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História da Psicologia: Origens, Evolução e Impacto na Vida Moderna

Artigo Publicado: 17/09/2025
Por Osvaldo Marchesi Junior, Psicólogo | CRP 06/186.890 – Terapia Cognitivo-Comportamental

História da Psicologia - Origens, Evolução e Impacto na Vida Moderna - NeuroFlux Psicologia Direcionada

Introdução à História da Psicologia

Você já se perguntou como a psicologia nasceu e em que momento deixou de ser apenas filosofia para se tornar uma ciência? A história da psicologia é uma jornada fascinante que atravessa séculos, começando com reflexões filosóficas sobre a mente e chegando até os atuais avanços da neurociência, inteligência artificial e psicoterapia baseada em evidências.

Ao conhecer a evolução da psicologia, entendemos não apenas as teorias que moldaram essa ciência, mas também como essas ideias impactam diretamente nossas vidas hoje — seja nos consultórios, nas escolas, nas empresas ou até na forma como lidamos com nossas emoções no cotidiano.

Este artigo foi pensado para:

• Estudantes de psicologia que buscam um resumo completo da história da psicologia.
• Pessoas interessadas em compreender como o conhecimento psicológico evoluiu.
• Profissionais que desejam conectar passado, presente e futuro da psicologia.

Aqui, você encontrará uma linha do tempo detalhada, as principais escolas e teorias psicológicas, além da evolução da psicologia no Brasil e no mundo contemporâneo.

Continue lendo e descubra como a psicologia percorreu a longa jornada da filosofia até se consolidar como ciência fundamental para compreender a mente humana.

Linha do Tempo da Psicologia: Da Filosofia à Ciência

A psicologia não surgiu do nada. Antes de se tornar uma disciplina científica, ela nasceu de reflexões filosóficas e debates sobre a natureza da mente, da alma e do comportamento. A seguir, percorremos os principais marcos dessa trajetória.

As Raízes da Psicologia na Grécia Antiga

A Grécia Antiga é considerada o berço da psicologia. Foi lá que os filósofos começaram a questionar como pensamos, sentimos e nos comportamos.

• Sócrates (469–399 a.C.): introduziu a ideia de autoconhecimento (“Conhece-te a ti mesmo”), destacando a importância da reflexão crítica.

• Platão (427–347 a.C.): defendia que a alma tinha três partes (racional, apetitiva e emotiva), uma teoria precursora da ideia de divisão funcional da mente.

• Aristóteles (384–322 a.C.): em sua obra De Anima, abordou a psicologia como estudo da alma e destacou a relação entre corpo e mente.

A Psicologia na Idade Média e Renascimento

Durante a Idade Média, o pensamento psicológico foi profundamente influenciado pela religião.

• Santo Agostinho (354–430): abordou a introspecção e a ideia de que a verdade estava dentro da alma humana.

• São Tomás de Aquino (1225–1274): integrou fé e razão, reforçando a ideia de que a mente humana podia ser estudada racionalmente.

No Renascimento, houve uma revalorização do corpo e da natureza, trazendo novos questionamentos sobre percepção, emoções e consciência. A psicologia começava a se distanciar das explicações puramente espirituais.

Filosofia Moderna e a Pré-Ciência Psicológica

Descartes, Locke, Hume e Kant: os filósofos que abriram caminho para a psicologia científica.

Com a filosofia moderna, a psicologia ganhou contornos mais científicos:

• René Descartes (1596–1650): propôs o dualismo mente-corpo, afirmando que a mente (res cogitans) era distinta do corpo (res extensa). Seu famoso “Penso, logo existo” marcou a centralidade da consciência no estudo humano.

• John Locke (1632–1704): defendeu o empirismo, a ideia de que a mente nasce como uma “tábula rasa” moldada pela experiência.

• David Hume (1711–1776): trouxe reflexões sobre percepção e associação de ideias.

• Immanuel Kant (1724–1804): argumentou que, embora a psicologia não pudesse ser experimental como a física, era possível estudá-la de forma sistemática.

Nesse ponto da linha do tempo, a psicologia estava prestes a dar um salto: deixar de ser apenas filosofia e se tornar ciência. Esse salto aconteceria no século XIX, com a criação do primeiro laboratório experimental.

