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História do Setembro Amarelo: A trajetória de Mark M e a origem da Campanha Mundial de Prevenção ao Suicídio

Artigo Publicado: 03/09/2025
Por Osvaldo Marchesi Junior, Psicólogo | CRP 06/186.890 – Terapia Cognitivo-Comportamental

Historia do Setembro Amarelo - Mark M - Psicologia - NeuroFlux

O suicídio é uma das maiores questões de saúde pública da atualidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, o que representa uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, o número ultrapassa 14 mil casos anuais, afetando famílias, comunidades inteiras e impactando profundamente a sociedade.

Apesar de ser uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos, o tema ainda é cercado de estigmas, preconceitos e silêncios. Foi nesse contexto que surgiu o Setembro Amarelo, movimento global de conscientização e prevenção ao suicídio.

O que muitas pessoas não sabem é que a origem desse movimento está ligada a uma história real e dolorosa: a vida de um jovem chamado Mark M, apaixonado por carros, cuja trajetória inspirou o nascimento de um dos maiores movimentos de saúde mental do mundo.

Neste artigo, vou explorar a linha do tempo da prevenção do suicídio, a história de Mark M, a chegada do Setembro Amarelo ao Brasil, seu impacto global e o que ele representa hoje para a psicologia, a saúde pública e a sociedade.

Se você ou alguém próximo passa por sofrimento emocional, saiba que não está sozinho. Existem tratamentos eficazes, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que podem ajudar no enfrentamento da dor.

Linha do tempo da prevenção do suicídio

Antes de falarmos sobre Mark M, é importante entender como a prevenção do suicídio começou a ganhar força mundialmente.

• Década de 1950 – 1960: surgimento das primeiras linhas de apoio emocional no mundo. Em 1953, em Londres, o pastor Chad Varah criou os Samaritans, primeira organização dedicada a ouvir pessoas em sofrimento emocional.

• 1970 – 1980: campanhas isoladas em alguns países começam a relacionar saúde mental, apoio comunitário e redução do estigma.

• 1999: a OMS lança o SUPRE (Suicide Prevention Program), com o objetivo de apoiar países na criação de políticas públicas.

• 2003: é instituído o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, celebrado em 10 de setembro, em parceria entre a OMS e a Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP).

• 2010 em diante: com a expansão da internet, o tema ganha mais visibilidade. A história de Mark M se torna símbolo de uma nova fase da luta contra o suicídio, com forte impacto na sociedade.

Essa evolução global abriu espaço para que histórias pessoais, como a de Mark M, se transformassem em movimentos coletivos.

Quem foi Mark M? A história real por trás do Setembro Amarelo

Quando falamos sobre o Setembro Amarelo, muitas pessoas se lembram da cor vibrante que ilumina monumentos, de campanhas educativas nas redes sociais e de mensagens de apoio compartilhadas entre amigos. Porém, por trás desse movimento, existe uma história humana, sensível e real: a trajetória de um jovem chamado Mark Matthew, conhecido entre seus amigos simplesmente como Mark M.

A juventude de Mark M

Mark nasceu nos Estados Unidos, em uma família de classe média, durante os anos 1970. Descrito por parentes e colegas como um garoto inteligente, amigável e apaixonado por carros antigos, ele se destacava pela facilidade em fazer amizades e pelo entusiasmo em aprender sobre mecânica.

Seu maior orgulho era o Mustang 1968 amarelo, um carro que ele restaurava com dedicação no quintal de casa. O veículo não era apenas um hobby: era símbolo de sua identidade, liberdade e sonhos para o futuro. Muitos amigos relatam que Mark sorria sempre que falava sobre o Mustang e tinha planos de competir em encontros automotivos.

A batalha silenciosa contra a depressão

Apesar da aparência alegre e da vida aparentemente tranquila, Mark enfrentava um inimigo invisível: a depressão. Na época, nos anos 1990, os debates sobre saúde mental eram muito mais restritos e envoltos em tabus e preconceitos. Jovens como Mark raramente tinham acesso a apoio psicológico estruturado, e falar sobre sentimentos de tristeza profunda ou pensamentos de morte era algo quase proibido.

Mark carregava sua dor em silêncio. Amigos mais próximos notavam momentos de isolamento, variações de humor e sinais de sofrimento, mas a falta de diálogo aberto sobre saúde mental dificultava qualquer tipo de intervenção.

O trágico desfecho

Em setembro de 1994, com apenas 17 anos de idade, Mark tirou a própria vida. O impacto foi devastador para a família, colegas e toda a comunidade. O choque da perda contrastava com a imagem de um jovem cheio de sonhos, que parecia ter tudo pela frente.

No funeral, os pais e amigos decidiram transformar a dor em uma mensagem de esperança. Distribuíram fitas amarelas junto a pequenos cartões que diziam:

“Se você está passando por um momento difícil, peça ajuda. Se não souber como, entregue esta fita a alguém e diga: ‘Preciso de apoio’.”

Esse gesto simples deu início ao Yellow Ribbon Program (Programa da Fita Amarela), que se espalhou inicialmente pelos Estados Unidos e depois ganhou força mundial.

O legado de Mark M

O Mustang amarelo, símbolo de sua paixão, tornou-se uma metáfora poderosa. Representava não apenas a lembrança de um jovem apaixonado por mecânica, mas também o convite para iluminar vidas que enfrentam a escuridão da dor emocional.

