A TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), inicialmente, foi desenvolvida muito voltada para síndromes específicas e, neste sentido, o diagnóstico torna-se a senha para a escolha da melhor intervenção em determinados casos.
Por definição, um transtorno mental caracteriza-se por ser uma disfunção psicológica que acarreta em sofrimento e prejuízo para a vida do indivíduo, além de ser atípica e, sobretudo, não esperada culturalmente.
A Psicopatologia engloba, neste aspecto, o estudo científico dos transtornos mentais. Com foco em estudar estes transtornos mentais, baseada em:
- Obter uma descrição clínica.
- Identificar a causa (etiologia).
- Propor tratamentos e verificar os resultados.
Seus conceitos fundamentais são:
- Sinais (aquilo que é objetivo, aquilo que eu observo) e sintomas (relatos subjetivos do paciente).
- Diagnóstico (nome técnico) e diagnóstico diferencial (outros transtornos que também apresentam características similares).
- Curso (como este transtorno se comporta ao longo dos anos) e Prognóstico (tratamento com ou sem evidências favoráveis) e o desfecho esperado do quadro clínico com e sem tratamento.
- Prevalência e Incidência (conceitos epidemiológicos).
- Fatores de risco e fatores de proteção.
- Comorbidades (ocorrência de mais de um diagnóstico ao mesmo tempo) e outras condições médicas.
Qual é a importância de um diagnóstico na psicoterapia?
Geralmente o paciente chega na clínica com uma queixa muito vaga, como por exemplo não estou dando conta de minhas demandas pessoais.
O terapeuta, com base na avaliação clínica, aciona os seus conhecimentos teóricos em psicopatologias, realizando um raciocínio clínico sobre os sintomas e sinais observados e chega em um diagnóstico para o quadro apresentado.
Este diagnóstico, por sua vez, proporciona uma noção de curso e de prognóstico, o que se sabe na literatura baseada em evidências sobre este transtorno identificado. Qual é a gênese do desenvolvimento deste transtorno? Como a teoria explica este transtorno específico? E, com base nisso, o terapeuta cognitivo-comportamental propõe estratégias terapêuticas que funcionam dentro da Terapia Cognitivo-Comportamental para intervenções neste quadro clínico, utilizando técnicas ideais para cada caso.
Quando pensamos, assim, em psicopatologias, estamos falando de uma abordagem integrada, na qual a partir de uma situação gatilho que desencadeia a crise em si, existem, também, influências e vulnerabilidades biológicas, fatores neuroquímicos, influências comportamentais, sociais, emocionais e cognitivas que se desencadeiam no transtorno mental em questão, com uma etiologia multifatorial e, justamente, por esse motivo as teorias explicativas não podem ser reducionistas.
DR. OSVALDO MARCHESI JUNIOR
Psicólogo em São Paulo - CRP - 06/186.890
Atendimentos Psicológicos On-line e Presenciais para pacientes no Brasil e no exterior.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Hipnoterapia.
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