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Autocriticismo: Como ele prejudica sua Saúde Mental e como superar esse padrão destrutivo com a TCC

Artigo Publicado: 14/02/2024

Autocriticismo - TCC - NeuroFlux

O autocriticismo é um padrão mental comum, mas extremamente prejudicial à saúde emocional e psicológica. Muitas pessoas acreditam que se criticar duramente é uma forma eficaz de evitar erros e alcançar sucesso, mas a ciência psicológica mostra que esse comportamento tem o efeito oposto: aumenta o estresse, potencializa quadros de ansiedade e depressão e prejudica o bem-estar geral.

Neste artigo, vou explorar o conceito de autocriticismo segundo Paul Gilbert, compreender os efeitos fisiológicos e psicológicos desse padrão e descobrir como transformar a autocrítica destrutiva em um processo saudável de autocorreção compassiva.

Se você quer saber como lidar com o autocriticismo ou como superar o excesso de autocrítica, continue lendo!

O que é o autocriticismo segundo Paul Gilbert?

De acordo com o psicólogo Paul Gilbert, referência mundial na área, o ponto central do autocriticismo não é apenas o conteúdo do pensamento, mas principalmente a emoção que o acompanha. Tudo que ocorre em nossa mente gera uma resposta emocional poderosa em nosso corpo, ativando sistemas fisiológicos específicos.

Por exemplo, quando sentimos fome e visualizamos uma refeição, nosso organismo rapidamente produz ácidos gástricos e saliva. Curiosamente, apenas imaginar um prato de comida já é suficiente para desencadear as mesmas reações fisiológicas. Ou seja, tanto imagens reais quanto mentais ativam os mesmos sistemas cerebrais.

Como o autocriticismo ativa o sistema de estresse?

De modo semelhante, quando nos focamos em sermos perfeitos ou quando nos sentimos decepcionados ou irritados conosco mesmos, ativamos automaticamente o sistema de estresse, responsável pela liberação de cortisol — o hormônio do estresse.

Pessoas altamente autocríticas vivem constantemente nesse estado de alerta, estimulando de forma crônica o sistema de ameaça. Esse padrão, a longo prazo, está associado ao desenvolvimento de diversos transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão, síndrome de burnout e até doenças psicossomáticas.

Quais são os dois tipos de autocriticismo?

Em termos gerais, podemos identificar dois tipos básicos de autocriticismo:

1. Autocrítica destrutiva: baseada na frustração, raiva, vergonha e autoaversão. É marcada por julgamentos severos e punitivos que aumentam o sofrimento e alimentam sentimentos de inadequação.

2. Autocrítica construtiva: é um processo de autocorreção compassiva, que envolve reconhecer os próprios erros com aceitação, aprender com eles e buscar formas de melhorar, sem se maltratar ou se desprezar.

Infelizmente, muitas pessoas confundem a autocrítica construtiva com a destrutiva, acreditando que precisam ser duras consigo mesmas para evoluir. No entanto, a psicologia comprova que o caminho mais eficaz para o crescimento pessoal passa pelo desenvolvimento da autocompaixão.

Por que a autocrítica não ajuda a evitar erros?

Um dos maiores mitos sobre o autocriticismo é a ideia de que, ao se punir severamente, a pessoa aprenderá a não repetir seus erros. Esse pensamento disfuncional está enraizado em normas sociais que reforçam a punição como forma de correção.

No entanto, a pesquisa psicológica mostra que pessoas que se criticam de forma excessiva frequentemente desenvolvem auto-ódio, vergonha e desprezo por si mesmas, o que leva, em última instância, a problemas graves de saúde mental, como depressão profunda, transtornos de ansiedade e isolamento social.

O aprendizado verdadeiro ocorre em ambientes seguros e acolhedores, onde é possível refletir sobre os erros sem medo da punição. A autocompaixão, portanto, é uma ferramenta fundamental nesse processo.

Como as comparações sociais alimentam o autocriticismo?

Um aspecto recorrente nas pessoas autocríticas é a tendência a se comparar com os outros. Essa dinâmica é amplificada pelo contexto sociocultural contemporâneo.

No século XIX, as posições sociais eram consideradas determinadas por Deus: quem nascia pobre, morria pobre; quem nascia rei, morria rei. Com a ascensão do capitalismo e do ideal meritocrático, surgiu a crença de que o sucesso depende exclusivamente de esforço pessoal. Esse modelo competitivo incentiva a comparação constante com os outros, gerando insatisfação, insegurança e alimentando o autocriticismo.

As redes sociais intensificam ainda mais esse fenômeno, pois expõem recortes idealizados das vidas alheias, levando muitos a acreditarem que são insuficientes ou inadequados.

Como superar o autocriticismo excessivo?

Superar o autocriticismo envolve desenvolver habilidades como a autocompaixão, o mindfulness e a capacidade de reformular pensamentos disfuncionais. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é altamente eficaz nesse processo, ajudando o indivíduo a identificar padrões de autocrítica, compreender suas origens e substituí-los por pensamentos mais adaptativos.

Outras estratégias para lidar com o autocriticismo incluem:

• Praticar a autocompaixão guiada, com exercícios que promovem a aceitação e o acolhimento das próprias falhas.
• Reduzir a exposição a conteúdos que geram comparação social, especialmente nas redes sociais.
• Cultivar relacionamentos seguros e empáticos.
• Aprender técnicas de regulação emocional para lidar com frustrações sem recorrer à autocrítica severa.

Você merece ser tratado com mais compaixão

O autocriticismo é um padrão destrutivo que compromete a saúde mental e dificulta o desenvolvimento pessoal. Entender como ele opera e aprender formas saudáveis de autocorreção é um passo essencial para uma vida mais equilibrada e feliz.

Se você percebe que tem sido excessivamente autocrítico e isso tem prejudicado sua autoestima, bem-estar ou relacionamentos, agendar uma sessão com um psicólogo especializado pode ser o caminho ideal para transformar sua relação consigo mesmo.

Agende agora mesmo uma consulta com um psicólogo cognitivo-comportamental e comece a trilhar um caminho mais compassivo e saudável!

Perguntas Frequentes sobre Autocriticismo (FAQ)

1. O que causa o autocriticismo excessivo?

O autocriticismo excessivo geralmente tem origem em experiências de infância marcadas por críticas, punições severas ou padrões parentais exigentes. Também pode ser reforçado por normas culturais que valorizam a perfeição e a competitividade.

2. O autocriticismo pode causar doenças físicas?

Sim. A ativação crônica do sistema de estresse, típica de pessoas autocríticas, está associada ao desenvolvimento de doenças psicossomáticas, como hipertensão, gastrite e distúrbios imunológicos.

3. Como posso parar de me criticar tanto?

O primeiro passo é tomar consciência do padrão autocrítico. Em seguida, é importante desenvolver a autocompaixão, aprender técnicas de regulação emocional e, se possível, buscar ajuda profissional por meio de terapias como a TCC.

4. A autocrítica nunca é útil?

A autocrítica pode ser útil quando realizada de maneira compassiva e construtiva, ajudando no aprendizado e crescimento pessoal. O problema ocorre quando ela se torna destrutiva, promovendo sofrimento e autoaversão.

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