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Carl Rogers e a Psicologia Humanista: O que é Escuta Empática? Entenda o Tema para o ENEM

Artigo Publicado: 24/06/2025
Série: Temas de Psicologia para o ENEM

Carl Rogers - Psicologia Humanista (ENEM) - NeuroFlux Psicologia Direcionada

Em um mundo de pressa, interrupções e julgamentos, parar para ouvir o outro com empatia e autenticidade tornou-se um ato raro — e profundamente transformador. Para Carl Rogers, psicólogo norte-americano e um dos fundadores da Psicologia Humanista, esse tipo de escuta é fundamental para o crescimento pessoal, emocional e relacional.

A chamada “escuta empática” é mais do que uma técnica: é uma postura de presença, aceitação e abertura. E sim, cai no ENEM — especialmente em temas ligados a saúde mental, cidadania, convivência, ética, educação e práticas sociais.

Neste artigo, você vai entender a teoria de Rogers com profundidade, mas de forma acessível. Vou explorar os pilares da Psicologia Humanista, o conceito de empatia na prática, e como tudo isso se conecta às competências avaliadas pelo ENEM.

Quem foi Carl Rogers?

Carl Ransom Rogers (1902–1987) foi um dos psicólogos mais influentes do século XX. Ele desenvolveu uma abordagem centrada na pessoa, que mais tarde se consolidou como um dos pilares da Psicologia Humanista, ao lado de nomes como Abraham Maslow.

Rogers acreditava que todo ser humano tem potencial para crescer, se desenvolver e viver de forma plena, desde que esteja em um ambiente que promova aceitação, compreensão e autenticidade.

“Ser empático é ver o mundo pelos olhos do outro, e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.”
Carl Rogers

O que é a Psicologia Humanista?

A Psicologia Humanista surgiu como uma “terceira força”, contrapondo-se a psicanálise freudiana (foco no inconsciente) e o behaviorismo (foco no comportamento observável). Seu foco está na subjetividade, na liberdade e no potencial humano.

Principais características:

• Ênfase na experiência subjetiva
• Confiança na tendência natural ao crescimento (autoatualização).
• Relações humanas como espaço terapêutico.
• Valorização da escuta, da aceitação e da empatia.

A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)

A teoria desenvolvida por Rogers é chamada de Abordagem Centrada na Pessoa. Seu foco está na qualidade da relação entre terapeuta e cliente, ou entre educador e aprendiz, profissional e paciente, pai e filho.

Para Rogers, o ambiente emocional é decisivo para que alguém se desenvolva plenamente. Isso vale na terapia, na escola, em casa, em qualquer espaço humano.

O que é escuta empática?

A escuta empática é a capacidade de se colocar no lugar do outro de forma profunda, sem julgamentos, sem pressa, com abertura e respeito. É diferente de simpatia ou piedade.

Elementos centrais:

1. Compreensão emocional e racional da experiência do outro
2. Suspensão dos próprios julgamentos e conselhos.
3. Presença plena e abertura genuína ao que o outro expressa.
4. Respeito pela vivência única da outra pessoa.

Escutar com empatia é permitir que o outro exista na sua verdade, mesmo quando ela é diferente da nossa.

As três atitudes facilitadoras segundo Rogers

Rogers identificou três condições básicas para que o processo de crescimento humano (e terapêutico) ocorra:

1. Empatia

Capacidade de compreender o mundo interno do outro, como se fosse seu, sem perder a própria identidade.

2. Aceitação incondicional positiva

Consiste em aceitar o outro como ele é, sem tentar mudá-lo, sem julgamento, valorizando a sua existência como legítima.

3. Congruência (Autenticidade)

É a coerência entre o que a pessoa sente, pensa e expressa. O profissional (ou educador) deve ser real, transparente e genuíno na relação.

Estas três atitudes formam a base de relações transformadoras, dentro e fora da clínica.

Como o tema é cobrado no ENEM?

O ENEM aborda Carl Rogers e a escuta empática nas provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação, principalmente em temas como:

• Saúde mental e psicologia.
• Convivência, escuta e diálogo.
• Cuidado, empatia e ética.
• Educação humanizada.
• Relações interpessoais e cidadania.

Exemplos de possíveis abordagens:

• Um profissional da saúde que escuta o paciente com atenção e empatia.
• A escola como espaço de escuta e acolhimento emocional.
• Práticas sociais que promovem o cuidado e o crescimento pessoal.
• Relações familiares baseadas em diálogo e não em autoridade.

Dica: nas questões do ENEM, o conceito de empatia costuma ser relacionado a respeito à diversidade, escuta ativa e práticas de cuidado.

Aplicações na educação e na sociedade

A visão de Rogers tem enorme impacto na educação humanista, que propõe que:

• O aluno deve ser visto como protagonista do seu processo de aprendizagem.
• O educador atua como facilitador, não como autoridade.
• O ambiente deve promover aceitação, empatia e liberdade.
• A escuta é uma ferramenta fundamental de mediação pedagógica.