O Nascimento da Psicologia Científica (Século XIX)

O século XIX marca um divisor de águas: é aqui que a psicologia deixa de ser apenas filosofia e se torna uma ciência experimental, com métodos próprios de investigação. Esse processo foi impulsionado pelos avanços da biologia, fisiologia e medicina, que abriram espaço para estudar a mente de forma mais objetiva.

Wilhelm Wundt e o Primeiro Laboratório de Psicologia

Em 1879, Wilhelm Wundt (1832–1920) fundou em Leipzig, Alemanha, o primeiro laboratório de psicologia experimental do mundo. Esse evento é considerado o “nascimento oficial da psicologia como ciência”.

• Wundt buscava estudar a consciência por meio de métodos experimentais, utilizando a introspecção controlada.

• Seu objetivo era analisar os processos mentais básicos, como sensação, percepção e atenção.

• Foi responsável por formar dezenas de pesquisadores, que levaram suas ideias para outros países, disseminando a psicologia científica.

O Estruturalismo de Edward Titchener

Um dos discípulos de Wundt, Edward Titchener (1867–1927), levou suas ideias para os Estados Unidos e fundou a escola do estruturalismo.

• O estruturalismo tinha como foco analisar a estrutura da mente, dividindo a consciência em seus componentes básicos (sensações, imagens, sentimentos).

• Apesar de inovador, enfrentou críticas por depender demais da introspecção e não conseguir estudar processos mais complexos.

Ainda assim, o estruturalismo foi essencial para consolidar a psicologia como disciplina acadêmica nos EUA.

O Funcionalismo de William James

Enquanto Titchener analisava a estrutura da mente, William James (1842–1910) defendia que o mais importante era entender a função dos processos mentais.

• Inspirado pela teoria da evolução de Darwin, James argumentava que a mente servia para ajudar os indivíduos a se adaptarem ao ambiente.

• Sua obra clássica, Principles of Psychology (1890), é até hoje considerada uma das mais influentes da área.

• O funcionalismo abriu caminho para a psicologia aplicada em áreas como educação, trabalho e saúde.

Outras Influências no Século XIX

Além de Wundt, Titchener e James, outros nomes foram fundamentais:

• Hermann Ebbinghaus (1850–1909): pioneiro no estudo da memória e da curva do esquecimento.

• Francis Galton (1822–1911): aplicou métodos estatísticos ao estudo da mente e desenvolveu testes psicológicos iniciais.

• Jean-Martin Charcot (1825–1893): estudou a histeria e influenciou diretamente Freud e a psicanálise.

Esses pesquisadores abriram caminho para a psicologia se consolidar como ciência experimental e aplicada.

As Grandes Escolas da Psicologia

Depois do nascimento da psicologia como ciência no século XIX, o campo começou a se fragmentar em diferentes correntes teóricas, cada uma com sua visão sobre como compreender a mente e o comportamento humano. Essas escolas marcaram profundamente a história da psicologia e ainda influenciam práticas clínicas, pesquisas e aplicações até hoje.

Psicanálise — Freud, Jung e Adler

A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud (1856–1939) no final do século XIX e início do XX.

• Freud propôs que grande parte do comportamento humano é influenciado por processos inconscientes.

• Desenvolveu conceitos como id, ego e superego, mecanismos de defesa, e a importância da infância na formação da personalidade.

• Sua técnica clínica, a associação livre, revolucionou a forma de tratar problemas psicológicos.

Outros psicanalistas ampliaram a teoria:

• Carl Jung (1875–1961): criou a psicologia analítica, com conceitos como arquétipos e inconsciente coletivo.

• Alfred Adler (1870–1937): fundou a psicologia individual, focando em sentimentos de inferioridade e busca por poder.

Behaviorismo — Watson, Skinner e Pavlov

Do cachorro de Pavlov ao laboratório de Skinner: como o behaviorismo mudou a psicologia.

Em reação às teorias subjetivas da psicanálise, surgiu o behaviorismo no início do século XX.

• John B. Watson (1878–1958): defendia que a psicologia deveria estudar apenas comportamentos observáveis, sem especular sobre a mente.

• B. F. Skinner (1904–1990): desenvolveu o conceito de condicionamento operante, mostrando como recompensas e punições moldam o comportamento.

• Ivan Pavlov (1849–1936): com seus experimentos de condicionamento clássico, demonstrou como estímulos neutros podem gerar respostas automáticas.

