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Obesidade: Como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar no tratamento psicológico e na qualidade de vida

Artigo Publicado: 16/05/2024

Obesidade e pratica psicologica clinica - TCC - NeuroFlux

O papel fundamental da Psicologia no tratamento da Obesidade

A obesidade é uma condição médica crônica, multifatorial e recidivante que impacta não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e psicológico. O tratamento da obesidade vai muito além das dietas restritivas ou exercícios físicos: ele exige uma abordagem interdisciplinar que inclua a psicoterapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), como ferramenta eficaz para promover mudanças sustentáveis nos hábitos de vida.

Neste artigo, vou explorar como a psicologia clínica contribui para o tratamento da obesidade, como realizar uma avaliação adequada e qual a importância de quebrar estigmas sociais que prejudicam o paciente obeso.

Como diagnosticar e classificar a obesidade: IMC, percentual de gordura e circunferência abdominal

Quando um paciente busca tratamento psicológico para obesidade, o primeiro passo é compreender a gravidade e a classificação do excesso de peso. O método mais amplamente utilizado é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), um parâmetro internacional recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Classificação do IMC:

• IMC < 18,5 kg/m² – Baixo peso.
• IMC 18,5 - 24,9 kg/m² – Peso normal (eutrofia).
• IMC 25 - 29,9 kg/m² – Sobrepeso ou pré-obesidade.
• IMC 30 - 34,9 kg/m² – Obesidade Grau I.
• IMC 35 - 39,9 kg/m² – Obesidade Grau II.
• IMC ≥ 40 kg/m² – Obesidade Grave ou Mórbida (Grau III).

A classificação do IMC é fundamental porque define o risco para comorbidades associadas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão e síndrome metabólica.

Entretanto, é importante destacar que o IMC apresenta limitações, pois não diferencia massa magra e gordura corporal. Por isso, outros métodos complementares são recomendados.

Avaliação do percentual de gordura corporal:

• Plicômetro: mede as dobras cutâneas.
• Bioimpedância elétrica tetrapolar: analisa a composição corporal por meio de corrente elétrica.
• Densitometria por DEXA: exame mais preciso para determinar a distribuição da gordura corporal.

Além disso, a circunferência abdominal é um marcador essencial para avaliar o risco cardiovascular e a síndrome metabólica.

Parâmetros de risco pela circunferência abdominal:

• Baixo risco: < 94 cm (homens) / < 80 cm (mulheres).
• Risco elevado: 94-101 cm (homens) / 80-87 cm (mulheres).
• Risco muito elevado: > 102 cm (homens) / > 88 cm (mulheres).

Panorama da obesidade no Brasil: dados alarmantes

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 55,4% da população adulta brasileira apresentava sobrepeso em 2019. O índice é ainda mais preocupante na faixa etária entre 45 e 54 anos, atingindo 63,7%. A taxa de obesidade também é elevada: 20,3% dos brasileiros são considerados obesos, conforme os critérios da OMS.

Essa epidemia reflete não apenas mudanças comportamentais, mas também fatores socioeconômicos, culturais e ambientais.

Obesidade como doença: perspectivas do CID-11 e DSM-5

Na Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID-11), a obesidade está catalogada como um distúrbio nutricional no capítulo de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.

Já no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a obesidade não é classificada como transtorno mental, mas frequentemente aparece como comorbidade associada a quadros de depressão, ansiedade e transtornos alimentares.

A definição médica considera a obesidade como resultado de um desequilíbrio crônico entre ingestão calórica e gasto energético, levando ao acúmulo excessivo de gordura corporal.

Causas da obesidade: fatores genéticos, metabólicos e culturais

A etiologia da obesidade é multifatorial, incluindo:

• Fatores genéticos: filhos de pais obesos têm 50% mais chance de desenvolver obesidade; esse risco sobe para 80% se ambos os pais forem obesos.
• Aspectos hormonais: o tecido adiposo produz hormônios que dificultam a perda de peso.
• Comportamentos alimentares: hábitos alimentares inadequados, compulsão e regulação emocional por meio da comida.
• Aspectos socioculturais: sedentarismo, marketing agressivo da indústria alimentícia e a oferta abundante de alimentos ultraprocessados.

