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Psicologia do Apego ao Sofrimento: Por que a liberdade emocional também assusta

Artigo Publicado: 21/06/2025
Parte 9 da Série: Despertar Psíquico em Tempos de Manipulação

Psicologia do Apego ao Sofrimento - NeuroFlux Psicologia Direcionada

A prisão sem grades

Você já quis se curar — mas travou na hora de mudar? Já percebeu que uma parte sua resiste à melhora, como se tivesse medo de deixar a dor para trás?

Não é fraqueza. É ser humano.

A Psicologia mostra que, muitas vezes, o sofrimento se torna uma identidade emocional. E se libertar dele não é apenas aliviar a dor — é perder uma parte do “eu” que se construiu em torno dela.

Este artigo explora a psicodinâmica do apego ao sofrimento, por que resistimos à liberdade emocional e como a autossabotagem muitas vezes nasce de fidelidades inconscientes à dor.

Quando a dor vira um lugar familiar

Por mais paradoxal que pareça, há segurança na dor conhecida. A mente humana busca estabilidade — e, se o sofrimento foi constante ao longo da vida, ele se torna o “normal”. Logo, o bem-estar é percebido como estranho, suspeito ou mesmo ameaçador.

Frases comuns:

• “Tudo está indo bem… até demais.”
• “Quando estou feliz, algo ruim acontece.”
• “Melhor não criar expectativas.”

Essas crenças são sintomas de um medo inconsciente da liberdade emocional, que impede a pessoa de sustentar o próprio bem-estar sem culpa, vigilância ou autossabotagem.

A Psicologia da autossabotagem emocional

Na clínica, vemos muitos pacientes com progresso real — que, misteriosamente, regridem ou desistem. Não por falta de força, mas por um conflito interno não nomeado:

• “Se eu me curar, deixo de ser quem sempre fui.”
• “Quem serei eu sem essa dor?”

Esse é o ponto cego da autossabotagem: a cura implica em uma morte simbólica da antiga identidade.
E a mente resiste a esse luto.

O ganho secundário do sofrimento

O ganho secundário é o que se “ganha” ao permanecer na dor:

• Cuidado e atenção dos outros.
• Justificativas para evitar desafios.
• Posição de vítima, que exime da culpa.
• Sentido de pertencimento a uma história familiar de dor.
• Manutenção de lealdades invisíveis à família ou ao trauma.

Esses ganhos são inconscientes, mas poderosos. Eles fazem com que a pessoa inconscientemente preserve o sofrimento, mesmo enquanto deseja superá-lo.

Sofrimento como identidade

Quando alguém sofre por muito tempo, seu sofrimento vira parte de quem ela acredita ser. Exemplos:

• “Sou a que sempre foi rejeitada.”
• “Sou o que nunca foi escolhido.”
• “Sou a que segura tudo sozinha.”
• “Sou o ansioso, o traumatizado, o que aguenta tudo.”

Essa narrativa emocional molda a autoestima, as relações e o senso de valor pessoal. Abandonar essa narrativa pode parecer como não ter mais um lugar no mundo.

A psicoterapia propõe: Ressignificar sem perder-se

A cura verdadeira não é apagar o passado.
É dar um novo lugar ao sofrimento dentro de si, sem que ele precise ser o centro da identidade.

A psicoterapia ajuda a:

• Identificar os ganhos secundários inconscientes.
• Elaborar o medo da mudança.
• Construir um novo eu, livre de dor como definidora de valor.
• Desenvolver uma autoestima baseada em presença e não em sobrevivência.

Proposta de Prática: Quem sou eu sem essa dor?

Responda, por escrito:

• Quem eu me tornei por causa dessa dor?
• O que essa dor me impede de viver?
• O que temo perder se deixar essa dor partir?
• Quem serei eu sem isso?
• Que liberdade emocional me assusta?

Esse exercício ajuda a trazer à consciência o apego afetivo à dor — e abre caminho para superá-la com compaixão.

Liberdade também é responsabilidade

Libertar-se do sofrimento exige mais do que força: Exige coragem para habitar um eu desconhecido.

Nem sempre estamos prontos — e tudo bem.

Mas lembrar que a dor não precisa ser identidade é o primeiro passo para curar, sem mais precisar sofrer para ser visto.

Perguntas Frequentes sobre Psicologia do Apego ao Sofrimento

1. Por que é tão difícil abandonar o sofrimento emocional?

Porque, muitas vezes, ele se torna parte da identidade. A dor se torna uma referência de valor, pertencimento e sentido. Abandoná-la pode parecer como perder a si mesmo.

2. O que é ganho secundário do sofrimento?

São benefícios inconscientes que a pessoa obtém por manter a dor, como atenção, proteção, justificativa para evitar riscos ou manter vínculos emocionais com o passado.

3. Como saber se estou me sabotando emocionalmente?

Sinais incluem desistência de processos terapêuticos no auge da melhora, sensação de culpa ao se sentir bem, medo de se curar e autoboicotes quando as coisas estão indo bem.

4. O sofrimento pode ser uma identidade?

Sim. Quando uma pessoa vive longamente sob dor ou trauma, isso pode moldar sua personalidade. A psicoterapia trabalha para resgatar o eu que existe para além dessa dor.

5. Como a psicoterapia ajuda a se libertar do apego ao sofrimento?

Ela auxilia na compreensão das raízes emocionais do apego ao sofrimento, ressignifica o passado sem apagá-lo, e oferece ferramentas para construir uma identidade mais livre e autêntica.

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