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Psicologia da Economia Emocional: Como Ansiedade, Endividamento e Consumo Compulsivo afetam suas Decisões Financeiras

Artigo Publicado: 21/08/2025
Por Osvaldo Marchesi Junior, Psicólogo | CRP 06/186.890 – Terapia Cognitivo-Comportamental

Psicologia da Economia Emocional - Psicologo Osvaldo Marchesi Junior - NeuroFlux Psicologia Direcionada

A psicologia da economia emocional é um campo que une a ciência do comportamento e a realidade financeira para explicar como emoções, crenças e estados mentais moldam nossas escolhas econômicas. Não se trata apenas de números, planilhas ou cálculos racionais, mas de compreender como ansiedade financeira, consumo compulsivo e endividamento crônico podem influenciar diretamente a tomada de decisão, o equilíbrio emocional e a qualidade de vida.

Em um mundo marcado por instabilidade econômica, aumento das dívidas pessoais e incerteza profissional, cresce a necessidade de entender o impacto das finanças na saúde mental. Pesquisas mostram que estresse financeiro está entre os maiores gatilhos de ansiedade e depressão, sendo tão prejudicial quanto problemas conjugais ou de saúde física. O simples ato de lidar com boletos atrasados, medo de desemprego ou pressão para manter um padrão de consumo pode desencadear ciclos emocionais de culpa, vergonha, baixa autoestima e impulsividade.

Nesse cenário, a economia emocional surge como uma lente poderosa para analisar não apenas como gastamos ou poupamos, mas por que fazemos isso — e como emoções mal reguladas podem levar a decisões financeiras autodestrutivas. Ao mesmo tempo, a psicoterapia voltada para finanças comportamentais e autocontrole emocional oferece ferramentas práticas para quebrar esses ciclos, desenvolver resiliência diante da instabilidade e reconstruir a relação com o dinheiro de forma mais consciente e saudável.

Endividamento, Consumo Compulsivo e Ansiedade Financeira no Brasil em 2025: Dados e Estatísticas Atualizadas

Endividamento e Inadimplência

• 77 milhões de inadimplentes: De acordo com o Mapa da Inadimplência do Serasa, o número de inadimplentes no Brasil atingiu 77 milhões de pessoas em maio de 2025, representando quase 36% da população brasileira.

• Dívida média superior a R$ 6.000,00: O valor médio da dívida por pessoa ultrapassou os R$ 6.000,00, conforme dados do Mapa da Inadimplência do Serasa.

• 54% dos trabalhadores enfrentam dificuldades financeiras mensais: Pesquisa do Serasa revelou que 54% dos trabalhadores não conseguem manter o salário até o fim do mês; apenas 20% têm pleno controle financeiro.

Ansiedade Financeira

• 49% apontam o dinheiro como principal causa de ansiedade: Pesquisa da fintech Onze em parceria com a Icatu revelou que 49% dos brasileiros consideram questões financeiras sua maior preocupação, superando até mesmo a saúde.

• 72% relatam impacto na saúde mental: Estudo realizado pela Opinion Box em parceria com o Serasa mostrou que 72% das pessoas não se sentem confortáveis para pedir ajuda financeira a familiares ou conhecidos, evidenciando o impacto da ansiedade financeira na saúde mental.

Consumo Compulsivo

• 78% das famílias enfrentam dificuldades financeiras: Pesquisa da Lockton revelou que 78% das famílias brasileiras enfrentam dificuldades financeiras, com muitas recorrendo ao crédito para suprir necessidades básicas, evidenciando um padrão de consumo impulsivo e endividamento crescente.

Psicologia da Economia Emocional: Um campo entre mente e dinheiro

A economia tradicional costuma assumir que os indivíduos são agentes racionais, capazes de analisar riscos e recompensas antes de tomar uma decisão. Porém, a psicologia demonstra que fatores como ansiedade financeira, impulsividade, medo da perda e crenças disfuncionais sobre dinheiro influenciam profundamente o modo como gastamos, poupamos ou investimos.

A chamada economia comportamental já mostrou que decisões financeiras estão permeadas por vieses cognitivos, como:

• Viés do presente: priorizar recompensas imediatas em vez de ganhos futuros.
• Excesso de confiança: acreditar que se tem mais controle sobre riscos do que realmente existe.
• Aversão à perda: sentir mais intensamente a dor de perder dinheiro do que o prazer de ganhá-lo.

Quando somamos esses vieses à pressão emocional e à instabilidade econômica, a tomada de decisão se torna ainda mais vulnerável.

Comportamento financeiro, ansiedade e tomada de decisão

Estudos mostram que a ansiedade financeira é um dos principais fatores que distorcem a racionalidade econômica. Pessoas ansiosas tendem a:

• Evitar lidar com dívidas, acumulando juros e atrasos.
• Tomar decisões precipitadas em investimentos.
• Compensar a insegurança emocional com consumo compulsivo.

Esse ciclo reforça a economia emocional negativa: quanto mais a pessoa gasta para aliviar a ansiedade, mais se endivida; quanto mais se endivida, maior a ansiedade.

Na prática clínica, observa-se que muitos pacientes não apresentam apenas um “problema financeiro”, mas sim um transtorno emocional com repercussões financeiras, como depressão, ansiedade generalizada ou transtorno de controle de impulsos.

