia individual, focando em sentimentos de inferioridade e busca por poder.
Behaviorismo — Watson, Skinner e Pavlov
Do cachorro de Pavlov ao laboratório de Skinner: como o behaviorismo mudou a psicologia.
Em reação às teorias subjetivas da psicanálise, surgiu o behaviorismo no início do século XX.
• John B. Watson (1878–1958): defendia que a psicologia deveria estudar apenas comportamentos observáveis, sem especular sobre a mente.
• B. F. Skinner (1904–1990): desenvolveu o conceito de condicionamento operante, mostrando como recompensas e punições moldam o comportamento.
• Ivan Pavlov (1849–1936): com seus experimentos de condicionamento clássico, demonstrou como estímulos neutros podem gerar respostas automáticas.
O behaviorismo dominou a psicologia por décadas, especialmente nos EUA, influenciando a educação, o treinamento e a psicologia clínica.
Psicologia da Gestalt
Na Alemanha, surgiu a Gestalt, liderada por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka.
• A Gestalt enfatizava que “o todo é maior do que a soma das partes”.
• Estudava a percepção, mostrando como o cérebro organiza estímulos de forma integrada.
• Suas contribuições ainda influenciam áreas como design, arte, pedagogia e terapia.
Psicologia Humanista — Rogers e Maslow
Na década de 1950, surgiu o humanismo, também chamado de “terceira força” da psicologia.
• Carl Rogers (1902–1987): desenvolveu a terapia centrada no cliente, valorizando empatia, aceitação e autenticidade.
• Abraham Maslow (1908–1970): criou a famosa pirâmide das necessidades, culminando na autorrealização.
O humanismo foi uma resposta tanto ao pessimismo da psicanálise quanto à rigidez do behaviorismo, trazendo uma visão mais positiva e centrada no potencial humano.
Revolução Cognitiva — Piaget, Beck e Ellis
A partir da década de 1960, a psicologia entrou em sua revolução cognitiva, que colocou novamente a mente no centro das investigações.
• Jean Piaget (1896–1980): desenvolveu a teoria do desenvolvimento cognitivo, mostrando como crianças constroem conhecimento em estágios.
• Aaron Beck (1921–2021): criou a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), baseada na ideia de que pensamentos influenciam emoções e comportamentos.
• Albert Ellis (1913–2007): fundou a Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC), focada em identificar crenças irracionais.
Hoje, as abordagens cognitivas são consideradas padrão-ouro na psicoterapia baseada em evidências.
Comparando as Grandes Escolas da Psicologia
As principais escolas da psicologia podem ser comparadas em termos de foco, autores centrais e legado:
• Psicanálise: Criada por Sigmund Freud e ampliada por Carl Jung e Alfred Adler, a psicanálise concentra-se nos processos inconscientes e na influência da infância sobre a personalidade. Seu legado está na criação de psicoterapias profundas que exploram emoções e memórias reprimidas.
• Behaviorismo: Fundado por John B. Watson, fortalecido pelos estudos de B. F. Skinner e Ivan Pavlov, o behaviorismo prioriza apenas os comportamentos observáveis. Seu grande legado é o desenvolvimento das teorias de condicionamento clássico e operante, aplicadas até hoje em educação, análise do comportamento e treinamentos.
• Gestalt: Liderada por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka, a psicologia da Gestalt defende que “o todo é maior do que a soma das partes”. Seu foco principal está nos processos de percepção e organização. O legado da Gestalt se mantém vivo em áreas como psicologia da percepção, gestalt-terapia e até no design e na pedagogia.
• Psicologia Humanista: Representada por Carl Rogers e Abraham Maslow, o humanismo trouxe uma visão mais positiva do ser humano, destacando o potencial de autorrealização. Rogers desenvolveu a terapia centrada no cliente, baseada em empatia e aceitação, enquanto Maslow criou a pirâmide das necessidades. Seu legado está no impacto profundo na psicoterapia e na valorização do crescimento pessoal.
• Cognitivismo: Com nomes como Jean Piaget, Aaron Beck e Albert Ellis, a revolução cognitiva colocou os pensamentos no centro da psicologia. O cognitivismo estuda como crenças e interpretações moldam emoções e comportamentos. Seu legado é enorme, pois deu origem à Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a outras abordagens baseadas em evidências, hoje consideradas padrão-ouro no tratamento psicológico.
Assim, cada escola da psicologia contribuiu de forma única para o desenvolvimento da ciência, oferecendo diferentes perspectivas sobre a mente e o comportamento humano.