O behaviorismo dominou a psicologia por décadas, especialmente nos EUA, influenciando a educação, o treinamento e a psicologia clínica.

Psicologia da Gestalt

Na Alemanha, surgiu a Gestalt, liderada por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka.

• A Gestalt enfatizava que “o todo é maior do que a soma das partes”.

• Estudava a percepção, mostrando como o cérebro organiza estímulos de forma integrada.

• Suas contribuições ainda influenciam áreas como design, arte, pedagogia e terapia.

Psicologia Humanista — Rogers e Maslow

Na década de 1950, surgiu o humanismo, também chamado de “terceira força” da psicologia.

• Carl Rogers (1902–1987): desenvolveu a terapia centrada no cliente, valorizando empatia, aceitação e autenticidade.

• Abraham Maslow (1908–1970): criou a famosa pirâmide das necessidades, culminando na autorrealização.

O humanismo foi uma resposta tanto ao pessimismo da psicanálise quanto à rigidez do behaviorismo, trazendo uma visão mais positiva e centrada no potencial humano.

Revolução Cognitiva — Piaget, Beck e Ellis

A partir da década de 1960, a psicologia entrou em sua revolução cognitiva, que colocou novamente a mente no centro das investigações.

• Jean Piaget (1896–1980): desenvolveu a teoria do desenvolvimento cognitivo, mostrando como crianças constroem conhecimento em estágios.

• Aaron Beck (1921–2021): criou a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), baseada na ideia de que pensamentos influenciam emoções e comportamentos.

• Albert Ellis (1913–2007): fundou a Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC), focada em identificar crenças irracionais.

Hoje, as abordagens cognitivas são consideradas padrão-ouro na psicoterapia baseada em evidências.

Comparando as Grandes Escolas da Psicologia

As principais escolas da psicologia podem ser comparadas em termos de foco, autores centrais e legado:

• Psicanálise: Criada por Sigmund Freud e ampliada por Carl Jung e Alfred Adler, a psicanálise concentra-se nos processos inconscientes e na influência da infância sobre a personalidade. Seu legado está na criação de psicoterapias profundas que exploram emoções e memórias reprimidas.

• Behaviorismo: Fundado por John B. Watson, fortalecido pelos estudos de B. F. Skinner e Ivan Pavlov, o behaviorismo prioriza apenas os comportamentos observáveis. Seu grande legado é o desenvolvimento das teorias de condicionamento clássico e operante, aplicadas até hoje em educação, análise do comportamento e treinamentos.

• Gestalt: Liderada por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka, a psicologia da Gestalt defende que “o todo é maior do que a soma das partes”. Seu foco principal está nos processos de percepção e organização. O legado da Gestalt se mantém vivo em áreas como psicologia da percepção, gestalt-terapia e até no design e na pedagogia.

• Psicologia Humanista: Representada por Carl Rogers e Abraham Maslow, o humanismo trouxe uma visão mais positiva do ser humano, destacando o potencial de autorrealização. Rogers desenvolveu a terapia centrada no cliente, baseada em empatia e aceitação, enquanto Maslow criou a pirâmide das necessidades. Seu legado está no impacto profundo na psicoterapia e na valorização do crescimento pessoal.

• Cognitivismo: Com nomes como Jean Piaget, Aaron Beck e Albert Ellis, a revolução cognitiva colocou os pensamentos no centro da psicologia. O cognitivismo estuda como crenças e interpretações moldam emoções e comportamentos. Seu legado é enorme, pois deu origem à Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a outras abordagens baseadas em evidências, hoje consideradas padrão-ouro no tratamento psicológico.

Assim, cada escola da psicologia contribuiu de forma única para o desenvolvimento da ciência, oferecendo diferentes perspectivas sobre a mente e o comportamento humano.

A Psicologia no Século XX e XXI

O século XX foi marcado por uma explosão de teorias e práticas psicológicas. As escolas clássicas (psicanálise, behaviorismo, gestalt, humanismo e cognitivismo) abriram espaço para novas abordagens, enquanto o avanço da tecnologia e da ciência trouxe uma integração cada vez maior entre psicologia, biologia e sociedade. No século XXI, a psicologia continua se reinventando, acompanhando os desafios da era digital e da globalização.

Integração de Abordagens e Novas Perspectivas

Com o tempo, as divisões rígidas entre as escolas deram lugar a uma visão mais integrativa. Muitos psicólogos começaram a combinar técnicas de diferentes correntes para melhor atender às necessidades dos pacientes.

