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Você quer isso mesmo ou te fizeram querer? Psicologia do desejo induzido, autoestima manipulada e a ilusão da liberdade

Artigo Publicado: 21/06/2025
Parte 2 da Série: Despertar Psíquico em Tempos de Manipulação

Psicologia do Desejo Induzido - NeuroFlux Psicologia Direcionada

Você deseja ou foi desejado?

Vivemos em uma sociedade onde tudo — absolutamente tudo — pode ser transformado em produto.

Mas e quando o próprio desejo se torna um produto psicológico e socialmente condicionado?

Será que o que você quer é realmente seu?

Neste segundo artigo da série “Despertar Psíquico em Tempos de Manipulação”, vou analisar como o desejo pode ser induzido por narrativas sociais, pela publicidade e pelo padrão de comparação nas redes sociais, como isso afeta a autoestima e o senso de liberdade, e como a psicologia pode ajudar você a reconectar-se com o que é genuinamente seu.

Como o desejo é construído e sequestrado?

Do ponto de vista psicológico, o desejo não nasce no vácuo. Ele é formado pela nossa história emocional, pelas nossas necessidades internas — e, em grande parte, pela influência da mídia e do ambiente social.

A indústria do consumo entendeu isso muito bem.

Ela não vende apenas produtos. Ela vende:

• Pertencimento.
• Status.
• Identidade.
• Afeto.
• Valor pessoal.

O marketing moderno não oferece um celular. Ele oferece a sensação de ser moderno e estar na vanguarda.

Não vende uma roupa. Vende a ilusão de ser desejável.

Não vende um carro. Vende a promessa de respeito e admiração.

Você não compra com a razão — você compra com o desejo de ser aceito, de se encaixar ou de se sentir suficiente. É por isso que entender como identificar desejos autênticos é um dos passos mais importantes para o autoconhecimento emocional.

O desejo mimético: O que o outro quer, eu passo a querer

O filósofo e antropólogo René Girard propôs o conceito de desejo mimético, que ajuda a explicar como a comparação constante nas redes sociais influencia o que você acredita que deseja.

Você não deseja um estilo de vida por si só. Você deseja o reconhecimento social que aquele estilo representa.

E quando você vê alguém aparentemente feliz com uma viagem, um corpo, um relacionamento ou uma carreira nas redes, você sente que precisa desejar aquilo também.

Esse mecanismo cria desejos artificiais, comparações nocivas e uma baixa autoestima crônica.

Por isso, compreender como as redes sociais afetam a autoestima e moldam o desejo é uma questão psicológica central do nosso tempo.

Autoestima como produto: O novo campo de batalha

A lógica atual do consumo é simples e cruel:

“Você não está completo — mas pode comprar algo que te faça parecer completo.”

A consequência é o surgimento de uma autoestima manipulada pelo marketing e baseada na imagem.

Isso faz com que sua autopercepção dependa de:

• Aprovação externa.
• Aparência visual.
• Número de curtidas.
• Poder de compra.

O impacto psicológico do consumismo é profundo:

• Transtornos de imagem corporal.
• Síndrome do impostor.
• Relações baseadas em status.
• Desconexão de si mesmo.

Quanto mais você consome para se sentir bem, mais você perde o contato com quem você é.

Por isso, muitos pacientes hoje buscam psicoterapia para tratar a ansiedade gerada pela comparação social constante e pela sensação de nunca serem bons o suficiente — mesmo quando “têm tudo”.

Como resgatar o desejo autêntico?

O antídoto não é o isolamento nem a negação do desejo — mas sim a reconexão com seus verdadeiros valores e necessidades emocionais.

Você pode aprender a diferenciar um desejo legítimo de um desejo induzido pela pressão social.

5 perguntas para ajudar nesse processo:

1. Esse desejo nasce de uma falta real ou de uma comparação?
2. O que exatamente eu acredito que isso vai me fazer sentir?
3. Quem se beneficiaria se eu continuar acreditando nisso?
4. Quais valores meus estão sendo respeitados ou traídos nessa escolha?
5. Se ninguém visse, eu ainda gostaria disso?

Esse tipo de reflexão ajuda a recuperar a liberdade emocional e a fortalecer a autoestima baseada em autenticidade — não em performance.

Proposta prática: Jejum de desejo induzido

Durante 48 horas:

• Evite redes sociais, propagandas e vitrines.
• Observe o que você ainda deseja sem esses estímulos.
• Anote o que aparece — tanto os vazios quanto os impulsos.

Esse exercício simples ajuda a perceber como nossos desejos são moldados pelo ambiente e não por necessidades reais.

O papel da Psicologia nessa libertação

A psicologia clínica pode ajudar você a:

• Entender como funciona o desejo inconsciente e como ele foi formado.
• Investigar quais são os desejos autênticos que foram sufocados pela necessidade de agradar ou se encaixar.
• Fortalecer uma autoestima sólida baseada em autorreconhecimento e não em validação externa.
• Desenvolver um projeto de vida que não seja uma resposta automática ao consumo — mas sim uma expressão consciente da sua identidade.

Liberdade emocional é saber o que é seu

Se você não escolhe seus desejos, alguém os escolhe por você. E se o seu desejo serve mais ao sistema do que à sua alma, talvez seja hora de recomeçar.

Você quer isso mesmo — ou te fizeram querer? Essa pergunta, embora desconfortável, pode ser o começo de uma liberdade real.

Perguntas Frequentes sobre Desejo Induzido e Psicologia do Consumo

1. O que é desejo induzido na Psicologia?

Desejo induzido é aquele que não nasce de uma necessidade genuína, mas é construído socialmente por meio de estímulos externos como publicidade, redes sociais, cultura ou modelos de comportamento. A Psicologia entende que boa parte dos nossos desejos pode ser inconsciente e influenciado por mecanismos de comparação, validação e pertencimento.

2. Como saber se um desejo é autêntico ou manipulado?

Desejos autênticos costumam estar alinhados com seus valores, são sustentáveis ao longo do tempo e independem da aprovação externa. Já desejos manipulados vêm acompanhados de ansiedade, urgência, comparação e insatisfação crônica. Perguntar “Se ninguém visse, eu ainda queria isso?” pode ajudar a discernir.

3. Qual é a relação entre autoestima e consumo?

Muitas marcas e estratégias publicitárias exploram a insegurança das pessoas para vender soluções externas (produtos ou estilos de vida) como forma de preencher um vazio interno. Isso transforma a autoestima em um ativo de mercado, onde o “valor pessoal” passa a depender de imagem, performance e aceitação social.

4. Como as redes sociais afetam a formação dos desejos?

As redes sociais reforçam o desejo mimético — ou seja, aprendemos a desejar o que os outros parecem desejar. Fotos de viagens, corpos, relacionamentos e conquistas idealizadas criam padrões de sucesso e felicidade que não correspondem à realidade, gerando comparações e sentimentos de inadequação.

5. De que forma a Psicologia pode ajudar a recuperar a liberdade emocional?

A psicologia ajuda a identificar e ressignificar desejos condicionados, fortalecer a autoestima interna, romper com padrões de comparação e construir uma vida baseada em escolhas conscientes. Em psicoterapia, é possível descobrir quem você é sem as máscaras sociais e recuperar o desejo como expressão da sua identidade e não da carência. 

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