A Psicologia no Século XX e XXI
O século XX foi marcado por uma explosão de teorias e práticas psicológicas. As escolas clássicas (psicanálise, behaviorismo, gestalt, humanismo e cognitivismo) abriram espaço para novas abordagens, enquanto o avanço da tecnologia e da ciência trouxe uma integração cada vez maior entre psicologia, biologia e sociedade. No século XXI, a psicologia continua se reinventando, acompanhando os desafios da era digital e da globalização.
Integração de Abordagens e Novas Perspectivas
Com o tempo, as divisões rígidas entre as escolas deram lugar a uma visão mais integrativa. Muitos psicólogos começaram a combinar técnicas de diferentes correntes para melhor atender às necessidades dos pacientes.
• A psicanálise influenciou teorias sobre a personalidade e o desenvolvimento humano.
• O behaviorismo inspirou métodos de modificação de comportamento, usados até hoje em clínicas e escolas.
• O cognitivismo se tornou a base da psicoterapia baseada em evidências, integrando descobertas da neurociência.
Essa integração gerou novas linhas de trabalho, como a Terapia Cognitivo-Comportamental Integrativa, a Terapia dos Esquemas e a Terapia Dialética Comportamental (DBT).
Psicologia Positiva e o Estudo do Bem-Estar
Na virada para o século XXI, surge a Psicologia Positiva, liderada por Martin Seligman.
• Seu objetivo não é apenas tratar doenças mentais, mas também promover bem-estar e resiliência.
• Trabalha conceitos como gratidão, forças de caráter, otimismo e propósito de vida.
• Tornou-se popular tanto em ambientes clínicos quanto em empresas e programas educacionais.
Neurociência e Psicologia: A União entre Cérebro e Mente
O avanço das neurociências trouxe uma nova perspectiva para a psicologia.
• Imagens cerebrais (como fMRI e PET) permitem observar o cérebro em funcionamento.
• Descobertas sobre neurotransmissores e circuitos neurais ajudam a explicar transtornos como depressão, ansiedade e esquizofrenia.
• Surgiu a neuropsicologia clínica, que estuda as relações entre lesões cerebrais e funções cognitivas.
Hoje, psicologia e neurociência caminham lado a lado, integrando a compreensão da mente com bases biológicas.
Psicologia Cultural e Social na Globalização
A psicologia contemporânea também passou a considerar a influência do contexto cultural e social no comportamento humano.
• Pesquisadores estudam como valores culturais moldam percepções, emoções e interações sociais.
• Isso deu origem à psicologia cultural, que busca compreender diferenças entre sociedades ocidentais e orientais, por exemplo.
• No Brasil, essa perspectiva é essencial para lidar com a diversidade e as desigualdades sociais.
Psicologia Digital e Terapias Online
O século XXI trouxe novos desafios: a vida digital e a hiperconectividade.
• A psicologia começou a estudar o impacto das redes sociais, do uso excessivo de tecnologia e da inteligência artificial.
• Cresceu o uso da psicoterapia online, regulamentada em muitos países, inclusive no Brasil.
• Aplicativos de saúde mental e chatbots terapêuticos se tornaram ferramentas complementares ao trabalho do psicólogo.
A História da Psicologia no Brasil
A trajetória da psicologia no Brasil é marcada por influências filosóficas, religiosas, médicas e educacionais. Seu desenvolvimento acompanha as transformações sociais e políticas do país, desde o período colonial até a consolidação da profissão no século XX. Hoje, a psicologia brasileira é reconhecida mundialmente pela diversidade de abordagens e pela relevância social.
As Raízes no Período Colonial e Imperial
Antes de existir como ciência, a psicologia no Brasil era praticada de forma indireta, influenciada por três pilares principais:
• A religião, que interpretava o sofrimento psíquico como fenômeno espiritual.
• A medicina, que associava distúrbios mentais a doenças do corpo.
• A filosofia, que discutia a mente e a moral humana.
No período imperial, disciplinas como psiquiatria e pedagogia já incorporavam reflexões psicológicas. O ensino superior brasileiro, ainda em construção, foi importante para trazer as primeiras ideias da psicologia europeia.
Psicologia e Educação no Século XIX
No final do século XIX, a psicologia começou a ser aplicada principalmente no campo da educação.
• Escolas normais e faculdades de filosofia incluíam noções de psicologia para formar professores.
• Testes de inteligência e de habilidades foram introduzidos como ferramentas pedagógicas.
• A influência de pensadores como Ribot, Wundt e William James chegou ao Brasil por meio de traduções e cursos.
Essa relação inicial com a educação marcou profundamente a identidade da psicologia brasileira.
