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Por que me preocupo tanto? Como a visão negativa das emoções alimenta a Ansiedade Generalizada

Artigo Publicado: 25/05/2024

Preocupacao excessiva e visao negativa das emocoes em individuos com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) - NeuroFlux

Você sente que está sempre preocupado, mesmo quando não há um motivo claro? Tem dificuldade de lidar com suas emoções e vive esperando que algo ruim aconteça? Essa sensação constante de tensão pode ser um sinal de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Nesse quadro, o excesso de preocupação não é apenas um sintoma — é um mecanismo de defesa emocional que, paradoxalmente, aumenta ainda mais o sofrimento.

Neste artigo, vou abordar como o medo das emoções intensifica a ansiedade, explorar os principais vieses cognitivos por trás da superestimativa dos riscos e apresentar uma abordagem eficaz para tratar o TAG com base no modelo de esquema emocional. Se você busca uma solução baseada em evidências, continue a leitura.

O papel da preocupação no Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Segundo o psicólogo Tom Borkovec, um dos principais pesquisadores sobre ansiedade, a preocupação funciona como uma tentativa de evitação emocional. Ao se preocupar, a pessoa suprime temporariamente suas reações emocionais e fisiológicas, mantendo uma espécie de “controle superficial” sobre o que sente.

Por que nos sentimos menos emocionais quando estamos preocupados?

Porque a preocupação é um pensamento verbal e abstrato — ela desvia a atenção das sensações físicas e emocionais. Porém, esse alívio é temporário. Quando o ciclo de preocupação é interrompido, a excitação emocional retorna com mais intensidade, gerando um efeito rebote que piora o estado ansioso.

Medo das emoções: por que pessoas ansiosas tentam evitá-las?

Uma das razões centrais pelas quais indivíduos com TAG se preocupam excessivamente é o medo das emoções. Esse medo pode ter várias causas:

• Alexitimia: dificuldade em identificar e nomear as próprias emoções.
• Visão negativa das emoções: crença de que sentir algo ruim é sinal de fraqueza ou perigo.
• Vergonha emocional: sentimento de inadequação por experimentar emoções intensas.
• Supressão emocional: tentativa constante de evitar ou ignorar o que se sente.

Pensamentos automáticos comuns em pessoas com TAG

• “Minhas emoções não fazem sentido.”
• “Não consigo controlar o que sinto.”
• “Tenho vergonha das minhas emoções.”
• “Vou me sobrecarregar se continuar sentindo isso.”
• “Não deveria estar me sentindo assim.”

Esses pensamentos refletem esquemas cognitivos disfuncionais que reforçam a ideia de que sentir emoções é perigoso ou vergonhoso.

Como mudar a relação com as emoções pode reduzir a ansiedade

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) com foco no modelo de esquema emocional tem demonstrado alta eficácia no tratamento do TAG. Essa abordagem ajuda o paciente a desenvolver uma visão mais realista e acolhedora sobre suas emoções.

Princípios psicoeducacionais do modelo de esquema emocional

• Emoções são naturais e temporárias
• Sentir emoções não é perigoso
• Todos têm emoções – não é fraqueza
• Emoções não significam perda de controle
• Aceitação emocional reduz sofrimento
• Às vezes, a ansiedade é um sinal de enfrentamento, não de fraqueza

O objetivo dessa intervenção é substituir a evitação emocional por aceitação e compreensão, permitindo ao paciente sentir sem medo e lidar melhor com a própria realidade interna.

A ilusão do senso de urgência e a necessidade de controle

Outro ponto comum em pessoas com TAG é a sensação de urgência constante. Elas acreditam que precisam resolver tudo imediatamente, como se houvesse uma emergência prestes a explodir.

Essa percepção equivocada deriva da crença de que, se não tomarem controle total de uma situação, algo ruim certamente acontecerá. O cérebro ansioso interpreta a menor incerteza como uma ameaça real, e isso ativa o modo de sobrevivência.

Por que superestimamos o risco e vivemos em alerta?

Pessoas com TAG tendem a:

• Superestimar a probabilidade de algo ruim acontecer
• Esquecer que a maioria das previsões negativas não se concretiza
• Valorizar eventos recentes e dramáticos como mais prováveis
• Ignorar estatísticas e probabilidades reais

Essa tendência está ligada a um funcionamento cerebral evolutivamente adaptado: nosso cérebro prioriza a prevenção de ameaças, mesmo que isso gere um falso alarme.

Vieses cognitivos que distorcem a percepção do risco

1. Viés da disponibilidade: damos mais importância a eventos recentes ou chocantes.
2. Familiaridade enganosa: quanto mais nos expomos ao perigo, mais normal ele parece.
3. Representatividade: se algo nos afeta diretamente, achamos que é mais perigoso.
4. Negligência estatística: não consideramos dados reais, mas sim imagens ou histórias impactantes.

Esses vieses alimentam a ansiedade ao fazer o cérebro acreditar que o perigo é iminente — mesmo quando não é.

É possível vencer a ansiedade aprendendo a lidar com as emoções

A preocupação excessiva no TAG não é apenas um sintoma — é uma estratégia ineficaz para evitar emoções difíceis. Ao mudar a forma como você interpreta e lida com suas emoções, é possível romper o ciclo da ansiedade.

Se você se identificou com esse conteúdo e deseja iniciar um processo terapêutico com base na Terapia Cognitivo-Comportamental, agende uma sessão com um psicólogo especializado. Você não precisa enfrentar isso sozinho.

Perguntas Frequentes sobre Preocupação Excessiva e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

1. Preocupar-se demais pode ser um transtorno?

Sim. Quando a preocupação se torna constante, incontrolável e interfere na vida cotidiana, pode indicar TAG.

2. Por que tenho medo das minhas emoções?

Esse medo pode vir de experiências anteriores, dificuldades em identificar emoções ou crenças disfuncionais sobre o que sentir significa.

3. A preocupação me protege ou me atrapalha?

Ela parece oferecer proteção, mas na verdade alimenta ainda mais a ansiedade e prejudica o bem-estar emocional.

4. Como a TCC pode me ajudar com o TAG?

A Terapia Cognitivo-Comportamental ensina como modificar pensamentos distorcidos e lidar com as emoções de forma saudável, reduzindo significativamente os sintomas.

5. Emoções intensas significam que estou perdendo o controle?

Não. Emoções intensas são parte natural da experiência humana. O problema está em como interpretamos e reagimos a elas.

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