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A importância da Relação Terapêutica nas Terapias Cognitivo-Comportamentais

Artigo Publicado: 01/05/2024

A importancia da Relacao Terapeutica nas Terapias Cognitivo-Comportamentais - TCC - NeuroFlux

A relação terapêutica, em síntese, resume-se a uma relação pessoal da figura do terapeuta cognitivo-comportamental estabelecendo uma relação com o outro, no papel de paciente.

Esta relação, sobretudo, inicia-se quando nos relembramos da motivação básica que temos enquanto psicoterapeutas. Neste aspecto, a escolha da especialidade clínica, ao longo de nossa história de vida e do nosso processo acadêmico, com o intuito de prestar um serviço de qualidade para ajudar o outro é o alicerce fundamental de todo este trabalho.

Muito além disso, por outro lado, é igualmente essencial a conexão e o entendimento de como é ser um paciente, em um processo de terapia. Ou seja, o que de fato faz com que um indivíduo procure por um psicoterapeuta clínico?

Geralmente, a grosso modo, o que identificamos no dia a dia do consultório é que as pessoas não buscam a terapia para resolver seus problemas em si, mas sim, para mitigar um sofrimento ou uma dor pontual específica.

Fato é que todos nós, em maior ou menor grau, temos problemas na vida e, alguns deles geram dor e, justamente, este desconforto nos deixa em um estado de vulnerabilidade e de fragilidade, motivados pela expectativa de acolhimento, ajuda e amparo de uma experiência emocional subjetiva por um profissional qualificado e bem preparado para suprir esta demanda.

Assim sendo, neste processo, como é pedir ajuda? Como é receber essa ajuda? Como é estar e se abrir com o outro?

O início de uma relação terapêutica, assim, inicia-se muito antes do primeiro contato de um potencial paciente com um possível terapeuta. Existem expectativas e motivações prévias de ambos os lados envolvidos.

Entretanto, muitas das pessoas que buscam psicoterapia possuem um interesse latente, com a expectativa e a intenção de que um tratamento psicológico adequado será positivo e saudável para o seu bem-estar geral.

Mas de fato, este desejo em potencial, torna-se manifesto quando alguma situação negativa muito recente se expande, transbordando e concretizando-se em uma experiência de emocionalidade extrema, gerando o gatilho para uma demanda imediata por psicoterapia.

Contudo, precisamos ter em mente que nem sempre aquilo que leva o indivíduo inicialmente para a psicoterapia, será necessariamente o que o manterá a posteriori no seu tratamento. Assim sendo, enquanto que a motivação manifesta gera o sentido de urgência, a motivação latente, no entanto, abrange aspectos mais crônicos de vida, como: esquemas centrais, pensamentos automáticos disfuncionais e padrões de comportamentos desadaptativos.

Estar no papel de quem pede ajuda, então inevitavelmente, irá refletir, sobretudo, nos aprendizados relacionais, nos problemas de apegos primários, na construção de uma confiança básica e sólida, nos modos esquemáticos, nos estilos de enfrentamento e no processamento emocional das experiências vividas.

Mas, afinal de contas por qual motivo as pessoas gostam de fazer terapia?

Embora grande parte das pessoas não conheça a abordagem teórica do profissional que realiza o seu tratamento psicológico, o que elas sabem, no entanto, é que gostam do seu terapeuta e se sentem à vontade com ele, devido à relação terapêutica constituída.

Assim, muito além das questões técnicas de uma abordagem teórica específica, para o paciente o que conta, no frigir dos ovos, é a relação estabelecida com o seu terapeuta, dado este comprovado cientificamente por inúmeras pesquisas que apontam que a aliança terapêutica é o principal fenômeno preditor de bons resultados.

Desta forma, torna-se imprescindível a criação de um setting terapêutico, no qual o paciente se sinta genuinamente à vontade e confortável para trazer à tona as suas vulnerabilidades, os seus desejos, os seus sonhos e a suas frustrações durante as sessões, compartilhando a sua subjetividade para a obtenção de uma ajuda profissional curativa para as suas questões pessoais.

A relação terapêutica, sob esta ótica, de estar se sentindo dor, então, expande a fronteira da demanda inicial, justamente, com esta proposta de criar um ambiente relacional favorável, onde o paciente possa se sentir ele mesmo, uma vez que boa parte dos problemas é ocasionada pelos déficits nos relacionamentos, expressa através de uma carência dos suportes necessários para lidar adequadamente com as questões emocionais.

Mas, de fato, porque alguns terapeutas, abordagens e estratégias são mais eficazes no reparo de dores e de sofrimentos do que outros? O que realmente funciona e o que não funciona?

Os fenômenos da relação terapêutica envolvem, sobretudo, o entendimento de que a psicoterapia é um encontro entre duas pessoas em uma espécie de empirismo colaborativo, no qual o terapeuta e o paciente buscam juntos a construção de um padrão relacional criativo e mais evoluído, utilizando este aprendizado em todas as suas demais relações interpessoais.

Assim, por exemplo, para que um paciente saia de um papel fixo de vítima, eximindo-se da responsabilidade de sua atual condição, o terapeuta deve adotar um novo padrão mais criativo, para que haja uma evolução relacional, na qual o paciente possa por si mesmo se autorresponsabilizar por seus próprios problemas, sem a necessidade de uma cobrança constante nesse sentido.

Neste aspecto, a qualidade da aliança terapêutica em especial é o principal preditor de sucesso, muito mais do que as técnicas e as intervenções terapêuticas em si, justamente, por favorecer com que o paciente sinta-se atendido em sua demanda e, por outro lado, o terapeuta esteja satisfeito com a qualidade do seu serviço prestado, interferindo positivamente nesta experiência relacional.

O conceito geral de relação terapêutica, deste modo, é definido por uma relação que apresenta efeitos curativos sobre uma pessoa. Existem, assim, inúmeras relações terapêuticas, como por exemplo, a relação médico e paciente, a relação com um amigo próximo, dentre outras. Assim é muito importante que o terapeuta estimule os seus pacientes na construção de outras relações terapêuticas, sendo a psicoterapia complementar, habilitando-o a ter melhores habilidades relacionais para a interação com o ambiente.

Dentro de um contexto clínico, no entanto, a relação terapêutica, mais especificamente, refere-se mutuamente a forma como se estabelecem e se expressam os sentimentos e as atitudes entre paciente e terapeuta, não sendo apenas um ou outro, mas a soma de ambos em uma relação única e com um propósito específico, individualizado para cada caso em particular.

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