O Surgimento dos Primeiros Laboratórios Psicológicos
Inspirados pelos experimentos de Wundt e outros europeus, surgiram os primeiros laboratórios de psicologia experimental no Brasil.
• Em 1914, o educador Manoel Bomfim criou o Laboratório de Psicologia Experimental no Rio de Janeiro, voltado ao estudo da aprendizagem.
• Outros centros foram fundados em universidades e escolas normais nas décadas seguintes.
Esses espaços consolidaram a psicologia como prática científica e acadêmica, preparando o terreno para sua institucionalização.
A Consolidação Acadêmica no Século XX
A psicologia ganhou força no Brasil a partir da primeira metade do século XX:
• Década de 1930: criação das primeiras cadeiras de psicologia em universidades.
• Década de 1950: surgimento dos primeiros cursos específicos de formação em psicologia.
• 1962: a psicologia foi oficialmente regulamentada como profissão no Brasil, com a Lei nº 4.119.
Esse foi um marco histórico: o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente, com atribuições claras na área clínica, escolar, organizacional e social.
As Diferentes Abordagens no Brasil
O Brasil se destacou por adotar múltiplas correntes psicológicas, muitas vezes em diálogo:
• Psicanálise: teve grande impacto inicial, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, influenciando clínicas e universidades.
• Behaviorismo: difundido por meio da educação e análise do comportamento.
• Fenomenologia e Existencialismo: ganharam força em programas de pós-graduação.
• Cognitivismo e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): cresceram a partir da década de 1980, consolidando-se como abordagens baseadas em evidências.
Essa diversidade tornou a psicologia brasileira uma das mais ricas do mundo.
Psicologia e o Contexto Social Brasileiro
Outro aspecto marcante é o compromisso da psicologia brasileira com as questões sociais:
• Atuação em comunidades e projetos sociais.
• Envolvimento com a saúde pública, especialmente a partir da criação do SUS (Sistema Único de Saúde).
• Defesa dos direitos humanos e das minorias, incluindo população indígena, quilombola e LGBTQIA+.
Essa perspectiva crítica e engajada se consolidou principalmente após a redemocratização do país, nos anos 1980.
Psicologia Brasileira no Século XXI
Hoje, a psicologia no Brasil enfrenta novos desafios e oportunidades:
• Expansão da psicologia online e uso de tecnologias digitais.
• Valorização das práticas baseadas em evidências.
• Contribuições da neurociência e da psicologia positiva.
• Presença crescente em escolas, empresas, hospitais e políticas públicas.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) desempenha papel fundamental na regulamentação ética e técnica da profissão, garantindo a qualidade do atendimento psicológico.
Psicologia e Atualidade: Desafios e Tendências Futuras
A psicologia, que nasceu como um esforço para compreender a mente humana, hoje se depara com desafios inéditos. O mundo digital, a velocidade da informação, as mudanças sociais e os avanços da ciência exigem que a psicologia se reinvente constantemente. Ao mesmo tempo, novas tendências apontam para um futuro em que a psicologia será ainda mais necessária e valorizada.
O Impacto da Tecnologia e da Vida Digital
Vivemos em uma era hiperconectada, e isso influencia profundamente a saúde mental:
• Excesso de telas e redes sociais gera impactos em autoestima, sono e relacionamentos.
• A inteligência artificial começa a oferecer ferramentas terapêuticas, mas também levanta questões éticas.
• A psicoterapia online, cada vez mais popular, democratiza o acesso à saúde mental, mas exige preparo técnico e regulamentação.
A psicologia precisa equilibrar os benefícios da tecnologia com os riscos da digitalização da vida.
Aumento das Doenças Mentais e Demandas Sociais
A Organização Mundial da Saúde já reconhece a saúde mental como prioridade global. O aumento dos casos de ansiedade, depressão e burnout coloca os psicólogos em posição central na promoção do bem-estar.
No Brasil, essa realidade é ainda mais desafiadora devido a fatores como:
• Desigualdade social.
• Acesso limitado a serviços públicos de saúde.
• Estigmas culturais em relação à psicoterapia.
A psicologia brasileira tem buscado caminhos inovadores, como projetos comunitários, atendimento online e parcerias com escolas e empresas.
Psicologia Baseada em Evidências
Uma das tendências mais fortes é a valorização de abordagens científicas comprovadas.
• A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada padrão-ouro para diversos transtornos.
• Novas abordagens, como Mindfulness-Based Therapy e Acceptance and Commitment Therapy (ACT), têm mostrado resultados positivos.
• Pesquisas em neurociência e psicologia positiva ampliam a compreensão sobre motivação, resiliência e bem-estar.
