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Tratamentos disponíveis para a depressão clínica ou maior

Artigo Publicado: 22/04/2024

Tratamentos disponiveis para a depressao clinica ou maior - TCC - NeuroFlux

Para o tratamento da depressão clínica ou maior existem, atualmente, diversas possibilidades disponíveis com evidências científicas favoráveis, neste artigo, apresento brevemente algumas delas.

Devido ao grande número de pessoas que sofrem com esta patologia e do seu impacto significativo, tanto individual, quanto na economia mundial, houve um grande avanço nas pesquisas que procuraram e desenvolveram, sobretudo, tratamentos cada vez mais eficazes.

Em função disso, felizmente, chegamos hoje em um ponto em que já foram disponibilizados uma série de tratamentos baseados em evidências bem documentadas.

Como princípio básico para o tratamento da depressão clínica ou maior, entretanto, não existe um tratamento melhor do que o outro. Neste sentido, após o diagnóstico, com a devida avaliação dos principais sinais e sintomas, as experiências individuais, o curso da depressão, os problemas apresentados e os fatores de risco biopsicossociais, a proposta interventiva deve ser focada e individualizada para cada caso específico.

Assim sendo, a maioria dos tratamentos disponíveis apresentam resultados aproximadamente equivalentes, em termos de efetividade. Caso a intervenção seja bem realizada e aplicada de maneira adequada, a grosso modo, obteremos assim, resultados semelhantes.

Por outro lado, a combinação de tratamentos pode ainda melhorar os resultados, então, em particular, uma combinação de uma terapia medicamentosa com uma psicoterapia cognitivo-comportamental padrão ouro poderá, desta maneira, aumentar a efetividade dos resultados obtidos, abreviando o período de manifestação de um episódio depressivo.

Devido à grande variedade de tratamentos, contudo, caso um não funcione, a boa notícia é que existem outros a serem adotados. Assim, caso uma intervenção não se mostre eficaz, outra poderá ser testada. E, principalmente, no âmbito das terapias medicamentosas, vários fármacos poderão ser utilizados, até que um deles se mostre mais adequado para cada indivíduo em particular.

Neste contexto, quanto antes a depressão for tratada, melhores serão os resultados e menores serão as probabilidades do risco de uma recaída ou de uma recorrência. Assim, a previsão, a avaliação e o tratamento antecipados são os mais recomendados.

A seguir, apresento as principais classes de drogas para o tratamento medicamentoso da depressão.

Existem diferentes formas de como os medicamentos antidepressivos funcionam. Basicamente, quando olhamos para o cérebro humano e para a conexão entre suas células nervosas, notamos que na depressão, existe uma diminuição no funcionamento da transmissão neural. E, vários fatores podem estar associados a isso, mas de modo geral, existe algo de errado no padrão de conexões ou comunicações sinápticas.

Contudo, os principais problemas identificados na neurotransmissão, através do imageamento cerebral com ressonância magnética funcional, incluem: produção inadequada de neurotransmissores, excesso de reciclagem e de recaptação de neurotransmissores, quebra na comunicação da fenda sináptica, problemas de recepção no receptor pós-sináptico e problemas periféricos em determinadas áreas cerebrais implicadas neste processo.

A maioria das terapias medicamentosas apresentam resultados consistentes, com aproximadamente 2/3 das pessoas tendo benefícios com qualquer um dos antidepressivos disponíveis. Porém, algumas dessas drogas, apresentam efeitos colaterais e restrições alimentares diferentes, devido ao seu mecanismo de ação.

As principais classes de antidepressivos disponíveis, atualmente, incluem: inibidores da monoamina oxidase, antidepressivos tricíclicos, inibidores da recaptação seletiva da serotonina, nova geração de inibidores da monoamina oxidase e antidepressivos atípicos.

Existem, também, outras drogas e tratamentos médicos para a depressão, como por exemplo, a utilização de sedativos e tranquilizantes, o uso de antipsicóticos, o lítio, a eletroconvulsoterapia e a infusão de quetamina (ou cetamina) em ambiente hospitalar.

Então, pessoas deprimidas que apresentem altos níveis de ansiedade como comorbidade podem receber tranquilizantes, especialmente, ansiolíticos ou, até mesmo, medicações específicas para a regulação do sono. Porém, não é incomum, que estes fármacos, apesar de ajudarem no controle da ansiedade, causem letargia, uma vez que são depressores do sistema nervoso central.

Indivíduos diagnosticados com depressão e com pensamentos psicóticos, podem receber a prescrição medicamentosa de drogas antipsicóticas.