A cultura da obesidade: estigma social e preconceito

Apesar dos avanços científicos, o preconceito contra pessoas obesas ainda é uma realidade. A obesidade é equivocadamente associada à preguiça, falta de força de vontade ou caráter, perpetuando estigmas e comportamentos discriminatórios.

Este preconceito é potencializado pela cultura do corpo magro e pelas redes sociais, que impõem padrões estéticos inatingíveis, muitas vezes exacerbando transtornos alimentares e problemas de autoestima.

Por outro lado, há avanços importantes: plataformas digitais vêm implementando políticas contra discursos de ódio e preconceito, banindo conteúdos ofensivos e promovendo a valorização da diversidade corporal.

A indústria da estética e a promessa de soluções milagrosas

O mercado da estética e da suplementação explora a vulnerabilidade de quem sofre com obesidade, oferecendo produtos como chás, shakes e procedimentos “instantâneos” de redução de gordura, muitas vezes sem comprovação científica.

Esses tratamentos prometem soluções rápidas, mas não atacam a raiz do problema, podendo levar a frustrações, reganho de peso e agravamento do estado emocional.

Impactos da pandemia na obesidade: isolamento, regulação emocional e ganho de peso

Durante a pandemia de Covid-19, pessoas com obesidade foram duplamente impactadas:

1. Maior risco de complicações pelo vírus.
2. Isolamento social, que dificultou a regulação emocional e favoreceu o consumo alimentar excessivo.

A ausência de rotina, o estresse, a ansiedade e o sedentarismo resultaram no aumento geral do peso corporal da população, agravando ainda mais o cenário da obesidade no Brasil e no mundo.

Tratamento da obesidade: Abordagem interdisciplinar e a importância da psicoterapia

O tratamento da obesidade pode ser clínico ou cirúrgico, sendo este último reservado a casos mais graves ou resistentes a outras abordagens.

Indicações para cirurgia bariátrica:

• IMC ≥ 40 kg/m²
• IMC entre 30 e 39,9 kg/m² com comorbidades associadas
• Idade entre 18 e 65 anos
• Obesidade há pelo menos 5 anos
• Insucesso em tratamentos clínicos anteriores
• Ausência de transtornos psiquiátricos graves ou abuso de substâncias

O processo envolve avaliação e acompanhamento interdisciplinar, incluindo psicólogos, nutricionistas e endocrinologistas.

O papel essencial da psicoterapia na obesidade:

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes, atuando na:

• Reestruturação de crenças disfuncionais sobre alimentação e corpo.
• Desenvolvimento de estratégias para lidar com emoções negativas sem recorrer à comida.
• Prevenção de recaídas.
• Fortalecimento da autoestima e da autoaceitação.

Acolhimento e tratamento psicológico especializado são fundamentais

A obesidade não deve ser tratada como uma simples questão estética ou de força de vontade. É uma condição médica complexa que requer respeito, empatia e tratamento especializado.

Se você ou alguém que conhece enfrenta dificuldades com obesidade e deseja iniciar um processo de mudança, conte com o suporte de um psicólogo cognitivo-comportamental especializado. O acompanhamento psicológico é essencial para promover saúde física, emocional e qualidade de vida.

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Perguntas Frequentes sobre Obesidade e Tratamento Psicológico

1. Psicoterapia ajuda no tratamento da obesidade?

Sim! A psicoterapia, especialmente a TCC, auxilia na mudança de hábitos, na regulação emocional e na prevenção de recaídas.

2. Quem pode fazer cirurgia bariátrica?

Indivíduos com IMC acima de 40 kg/m² ou comorbidades associadas e IMC entre 30 e 39,9 kg/m², após avaliação interdisciplinar.

3. O IMC é suficiente para diagnosticar obesidade?

Não. O IMC é um parâmetro importante, mas deve ser complementado com medidas de gordura corporal e avaliação clínica.

4. A obesidade é considerada uma doença?

Sim, é classificada como doença crônica e multifatorial pela OMS e pelo CID-11.

5. Existe cura para a obesidade?

Não há cura definitiva, mas é possível controlar a obesidade com acompanhamento interdisciplinar e mudanças no estilo de vida.

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