Impacto do endividamento, consumo compulsivo e instabilidade econômica na saúde mental

A instabilidade econômica atual intensifica esses processos. Pesquisas apontam que:

• Endividamento crônico está associado a maior prevalência de transtornos depressivos e ansiosos.
• O consumo compulsivo funciona como um mecanismo de regulação emocional disfuncional, semelhante a vícios comportamentais como jogos de azar.
• O medo de desemprego, inflação e perda de patrimônio gera um estado de estresse constante, conhecido como ansiedade financeira crônica.

Além disso, o estigma social sobre a dívida reforça sentimentos de vergonha, culpa e baixa autoestima, o que dificulta buscar ajuda. Esse cenário pode levar ao isolamento social e até ao aumento de ideação suicida em situações extremas.

Psicoterapia voltada para finanças comportamentais e autocontrole emocional

A integração entre psicologia clínica e finanças comportamentais abre novas possibilidades terapêuticas. Intervenções em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) têm se mostrado eficazes para lidar com ansiedade financeira e consumo compulsivo.

Entre as estratégias utilizadas, destacam-se:

1. Reestruturação cognitiva sobre crenças financeiras

Muitos pacientes carregam crenças como:

• “Dinheiro é sinônimo de segurança absoluta.”
• “Se eu não comprar agora, nunca mais vou ter essa oportunidade.”
• “Eu não sou capaz de administrar minhas finanças.”


A TCC auxilia na identificação e substituição dessas crenças por pensamentos mais funcionais, como:

• “Eu posso construir segurança financeira gradualmente.”
• “Comprar por impulso não resolve minha ansiedade.”


2. Treino de tolerância à incerteza

Grande parte da ansiedade financeira decorre da dificuldade em lidar com o imprevisível. Treinos comportamentais ajudam o paciente a:

• Diferenciar riscos reais de catastrofizações.
• Estabelecer planos de contingência sem paralisar a vida cotidiana.
• Desenvolver resiliência emocional frente à instabilidade econômica.

3. Psicoeducação financeira e autocontrole emocional

A psicoterapia pode incluir técnicas de monitoramento de gastos, criação de orçamentos conscientes e exercícios de mindfulness aplicados às compras. Dessa forma, o paciente aprende a pausar antes de gastar e a perceber quais emoções estão por trás de suas escolhas.

4. Prevenção de recaídas em consumo compulsivo

Assim como em dependências químicas, o consumo compulsivo pode gerar recaídas. Criar estratégias antecipatórias, como bloquear cartões, limitar créditos ou praticar exposição com prevenção de resposta, é essencial para manter o equilíbrio.

Saúde financeira é saúde mental

A psicologia da economia emocional mostra que cuidar do dinheiro vai muito além de planilhas ou cálculos matemáticos. Está diretamente ligado a ansiedade, autoestima, impulsividade e tolerância à incerteza.

Ao compreender a relação entre finanças e emoções, é possível quebrar ciclos de endividamento, reduzir o consumo compulsivo e fortalecer a autonomia. A psicoterapia focada em finanças comportamentais surge, portanto, como uma ferramenta essencial para promover bem-estar emocional e estabilidade financeira.

Se você sente que a ansiedade, o endividamento ou o consumo compulsivo estão impactando sua vida, saiba que não precisa enfrentar isso sozinho.

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Perguntas Frequentes sobre Psicologia da Economia Emocional

1. O que é psicologia da economia emocional?

A psicologia da economia emocional estuda como emoções, crenças e estados mentais influenciam as decisões financeiras. Ela mostra que fatores como ansiedade, impulsividade e medo da perda podem levar ao endividamento, ao consumo compulsivo e a escolhas econômicas irracionais, impactando diretamente a saúde mental.

2. Como a ansiedade financeira afeta a tomada de decisão?

A ansiedade financeira gera um estado de alerta constante que prejudica a clareza racional. Pessoas ansiosas tendem a evitar lidar com dívidas, comprar por impulso para aliviar emoções negativas ou tomar decisões precipitadas em investimentos, reforçando um ciclo de instabilidade emocional e econômica.

3. O endividamento pode causar problemas de saúde mental?

Sim. O endividamento crônico está associado a maior risco de depressão, ansiedade generalizada, estresse e até ideação suicida. A pressão social e a vergonha de estar em dívida aumentam sentimentos de culpa, baixa autoestima e isolamento, tornando essencial buscar apoio psicológico.

4. Qual é a relação entre consumo compulsivo e transtornos psicológicos?

O consumo compulsivo funciona como uma forma de regulação emocional disfuncional, semelhante a vícios como jogos de azar. Pessoas compram não por necessidade, mas para reduzir ansiedade, tristeza ou frustração. Com o tempo, isso gera culpa, endividamento e prejuízos emocionais, exigindo tratamento psicoterapêutico.

5. A psicoterapia pode ajudar no autocontrole financeiro?

Sim. A psicoterapia focada em finanças comportamentais utiliza técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) para:
• Identificar crenças disfuncionais sobre dinheiro.
• Desenvolver autocontrole emocional em decisões de compra.
• Reduzir a ansiedade financeira.
• Criar estratégias práticas para prevenir recaídas em consumo compulsivo.
Assim, o paciente aprende a tomar decisões mais conscientes. 

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