Para casos de depressão bipolar, entretanto, o carbonato de lítio é adotado para regular a atividade do sistema nervoso central.

A terapia de choque elétrico, utilizada há mais de um século, consiste na passagem de uma corrente elétrica pelo cérebro, com diferentes formas de aplicação em termos de frequência e intensidade, com uma taxa de sucesso de aproximadamente 80%, possuindo entretanto, um risco potencial e significativo de distúrbios cognitivos e de perda da memória.

Os tratamentos psicoterápicos clássicos para a depressão testados e validados cientificamente, com evidências sólidas de resultados, incluem: a terapia cognitivo-comportamental, a terapia comportamental e a terapia interpessoal.

A terapia cognitivo-comportamental, adotada como padrão ouro no tratamento da depressão, foi desenvolvida na década de 70, com base no trabalho de um psiquiatra chamado Aaron Beck que desenvolveu um protocolo baseado em evidências para o tratamento da depressão maior, com resultados tão positivos quanto os obtidos na utilização de medicamentos antidepressivos, porém com riscos menores de recaída, minimizando assim, a recorrência do ciclo depressivo.

Isto porque, a terapia cognitivo-comportamental, com base em uma perspectiva teórica, modifica os fatores de risco, mudando padrões de pensamentos e de comportamentos que tornam o indivíduo vulnerável à depressão, através de um processo de reestruturação cognitiva.

Outra versão de terapia psicológica para o tratamento da depressão é a terapia comportamental, uma versão mais simplificada da terapia cognitivo-comportamental, focada na mudança de comportamento do indivíduo, incluindo, por exemplo, estratégias de enfrentamento para a fuga ou evitação e treino de habilidades sociais, ajudando na adaptação e na criação de padrões mais funcionais de comportamento, através da ativação comportamental.

A terapia interpessoal é um modelo de tratamento baseado nos relacionamentos sociais de indivíduos com depressão. Ela busca, sobretudo, identificar quatro temas interpessoais potenciais e baseada, então, na conceitualização do caso trabalha de maneira direcionada em sua proposta de intervenção.

Além dessas alternativas existem, ainda, outras linhas de intervenção que podem ser utilizadas, embora as evidências para elas não sejam tão fortes e positivas quando comparada às demais, como por exemplo, a terapia familiar e a terapia de apoio.

Apesar disso, como complemento, a terapia familiar, ainda assim, pode ser eficiente, especialmente, em casos de depressão que envolvam crianças e adolescentes. Embora existam terapias isoladas eficazes, às vezes são necessárias mudanças na configuração familiar. Então, por exemplo, uma criança ou um adolescente que esteja deprimido pode precisar aprender a se posicionar melhor na família e, consequentemente, os familiares precisam saber melhor como responder a isso.

Como tratamento adjuvante, a terapia de apoio, de modo geral, busca simplesmente falar, cuidar e apoiar, oferecendo um benefício antidepressivo, com evidências de que muitas pessoas que recebem suporte, com a oportunidade de falarem e de serem ouvidas e validadas obtém benefícios provenientes deste cuidado.

Contudo, a principal diretriz ou estratégia para o tratamento da depressão baseado em evidências foi elaborado no Reino Unido, mediante uma revisão de todas as evidências mundiais para o tratamento desta patologia. E o que é recomendado no contexto da depressão é o modelo de cuidado escalonado com cinco níveis de intervenção.

No primeiro nível, o que é sugerido é que quando um indivíduo apresenta sinais e sintomas de depressão, ele deve ser examinado e avaliado, promovendo-se uma espera vigilante, com um monitoramento mais próximo.

Caso os problemas manifestados perseverem, no segundo nível de intervenção, com o fornecimento de informações básicas sobre os tratamentos para o indivíduo acometido, continua-se com o monitoramento, basicamente, praticando um tipo de cuidado de baixa intensidade.

No terceiro nível de intervenção é adotado o tratamento antidepressivo que o indivíduo prefere, uma vez que existem evidências de que a preferência faz a diferença. Entretanto, caso o indivíduo não responda ao tratamento escolhido, o mesmo poderá ser interrompido e outro poderá ser testado.

Caso a depressão persista, no quarto nível de intervenção é proposta uma terapia combinada, geralmente, com medicamentos antidepressivos e terapia psicológica.

E finalmente, se ainda assim o quadro depressivo continuar, no quinto nível de intervenção é sugerida uma internação hospitalar ou um tratamento intensivo para o tratamento da depressão persistente.

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