A história de Mark deu visibilidade a uma mensagem essencial: o suicídio não deve ser tratado como tabu, mas sim como um problema de saúde que precisa ser prevenido com informação, empatia e acesso a cuidados adequados.

Hoje, ao falar de Setembro Amarelo, lembramos não apenas de uma cor ou de uma data, mas do legado de um jovem cuja vida, mesmo interrompida precocemente, inspirou um movimento que salva milhões de pessoas em todo o mundo.

A expansão da campanha no Brasil

No Brasil, a campanha do Setembro Amarelo começou oficialmente em 2014, por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Desde então, a mobilização cresceu e passou a envolver universidades, escolas, empresas, órgãos públicos e a sociedade civil. Algumas das ações mais comuns incluem:

• Iluminação de monumentos públicos com a cor amarela, como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, a Catedral de Brasília e a Ponte Estaiada em São Paulo.

• Palestras e workshops em escolas e empresas, abordando saúde mental e prevenção ao suicídio.

• Campanhas digitais nas redes sociais com hashtags como #SetembroAmarelo e #VocêNãoEstáSozinho.

O objetivo é quebrar o tabu sobre o suicídio, incentivar o diálogo aberto e reforçar que pedir ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

O impacto global e atualidade do Setembro Amarelo

Hoje, o Setembro Amarelo é reconhecido internacionalmente como a maior campanha antiestigma e de prevenção ao suicídio.

De acordo com dados recentes da OMS, países que implementam campanhas contínuas de prevenção conseguem reduzir em até 33% os índices de suicídio em grupos de risco.

No Brasil, a cada ano o movimento cresce em visibilidade, especialmente nas redes sociais, onde influenciadores, empresas e profissionais de saúde mental participam ativamente.

É importante destacar a diferença entre:

• Setembro Amarelo: campanha nacional de prevenção ao suicídio, celebrada durante todo o mês.

• Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro):
data oficial instituída pela OMS e pela IASP.

O simbolismo da cor amarela e a visão psicológica

A escolha da cor amarela não é aleatória. O amarelo simboliza luz, esperança, calor e vida — exatamente o oposto da escuridão emocional que muitas pessoas sentem quando pensam em suicídio.

Do ponto de vista psicológico, campanhas como o Setembro Amarelo funcionam como um convite para quebrar o silêncio. Quando falamos sobre sofrimento emocional de forma aberta, oferecemos espaço para:

• Reduzir a sensação de isolamento.
• Normalizar o pedido de ajuda.
• Aumentar o acesso a tratamentos eficazes, como a psicoterapia.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, é um dos tratamentos mais eficazes na prevenção do suicídio. Ela ajuda a pessoa a identificar e reestruturar pensamentos automáticos negativos, desenvolver habilidades de enfrentamento e recuperar o senso de propósito.

Se você sente que precisa de ajuda, saiba que não está sozinho. Entre em contato com um psicólogo e descubra como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode auxiliar no enfrentamento da dor emocional.

A história do Setembro Amarelo é, antes de tudo, a história de um jovem chamado Mark M, cujo legado transformou dor em esperança. A fita amarela que surgiu em seu funeral atravessou fronteiras, se transformou em símbolo global e hoje salva vidas ao redor do mundo.

O Brasil abraçou essa campanha em 2014 e, desde então, milhões de pessoas foram impactadas com informações, acolhimento e incentivo para buscar ajuda.

O Setembro Amarelo nos lembra que conversar pode salvar vidas. Cada palavra de apoio, cada gesto de empatia e cada espaço aberto ao diálogo é uma oportunidade de prevenção.

Se você ou alguém que você ama está em sofrimento, não espere. Procure apoio psicológico. Agendar sua primeira sessão de avaliação online, através do WhatsApp, com um psicólogo especializado é dar o primeiro passo em direção ao cuidado com sua saúde mental.

Perguntas Frequentes sobre a História do Setembro Amarelo e a Campanha de Prevenção ao Suicídio

1. Quem foi Mark M e por que ele é importante para o Setembro Amarelo?

Mark M foi um jovem norte-americano apaixonado por carros que tirou a própria vida em 1994. Seu Mustang amarelo inspirou a fita amarela, que se tornou símbolo mundial da campanha de prevenção ao suicídio.

2. Qual é a história do Setembro Amarelo no Brasil?

O movimento começou em 2014, por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), com ações de conscientização em todo o país.

3. Qual a relação do carro amarelo com a campanha setembro amarelo?

O carro de Mark M, um Mustang amarelo, no qual ele tirou a própria vida se tornou o símbolo da fita amarela usada no funeral do jovem. Essa fita foi o ponto de partida do movimento.

4. Qual a diferença entre Setembro Amarelo e Dia Mundial da Prevenção do Suicídio?

O Setembro Amarelo é uma campanha nacional realizada durante todo o mês, enquanto o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio é celebrado em 10 de setembro pela OMS e IASP.

5. Onde procurar ajuda no Brasil para prevenção do suicídio?

O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio gratuito pelo número 188 ou pelo site cvv.org.br. Além disso, buscar acompanhamento com psicólogos e psiquiatras é fundamental.

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