• A psicanálise influenciou teorias sobre a personalidade e o desenvolvimento humano.

• O behaviorismo inspirou métodos de modificação de comportamento, usados até hoje em clínicas e escolas.

• O cognitivismo se tornou a base da psicoterapia baseada em evidências, integrando descobertas da neurociência.

Essa integração gerou novas linhas de trabalho, como a Terapia Cognitivo-Comportamental Integrativa, a Terapia dos Esquemas e a Terapia Dialética Comportamental (DBT).

Psicologia Positiva e o Estudo do Bem-Estar

Na virada para o século XXI, surge a Psicologia Positiva, liderada por Martin Seligman.

• Seu objetivo não é apenas tratar doenças mentais, mas também promover bem-estar e resiliência.

• Trabalha conceitos como gratidão, forças de caráter, otimismo e propósito de vida.

• Tornou-se popular tanto em ambientes clínicos quanto em empresas e programas educacionais.

Neurociência e Psicologia: A União entre Cérebro e Mente

O avanço das neurociências trouxe uma nova perspectiva para a psicologia.

• Imagens cerebrais (como fMRI e PET) permitem observar o cérebro em funcionamento.

• Descobertas sobre neurotransmissores e circuitos neurais ajudam a explicar transtornos como depressão, ansiedade e esquizofrenia.

• Surgiu a neuropsicologia clínica, que estuda as relações entre lesões cerebrais e funções cognitivas.

Hoje, psicologia e neurociência caminham lado a lado, integrando a compreensão da mente com bases biológicas.

Psicologia Cultural e Social na Globalização

A psicologia contemporânea também passou a considerar a influência do contexto cultural e social no comportamento humano.

• Pesquisadores estudam como valores culturais moldam percepções, emoções e interações sociais.

• Isso deu origem à psicologia cultural, que busca compreender diferenças entre sociedades ocidentais e orientais, por exemplo.

• No Brasil, essa perspectiva é essencial para lidar com a diversidade e as desigualdades sociais.

Psicologia Digital e Terapias Online

O século XXI trouxe novos desafios: a vida digital e a hiperconectividade.

• A psicologia começou a estudar o impacto das redes sociais, do uso excessivo de tecnologia e da inteligência artificial.

• Cresceu o uso da psicoterapia online, regulamentada em muitos países, inclusive no Brasil.

• Aplicativos de saúde mental e chatbots terapêuticos se tornaram ferramentas complementares ao trabalho do psicólogo.

A História da Psicologia no Brasil

A trajetória da psicologia no Brasil é marcada por influências filosóficas, religiosas, médicas e educacionais. Seu desenvolvimento acompanha as transformações sociais e políticas do país, desde o período colonial até a consolidação da profissão no século XX. Hoje, a psicologia brasileira é reconhecida mundialmente pela diversidade de abordagens e pela relevância social.

As Raízes no Período Colonial e Imperial

Antes de existir como ciência, a psicologia no Brasil era praticada de forma indireta, influenciada por três pilares principais:

• A religião, que interpretava o sofrimento psíquico como fenômeno espiritual.
• A medicina, que associava distúrbios mentais a doenças do corpo.
• A filosofia, que discutia a mente e a moral humana.

No período imperial, disciplinas como psiquiatria e pedagogia já incorporavam reflexões psicológicas. O ensino superior brasileiro, ainda em construção, foi importante para trazer as primeiras ideias da psicologia europeia.

Psicologia e Educação no Século XIX

No final do século XIX, a psicologia começou a ser aplicada principalmente no campo da educação.

• Escolas normais e faculdades de filosofia incluíam noções de psicologia para formar professores.

• Testes de inteligência e de habilidades foram introduzidos como ferramentas pedagógicas.

• A influência de pensadores como Ribot, Wundt e William James chegou ao Brasil por meio de traduções e cursos.

Essa relação inicial com a educação marcou profundamente a identidade da psicologia brasileira.

O Surgimento dos Primeiros Laboratórios Psicológicos

Inspirados pelos experimentos de Wundt e outros europeus, surgiram os primeiros laboratórios de psicologia experimental no Brasil.

• Em 1914, o educador Manoel Bomfim criou o Laboratório de Psicologia Experimental no Rio de Janeiro, voltado ao estudo da aprendizagem.