Essa ênfase em evidências fortalece a credibilidade da psicologia no cenário mundial.
Diversidade, Inclusão e Justiça Social
Outro desafio atual é a necessidade de tornar a psicologia mais inclusiva:
• Responder às demandas de populações historicamente marginalizadas (indígenas, quilombolas, população negra e LGBTQIA+).
• Adaptar práticas terapêuticas a diferentes contextos culturais.
• Atuar de forma crítica em relação às desigualdades sociais.
Esse movimento mostra que a psicologia do futuro não pode ser neutra: ela precisa ser ética, sensível e comprometida com a transformação social.
Psicologia Global e Interdisciplinaridade
No século XXI, a psicologia não caminha sozinha. Ela dialoga com áreas como:
• Medicina e psiquiatria, no tratamento interdisciplinar da saúde mental.
• Educação, no desenvolvimento socioemocional.
• Neurociência, na compreensão dos processos cerebrais.
• Tecnologia, no desenvolvimento de ferramentas digitais para prevenção e intervenção psicológica.
Essa interdisciplinaridade é uma das chaves para os próximos avanços da psicologia.
O Futuro da Psicologia
A psicologia caminha para ser cada vez mais:
• Personalizada, adaptada ao perfil de cada indivíduo.
• Digitalizada, mas sem perder o contato humano essencial.
• Baseada em dados científicos, com forte integração às neurociências.
• Socialmente engajada, atuando além do consultório, em escolas, comunidades e políticas públicas.
O futuro da psicologia não será apenas compreender a mente humana, mas ajudar a humanidade a viver de forma mais saudável, equilibrada e consciente em meio às transformações globais.
A Psicologia como Ponte entre Passado, Presente e Futuro
A história da psicologia é uma narrativa fascinante sobre a busca humana por compreender a mente, as emoções e os comportamentos. Desde as reflexões filosóficas na Grécia Antiga até os laboratórios experimentais do século XIX; das grandes escolas clássicas às práticas baseadas em evidências do século XXI, a psicologia evoluiu sem perder sua essência: ajudar as pessoas a viverem melhor.
No Brasil, essa trajetória ganhou contornos próprios, marcados pela diversidade cultural, pelo compromisso social e pelo diálogo entre diferentes abordagens. Hoje, a psicologia é reconhecida não apenas como ciência, mas como uma prática essencial para o bem-estar individual e coletivo.
O futuro da psicologia aponta para um cenário ainda mais promissor: interdisciplinaridade, inovação digital, personalização das terapias e engajamento social. Em meio às incertezas do mundo moderno, o papel do psicólogo será cada vez mais central para promover equilíbrio, saúde mental e qualidade de vida.
Se você chegou até aqui, já percebeu que a psicologia não é apenas uma disciplina acadêmica — é uma ferramenta poderosa para transformar vidas.
Seja para lidar com ansiedade, depressão, relacionamentos ou simplesmente para se conhecer melhor, a terapia pode ser o caminho para uma vida mais leve e significativa.
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Perguntas Frequentes sobre a História da Psicologia
1. O que é a história da psicologia?
A história da psicologia é o estudo da evolução do conhecimento sobre a mente, comportamento e processos mentais, desde as reflexões filosóficas da Grécia Antiga até as abordagens modernas como a psicoterapia baseada em evidências e a neuropsicologia.
2. Quem é considerado o fundador da psicologia moderna?
Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna por ter criado, em 1879, o primeiro laboratório experimental de psicologia em Leipzig, Alemanha, transformando a psicologia em uma ciência independente da filosofia.
3. Quais foram as principais escolas da psicologia?
As principais escolas da psicologia incluem: Psicanálise (Freud, Jung, Adler), Behaviorismo (Watson, Skinner, Pavlov), Gestalt (Wertheimer, Köhler, Koffka), Psicologia Humanista (Rogers, Maslow) e Cognitivismo (Piaget, Beck, Ellis). Cada escola contribuiu com teorias e métodos únicos para compreender a mente e o comportamento humano.
4. Quando a psicologia se tornou uma profissão regulamentada no Brasil?
A psicologia foi regulamentada no Brasil em 1962, com a Lei nº 4.119, que definiu a profissão do psicólogo e estabeleceu suas atribuições em áreas clínicas, educacionais, organizacionais e sociais.
5. Quais são as tendências futuras da psicologia?
As tendências futuras da psicologia incluem: integração com neurociência, uso de terapias digitais, práticas baseadas em evidências, personalização de atendimentos, atenção à diversidade e inclusão, e atuação em políticas públicas e programas sociais.
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