Além disso, sua teoria influencia áreas como:

• Psicologia clínica.
• Saúde mental coletiva.
• Direitos humanos.
• Mediação de conflitos.
• Comunicação não violenta.

Exemplo prático de escuta empática

Imagine uma aluna que diz estar desmotivada para estudar porque se sente incapaz. Um professor centrado na escuta empática:

• Não interrompe.
• Não dá sermões.
• Não corrige imediatamente.
• Apenas acolhe o que é dito, tenta compreender a dor e reflete junto com a aluna.

Esse tipo de atitude pode transformar o vínculo e reabrir caminhos para a aprendizagem e o bem-estar.

Comparações Úteis: Carl Rogers, B. F. Skinner e Sigmund Freud

Foco principal da teoria

• Carl Rogers: valoriza a subjetividade e o potencial humano, acreditando que todas as pessoas têm uma tendência inata à autorrealização e ao crescimento pessoal. O foco está na experiência consciente e na relação com o outro.

• B. F. Skinner: foca no comportamento observável, estudando como as ações humanas são moldadas pelas consequências (reforços e punições). A mente é considerada uma “caixa preta” — o importante é o que pode ser mensurado.

• Sigmund Freud:
enfatiza o papel do inconsciente e dos conflitos psíquicos reprimidos na formação da personalidade e dos sintomas. O foco está nos desejos, traumas e mecanismos de defesa inconscientes.

Método terapêutico

• Carl Rogers: utiliza a escuta empática e a relação terapêutica genuína como ferramentas principais. Acredita que a transformação ocorre quando o paciente é acolhido com empatia, aceitação incondicional e autenticidade.

• B. F. Skinner: propõe métodos comportamentais e experimentais, como o condicionamento operante, reforços sistemáticos e programas de modificação de comportamento — baseados em dados objetivos.

• Sigmund Freud: desenvolveu a psicanálise, que envolve livre associação, interpretação dos sonhos, análise de atos falhos e transferência para acessar conteúdos inconscientes.

Visão do ser humano

• Carl Rogers: vê o ser humano como livre, criativo e naturalmente orientado para o bem-estar. Acredita na autonomia, na capacidade de escolha e na tendência à autorrealização.

• B. F. Skinner: vê o ser humano como um produto do ambiente, moldado pelas contingências externas. O comportamento é determinado pelas consequências — não há “liberdade” no sentido tradicional.

• Sigmund Freud: vê o ser humano como conflituoso e dividido, influenciado por desejos inconscientes, pulsões e estruturas psíquicas (id, ego e superego).

Concepção de mudança

• Carl Rogers: a mudança acontece quando o sujeito se sente compreendido e aceito, num ambiente de confiança. É um processo interno que emerge da relação.

• B. F. Skinner: a mudança ocorre por modificação das contingências ambientais. Mudar o comportamento exige reforçar ações desejadas e extinguir as indesejadas.

• Sigmund Freud: a mudança vem pela tomada de consciência do inconsciente, pela elaboração dos conflitos reprimidos e pela reestruturação do aparelho psíquico.

Dicas para estudar Carl Rogers para o ENEM

1. Foque na diferença entre empatia e simpatia.
2. Entenda as três atitudes facilitadoras (empatia, congruência, aceitação).
3. Relacione empatia a práticas educativas, sociais e terapêuticas.
4. Fique atento a temas que envolvem escuta, subjetividade e cuidado.
5. Use as ideias de Rogers como repertório sociocultural na redação.

A Psicologia Humanista de Carl Rogers nos convida a ver o ser humano em sua totalidade, com respeito, empatia e confiança no seu potencial. Em um mundo cada vez mais automatizado e impessoal, sua proposta é um chamado à presença real, à escuta e à construção de vínculos autênticos.

No ENEM, entender a escuta empática é mais do que saber um conceito psicológico — é compreender um valor humano essencial para a convivência, a educação e a saúde mental.

Perguntas Frequentes sobre Carl Rogers, Psicologia Humanista e Escuta Empática (ENEM)

1. O que é escuta empática?

É a capacidade de se colocar no lugar do outro de forma profunda, compreendendo sua experiência sem julgamentos, com respeito e presença genuína.

2. Quais são as três atitudes facilitadoras na Abordagem Centrada na Pessoa?

Empatia, aceitação incondicional positiva e congruência (autenticidade).

3. Como a teoria de Carl Rogers aparece no ENEM?

Em questões sobre saúde mental, educação, relações humanas, ética, cuidado e convivência social.

4. Qual a diferença entre empatia e simpatia?

Empatia é compreender o outro a partir do mundo dele. Simpatia é sentir “pena” ou agradar, muitas vezes a partir da própria perspectiva.

5. Como aplicar a escuta empática na vida real?

Criando espaço para ouvir sem interromper, acolhendo o que o outro sente, e se conectando com presença e abertura.

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