• Outros centros foram fundados em universidades e escolas normais nas décadas seguintes.

Esses espaços consolidaram a psicologia como prática científica e acadêmica, preparando o terreno para sua institucionalização.

A Consolidação Acadêmica no Século XX

A psicologia ganhou força no Brasil a partir da primeira metade do século XX:

• Década de 1930: criação das primeiras cadeiras de psicologia em universidades.

• Década de 1950: surgimento dos primeiros cursos específicos de formação em psicologia.

• 1962: a psicologia foi oficialmente regulamentada como profissão no Brasil, com a Lei nº 4.119.

Esse foi um marco histórico: o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente, com atribuições claras na área clínica, escolar, organizacional e social.

As Diferentes Abordagens no Brasil

O Brasil se destacou por adotar múltiplas correntes psicológicas, muitas vezes em diálogo:

• Psicanálise: teve grande impacto inicial, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, influenciando clínicas e universidades.

• Behaviorismo: difundido por meio da educação e análise do comportamento.

• Fenomenologia e Existencialismo: ganharam força em programas de pós-graduação.

• Cognitivismo e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): cresceram a partir da década de 1980, consolidando-se como abordagens baseadas em evidências.

Essa diversidade tornou a psicologia brasileira uma das mais ricas do mundo.

Psicologia e o Contexto Social Brasileiro

Outro aspecto marcante é o compromisso da psicologia brasileira com as questões sociais:

• Atuação em comunidades e projetos sociais.

• Envolvimento com a saúde pública, especialmente a partir da criação do SUS (Sistema Único de Saúde).

• Defesa dos direitos humanos e das minorias, incluindo população indígena, quilombola e LGBTQIA+.

Essa perspectiva crítica e engajada se consolidou principalmente após a redemocratização do país, nos anos 1980.

Psicologia Brasileira no Século XXI

Hoje, a psicologia no Brasil enfrenta novos desafios e oportunidades:

• Expansão da psicologia online e uso de tecnologias digitais.

• Valorização das práticas baseadas em evidências.

• Contribuições da neurociência e da psicologia positiva.

• Presença crescente em escolas, empresas, hospitais e políticas públicas.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) desempenha papel fundamental na regulamentação ética e técnica da profissão, garantindo a qualidade do atendimento psicológico.

Psicologia e Atualidade: Desafios e Tendências Futuras

A psicologia, que nasceu como um esforço para compreender a mente humana, hoje se depara com desafios inéditos. O mundo digital, a velocidade da informação, as mudanças sociais e os avanços da ciência exigem que a psicologia se reinvente constantemente. Ao mesmo tempo, novas tendências apontam para um futuro em que a psicologia será ainda mais necessária e valorizada.

O Impacto da Tecnologia e da Vida Digital

Vivemos em uma era hiperconectada, e isso influencia profundamente a saúde mental:

• Excesso de telas e redes sociais gera impactos em autoestima, sono e relacionamentos.

• A inteligência artificial começa a oferecer ferramentas terapêuticas, mas também levanta questões éticas.

• A psicoterapia online, cada vez mais popular, democratiza o acesso à saúde mental, mas exige preparo técnico e regulamentação.

A psicologia precisa equilibrar os benefícios da tecnologia com os riscos da digitalização da vida.

Aumento das Doenças Mentais e Demandas Sociais

A Organização Mundial da Saúde já reconhece a saúde mental como prioridade global. O aumento dos casos de ansiedade, depressão e burnout coloca os psicólogos em posição central na promoção do bem-estar.

No Brasil, essa realidade é ainda mais desafiadora devido a fatores como:

• Desigualdade social.

• Acesso limitado a serviços públicos de saúde.

• Estigmas culturais em relação à psicoterapia.

A psicologia brasileira tem buscado caminhos inovadores, como projetos comunitários, atendimento online e parcerias com escolas e empresas.

Psicologia Baseada em Evidências

Uma das tendências mais fortes é a valorização de abordagens científicas comprovadas.

• A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada padrão-ouro para diversos transtornos.

• Novas abordagens, como Mindfulness-Based Therapy e Acceptance and Commitment Therapy (ACT), têm mostrado resultados positivos.

• Pesquisas em neurociência e psicologia positiva ampliam a compreensão sobre motivação, resiliência e bem-estar.

Essa ênfase em evidências fortalece a credibilidade da psicologia no cenário mundial.

Diversidade, Inclusão e Justiça Social

Outro desafio atual é a necessidade de tornar a psicologia mais inclusiva:

• Responder às demandas de populações historicamente marginalizadas (indígenas, quilombolas, população negra e LGBTQIA+).

• Adaptar práticas terapêuticas a diferentes contextos culturais.

• Atuar de forma crítica em relação às desigualdades sociais.

Esse movimento mostra que a psicologia do futuro não pode ser neutra: ela precisa ser ética, sensível e comprometida com a transformação social.

Psicologia Global e Interdisciplinaridade

No século XXI, a psicologia não caminha sozinha. Ela dialoga com áreas como:

• Medicina e psiquiatria, no tratamento interdisciplinar da saúde mental.

• Educação, no desenvolvimento socioemocional.

• Neurociência, na compreensão dos processos cerebrais.

• Tecnologia, no desenvolvimento de ferramentas digitais para prevenção e intervenção psicológica.

Essa interdisciplinaridade é uma das chaves para os próximos avanços da psicologia.

O Futuro da Psicologia

A psicologia caminha para ser cada vez mais:

• Personalizada, adaptada ao perfil de cada indivíduo.

• Digitalizada, mas sem perder o contato humano essencial.

• Baseada em dados científicos, com forte integração às neurociências.

• Socialmente engajada, atuando além do consultório, em escolas, comunidades e políticas públicas.

O futuro da psicologia não será apenas compreender a mente humana, mas ajudar a humanidade a viver de forma mais saudável, equilibrada e consciente em meio às transformações globais.

A Psicologia como Ponte entre Passado, Presente e Futuro

A história da psicologia é uma narrativa fascinante sobre a busca humana por compreender a mente, as emoções e os comportamentos. Desde as reflexões filosóficas na Grécia Antiga até os laboratórios experimentais do século XIX; das grandes escolas clássicas às práticas baseadas em evidências do século XXI, a psicologia evoluiu sem perder sua essência: ajudar as pessoas a viverem melhor.

No Brasil, essa trajetória ganhou contornos próprios, marcados pela diversidade cultural, pelo compromisso social e pelo diálogo entre diferentes abordagens. Hoje, a psicologia é reconhecida não apenas como ciência, mas como uma prática essencial para o bem-estar individual e coletivo.

O futuro da psicologia aponta para um cenário ainda mais promissor: interdisciplinaridade, inovação digital, personalização das terapias e engajamento social. Em meio às incertezas do mundo moderno, o papel do psicólogo será cada vez mais central para promover equilíbrio, saúde mental e qualidade de vida.

Se você chegou até aqui, já percebeu que a psicologia não é apenas uma disciplina acadêmica — é uma ferramenta poderosa para transformar vidas.

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Perguntas Frequentes sobre a História da Psicologia

1. O que é a história da psicologia?

A história da psicologia é o estudo da evolução do conhecimento sobre a mente, comportamento e processos mentais, desde as reflexões filosóficas da Grécia Antiga até as abordagens modernas como a psicoterapia baseada em evidências e a neuropsicologia.

2. Quem é considerado o fundador da psicologia moderna?

Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna por ter criado, em 1879, o primeiro laboratório experimental de psicologia em Leipzig, Alemanha, transformando a psicologia em uma ciência independente da filosofia.

3. Quais foram as principais escolas da psicologia?

As principais escolas da psicologia incluem: Psicanálise (Freud, Jung, Adler), Behaviorismo (Watson, Skinner, Pavlov), Gestalt (Wertheimer, Köhler, Koffka), Psicologia Humanista (Rogers, Maslow) e Cognitivismo (Piaget, Beck, Ellis). Cada escola contribuiu com teorias e métodos únicos para compreender a mente e o comportamento humano.

4. Quando a psicologia se tornou uma profissão regulamentada no Brasil?

A psicologia foi regulamentada no Brasil em 1962, com a Lei nº 4.119, que definiu a profissão do psicólogo e estabeleceu suas atribuições em áreas clínicas, educacionais, organizacionais e sociais.

5. Quais são as tendências futuras da psicologia?

As tendências futuras da psicologia incluem: integração com neurociência, uso de terapias digitais, práticas baseadas em evidências, personalização de atendimentos, atenção à diversidade e inclusão, e atuação em políticas públicas e programas sociais.

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